O SILENCIAMENTO DO PROFESSOR E A BUSCA PELO LAUDO: A ILUSÃO NA BUSCA DA RESOLUÇÃO DOS PROBLEMAS NA PRÁTICA DO EDUCADOR

Palavras-chave: Educação Inclusiva. Psicanálise e Educação. Silenciamento do Professor. Ilusão Psicopedagógica.

Resumo

É urgente refletir sobre o ideário pedagógico hegemônico influenciado pelo discurso científico e biologizante da medicina produtora de “laudados” para campo educativo, tal questão reverbera na prática docente e por sua vez na experiência do aluno no campo de busca pelo saber. Cabe por hora Examinar a literatura do campo educacional e dos estudos psicanalíticos com foco nas experiências educativas dirigidas às crianças ditas de “inclusão” escolar. Olhar as formas de sileciamento do professor a partir de uma incompletude, ou até mesmo a incapacidade de fornecer a devida assistência pedagógica diante das contingências que emergem no espaço escolar não observadas nos livros que abordam a inclusão. A inclusão escolar é um princípio de uma educação emancipadora, a qual deve desenvolver o trabalho docente abarcando as diferenças dos indivíduos, das famílias e das comunidades. A perspectiva inclusiva da educação tem ainda muito a realizar. No caso da educação especial a “segregação simbólica” dos estudantes é o mais comum, sendo uma grande parte tratados de forma inferiorizada. E a precarização da vida escolar dificulta a descoberta do prazer de aprender pelo estudante, como dar sentido a sua existência, conseguindo dizer ao mundo a que veio, conquistando o seu lugar como sujeito no laço social.

Biografia do Autor

Douglas Manoel Antonio de Abreu Pestana dos Santos, Universidade de São Paulo (USP)

Mestre em Educação pela Universidade Ibirapuera. Psicanalista Membro da Cátedra Otávio Frias de Estudos em Comunicação, Democracia e Diversidade (USP). Membro da Rede Nacional da Ciência para a Educação- CPe. Membro da ABEPEE- Associação Brasileira de Pesquisadores em Educação Especial UNESP Associado(a) na categoria de Profissional, Nº de matrícula 15713, da Sociedade Brasileira de Neurociências e Comportamento (SBNeC) USP, filiada no Brasil, à Federação das Sociedades de Biologia Experimental (FeSBE), à Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) e no exterior, à International Brain Research Organization (IBRO) e à Federação das Associações Latino Americanas e do Caribe de Neurociências. 

Márcia Siqueira de Andrade, Universidade Ibirapuera (UNIB)

Doutora em Psicologia da Educação pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Professora permanente, pesquisadora e coordenadora do Programa de Pós-graduação em Educação e do Programa de Pós-graduação em Psicologia/Psicossomática da Universidade Ibirapuera, São Paulo, Brasli e membro do Comitê de Ética em Pesquisa (COEPE) da UNIB.

Referências

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Publicado
2022-08-29