PENSAMENTO COMPLEXO E EDUCAÇÃO:  O PAPEL DA FILOSOFIA E DA CIÊNCIA NA ESCOLA  - SOBRETUDO BRASILEIRA

José  Soares das Chagas; Maria  José de Pinho; Monise  Busquets Soares; Larissa  Ribeiro de Santana

José Soares das Chagas Universidade Federal do Tocantins https://orcid.org/0000-0002-0149-5274
Maria José de Pinho Universidade Federal do Tocantins https://orcid.org/0000-0002-2411-6580
Monise Busquets Soares Universidade Federal do Tocantins https://orcid.org/0000-0002-2873-1484
Larissa Ribeiro de Santana Universidade Federal do Tocantins https://orcid.org/0000-0001-8488-391X

Résumé

O objetivo de nosso trabalho é problematizar a relação entre a fragmentação dos saberes científicos e humanos em esferas ilhadas em disciplinas escolares e departamentos universitários a partir da visão histórica da relação entre a filosofia e a ciência, tendo como pano de fundo o paradigma cartesiano e a emergência do paradigma da complexidade. Pretendemos também entender os modelos pedagógicos que surgem a partir do paradigma cartesiano de saber. Tratamos com especial atenção a pedagogia das competências e habilidades que por meio da reforma Mendonça Filho do Ensino Médio se tornou o modelo pedagógico e curricular oficial da educação escolar do Brasil. Com isso, indagamo-nos sobre a capacidade que esta mudança curricular-pedagógica possui de superação do modelo cartesiano e se os papéis pedagógicos da filosofia e da ciência no interior destes documentos legais são entendidos de maneira a religar os saberes dentro de uma perspectiva do pensamento complexo.

Bibliographies de l'auteur

José Soares das Chagas, Universidade Federal do Tocantins

Professor de Filosofia da Universidade Federal do Tocantins - UFT. Doutor em Artes pela UNESP-SP e Mestre em Ética e Filosofia pela UECE. Ministra aulas de Filosofia da Educação nos cursos de graduação de Filosofia, Teatro e Música (UAB) e de Tópicos específicos de Filosofia e seu ensino no Mestrado Profissional em Filosofia - PROF-FILO. Está em fase de Pós-doutorado sob a supervisão da profa Dra Maria José Pinho.

Maria José de Pinho, Universidade Federal do Tocantins

Doutora em Educação. Estágio de Pós-Doutorado em Educação pela Universidade de Algarve – Portugal. Mestrado em Educação. Graduação em História e em Pedagogia. Professora Associada da Universidade Federal do Tocantins (UFT), Câmpus de Palmas. Bolsista produtividade do CNPq, categoria 2. Professora no Programa de Pós-Graduação Mestrado e Doutorado em Letras (PPGL), da UFT. Professora no Programa de Pós-Graduação em Educação, da UFT. É membro da Rede Internacional de Escolas Criativas: construindo a escola do século XXI (RIEC. Coord. UB/Espanha). Coordenadora da Rede Internacional de Escolas Criativas-RIEC/TO.

Monise Busquets Soares, Universidade Federal do Tocantins

Comunicadora Social, Educadora, Artedocumentarista, Mestre e Doutora em Ciências do Ambiente pela Universidade Federal do Tocantins (UFT). Compõe a Coordenação Pedagógica da Diretoria de Tecnologias Educacionais da UFT e integra a Equipe Multidisciplinar da Universidade Aberta do Brasil (UAB) na UFT.

Larissa Ribeiro de Santana, Universidade Federal do Tocantins

Mestranda em Filosofia pela UFT. Graduada em filosofia (PUC-Goiás), Bacharel em direito (FAPAL), professora da rede estadual de ensino estadual.

Références

BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei nº 9.394/1996, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. 2016. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/lei9394_ldbn1.pdf. Acesso em: 10 mai. 2018.

BRASIL. Lei nº 13.415/2017, de 13 de fevereiro de 2017, Altera as Leis nos 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2017/lei/L13415.htm. Acesso em: 10 mai. 2019.

BRASIL. Resolução nº 3, de 21 de novembro de 2018, Atualiza as Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio. Disponível em: http://www.in.gov.br/materia//asset_publisher/Kujrw0TZC2Mb/content/id/51281622b. Acesso em:21 janeiro 2019.

BRASIL. Resolução nº 4, de 17 de dezembro de 2018. Institui a Base Nacional Comum Curricular na Etapa do Ensino Médio (BNCC-EM), como etapa final da Educação Básica, nos termos do artigo 35 da LDB, completando o conjunto constituído pela BNCC da Educação Infantil e do Ensino Fundamental, com base na Resolução CNE/CP nº 2/2017, fundamentada no Parecer CNE/CP nº 15/2017. Disponível em: http://www.in.gov.br/materia/-/asset_publisher/Kujrw0TZC2Mb/content/id/55640296. Acesso em 21 de janeiro de 2019.

HAWKING, Stephen. Os gênios da ciência: sobre os ombros de gigantes. Trad Marco Moriconi. Rio de Janeiro: Elsevier, 2005.

____. Uma breve história do tempo. Trad. Cássio de Arantes Leite. Rio de Janeiro: Intrínseca, 2015.

MORAES, Cândida. O paradigma educacional emergente. Campinas, SP: Papirus, 1997.

MORIN, Edgar. A cabeça bem-feita: repensar a reforma, reformar o pensamento. 25ª ed. Trad. Eloá Jacobina. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2020a.

____. Ensinar a viver: manifesto para mudar a educação. Trad. Edgard Carvalho e Mariza Bosco. Porto Alegre: Sulina, 2015.

____. Introdução ao pensamento complexo. 5ª ed. Trad Eliane Lisboa. Porto Alegre: Sulina, 2015.

____. Meus filósofos. Trad. Edgard Carvalho e Mariza Bosco. Porto Alegre: Sulina, 2020b.

____. Os sete saberes necessários à educação do futuro. 2ª ed. Trad. Catarina Eleonora Silva e Jeanne Sawaya. São Paulo: Cortez; Brasília, DF: UNESCO, 2011.

____. Reinventar a educação: abrir caminhos para a metamorfose da humanidade. Trad. Irene Reis dos Santos. São Paulo: Palas Athena, 2016.

FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e terra, 2011.

________. Pedagogia do Oprimido. 59 ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2015.

PERRENOUD, Philippe. 10 competências para ensinar: convite à viagem. Trad. Patrícia Ramos. Porto Alegre: Artmed, 2014.

ZABALA; ARNAU. Como aprender e ensinar competências. Trad. Carlos Henrique Lucas Lima. Porto Alegre: Penso, 2014. (Kindle).