A FORMAÇÃO ESPECÍFICA DE PROFESSORES QUE ATUAM NAS ESCOLAS EM PRISÕES: UMA PROPOSTA DE FORMAÇÃO

Palavras-chave: Formação Específica de Professores. EJA Prisional. Escolas em Prisões. Proposta de Formação Específica.

Resumo

O presente estudo se preocupou em buscar respostas dos professores sobre suas necessidades de desenvolvimento profissional que lhes qualifique para atuar em escolas em prisões. A pesquisa empírica teve por amostra 33 professores, lotados em 10 escolas em prisões localizadas em nove municípios do estado do Tocantins no ano de 2018 e 2019. A investigação constatou que nos últimos 2 anos (2017-2018) 54,5% dos pesquisados afirmaram não ter participado de nenhuma atividade de desenvolvimento profissional relacionadas a Educação de Jovens e Adultos (EJA) em prisões. 73% disseram não ter participado de formação específica antes do início do ano letivo de 2019. E 67% dos professores considerou a Especialização (lato sensu) em Educação em Unidades Prisionais, com carga horária mínima de 360h/aula como a formação específica necessária à sua qualificação continuada. Os dados subsidiaram a proposta de formação específica para docentes das escolas em prisões para o estado do Tocantins.

Biografia do Autor

Maria Leda Melo Lustosa Pereira, UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS

Mestre em Prestação Jurisdicional e Direitos Humanos pela Universidade Federal do Tocantins (UFT). Professora de Educação Básica da Secretaria Estadual de Educação e Cultura (SEDUC). Coordenadora Pedagógica no Centro de Ensino Médio Tiradentes.

José Wilson Rodrigues de Melo, Universidade Federal do Tocantins

Pós-doutor em Sciences de l'Éducation pela Université de Montréal - UdM, Canadá. Doutorado em Didacta e Organización Escolar pela Universidade de Santiago de Compostela - USC, Espanha. Professor Efetivo da Fundação Universidade Federal do Tocantins – UFT.

Patrícia Medina, Universidade Federal do Tocantins

Doutora em Educação: Cultura e Processos Educacionais pela Universidade Federal do Goiás. Coordenadora do Curso de Pedagogia da UFT.

Referências

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Publicado
2020-11-30