O PAPEL DOS INTÉRPRETES DE LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS NO CONTEXTO DA EDUCAÇÃO BÁSICA NO BRASIL
Résumé
O presente artigo aborda o caminho percorrido pelos Intérpretes de Língua Brasileira de Sinais que atuam na área educacional, mais especificamente na educação básica das escolas brasileiras. O objetivo do texto é compreender o percurso para a efetivação da formação e profissionalização dos Intérpretes Educacionais ao longo da história, a natureza do trabalho desses profissionais e o papel que exercem nas escolas. Para isso, optou-se por uma pesquisa de caráter bibliográfico e documental. Portanto, o texto é baseado em autores que pesquisam sobre o tema, tais como: Mazzotta (2011), Goulart e Bonin (2020), Pagura (2003), Quadros (2004), Lacerda (2017), Reis (2013); bem como em documentos importantes para o processo de regulamentação do atendimento aos alunos surdos. O texto apresenta questões éticas ligadas ao trabalho desenvolvido por Intérpretes Educacionais e alguns percalços que marcam a profissão, e que, por vezes, podem afetar o ensino aprendizagem dos alunos surdos.
Références
BARRETO, Cláudia S. G.; REIS, Marlene Barbosa de Freitas. Educação inclusiva: do paradigma da igualdade para o paradigma da diversidade. Polyphonía, v. 22/1, jan./jun. 2011.
BRASIL. Lei nº 10.436. Dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais e dá outras providências. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil. Brasília, DF, 25 abril. 2002. Disponível em: https://legislacao.presidencia.gov.br/atos/?tipo=LEI&numero=10436&ano=2002&ato=5c3g3ZE5ENNpWTcd1 Acesso em: 27 dez. 2021.
BRASIL. Decreto nº. 5.626, de 22 de dezembro de 2005. Regulamenta a Lei nº 10.436, de 24 de abril de 2002, que dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais – Libras, e o art. 18 da Lei nº 10.098, de 19 de dezembro de 2000. 2005. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2005/decreto/d5626.htm. Acesso em: 18 jan. 2022.
BRASIL. Lei 12.139, de 01 de setembro de 2010. Regulamenta a profissão de Tradutor e Intérprete da Língua Brasileira de Sinais – LIBRAS. Diário Oficial da União, Poder Legislativo, Brasília, DF, 02 set. 2010. Seção 1, p. 1.
BRASIL. Lei 13.146 de 06 de julho de 2015. Institui a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência). 2015.Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13146.htm Acesso em: 20 dez. 2021.
BRITANNICA ESCOLA. Hieróglifo. Capes, Ministério da Educação. Brasil, 2021. Disponível em: https://escola.britannica.com.br/artigo/hier%C3%B3glifo/481495 Acesso em: 06 dez. 2021.
BURIGANA, Riccardo. A Grande Guerra: a Primeira Guerra Mundial (1914-2014), Evento e Memória. História Unicap, v. 1, n. 1, jan./jun. de 2014. Disponível em: https://webcache.googleusercontent.com/search?q=cache:nVE5rwckVKAJ:https://dialnet.unirioja.es/descarga/articulo/5615907.pdf+&cd=4&hl=pt-BR&ct=clnk&gl=br Acesso em: 20 jan. 2022.
COSTA, Mairla Pereira Pires; ALBRES, Neiva de Aquino. Interpretação educacional: subjetividade e formação acadêmica. PERcursos Linguísticos, Vitória, v. 9, n. 22, 2019. Disponível em: https://periodicos.ufes.br/percursos/article/view/27014/20026 Acesso em: 25 jan. 2022.
DORZIAT, Ana. O outro da Educação: pensando a surdez com base nos temas Identidade/Diferença, Currículo e Inclusão. Petrópolis, RJ: Vozes, 2018.
FRIGOTTO, Gaudêncio. A Produtividade da escola improdutiva. 9º edição. São Paulo: Cortez, 2006.
GURGEL, Taís Margutti do Amaral et al. Aquisição de Libras na Educação Infantil: um trabalho a partir de narrativas. In: LACERDA, Cristina Broglia Feitosa de et al. Escola e Diferença: caminhos para educação bilíngue de surdos. São Carlos: EdUFSCAR, 2016. p. 65-78.
GOULART, Daiana San Martins; BONIN, Iara Tatiana. Tradução e interpretação de Língua Brasileira de Sinais: Delineando contornos de uma profissão fronteiriça. Revista Humanidades e Inovação. v.7, n.26, 2020.
KRAWULSK, Edite. A Orientação Profissional e o Significado do Trabalho. Rev. ABOP, Porto Alegre, v. 2, n. 1, p. 5-19, 1998. Disponível em http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-88891998000100002&lng=pt&nrm=iso. Acesso em 27 jan.2022.
LACERDA, Cristina Broglia Feitosa de. Intérprete de Libras: em atuação na educação infantil e no ensino fundamental. 8.ed. Porto Alegre: Mediação, 2017.
LAZZARESCHI, Noêmia. Trabalho ou emprego? Disponível em: http://www2.videolivraria.com.br/pdfs/10035.pdf Acesso em 27 jan.2022.
LULKIN, Sérgio Andres. O discurso moderno na educação dos surdos: práticas de controle do corpo e a expressão cultural amordaçada. In: SKLIAR, Carlos (org.). A surdez: um olhar sobre as diferenças. 8.ed. Porto Alegre: Mediação, 2016.
MAZZOTTA, Marcos J.S. Educação Especial no Brasil: história e políticas públicas. 6. Ed. São Paulo: Cortez, 2011.
MOREIRA, José António Marques et al. Transitando de um ensino remoto emergencial para uma educação digital em rede, em tempos de pandemia. Dialogia, São Paulo, n. 34, p. 351-364, jan/abr 2020. Disponível em: https://repositorioaberto.uab.pt/bitstream. Acesso em: 23 jan 2022.
PAGURA, Reynaldo. A Interpretação De Conferências: Interfaces com a tradução escrita e implicações para a formação de intérpretes e tradutores. D.E.L.T.A., 19: ESPECIAL, 2003, p. 209-236. Disponível em: https://www.scielo.br/j/delta/a/46vXjxRxNSgjjK73DyHjbHD/abstract/?lang=pt Acesso em: 21 dez. 2021.
QUADROS, Ronice Müller de. O tradutor e intérprete de língua brasileira de sinais e língua portuguesa / Secretaria de Educação Especial; Programa Nacional de Apoio à Educação de Surdos - Brasília: MEC; SEESP, 2004.
REIS, Marlene Barbosa de Freitas. Política pública, diversidade e formação docente: uma interface possível. 2013. 278 f. Tese (Doutorado em Políticas Públicas, Estratégias e Desenvolvimento) – Programa de Pós-Graduação em Políticas Públicas, Estratégias e Desenvolvimento- Instituto de Economia, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2013.
SÁ, Nidia Regina Limeira de; MACHADO, Nívia Carla. Para além da interpretação. In: BARROS, Adriana Lúcia de Escobar Chaves de; CALIXTO, Hector Renan da Silveira; NEGREIROS, Karine Albuquerque de. (Orgs.). In: Libras em Diálogo: interfaces com tradução e interpretação. Campinas, SP: Pontes Editores, 2017.
SANTOS, Lara Ferreira dos. O fazer do intérprete educacional: práticas, estratégias e criações. 2014. 200f. Tese (Doutorado em Educação Especial) - Universidade Federal de São Carlos, São Carlos, 2014.
SANTOS, Lara Ferreira dos.; DINIZ, Sarah L. Lisbão Machado.; LACERDA, Cristina Broglia Feitosa. Práticas de Interpretação no espaço educacional: para além dos limites da sala de aula. In: LACERDA, C.B.F.; SANTOS, L.F.; MARTINS, V.R.O. (orgs.). Escola e Diferença: caminhos para educação bilíngue de surdos. São Carlos: EdUFSCar, 2016.
SILVA, Vilmar. Educação de surdos: uma releitura da primeira escola pública para surdos em paris e do congresso de Milão em 1880. In: QUADROS, Ronice Müller de (org.). Estudos surdos I. Petrópolis, RJ: Arara Azul, 2006.
SILVA, Amanda Moreira da. Precariado professoral: o trabalho docente frente à reconfiguração do mundo do trabalho no contexto da reforma trabalhista. In: XVI Encontro Nacional da Associação Brasileira de Estudos do Trabalho (ABET). Universidade Federal da Bahia: Salvador, 2018.
SILVA, Aline Maira da. Educação Especial e inclusão escolar: história e fundamentos. Curitiba: InterSaberes, 2012.
SKLIAR, Carlos (Org.). Atualidade da educação bilíngue para surdos. Porto Alegre: Mediação, 1999.
SUZANA, Elisama Rode Boeira. Professor ou Intérprete? Reflexões sobre a atuação do TILS na Educação de Surdos. X ANPED SUL, Florianópolis, outubro de 2014.
VILHALVA, Shirley. O despertar do silêncio. Ed. Arara Azul. 2004.
A submissão de originais para este periódico implica na transferência, pelos autores, dos direitos de publicação impressa e digital. Os direitos autorais para os artigos publicados são do autor, com direitos do periódico sobre a primeira publicação. Os autores somente poderão utilizar os mesmos resultados em outras publicações indicando claramente este periódico como o meio da publicação original. Em virtude de sermos um periódico de acesso aberto, permite-se o uso gratuito dos artigos em aplicações educacionais, científicas, não comerciais, desde que citada a fonte (por favor, veja a Licença Creative Commons no rodapé desta página).