Frutas nativas do Tocantins com potencial de aproveitamento econômico
Abstract
O objetivo deste trabalho foi identificar as espécies frutíferas nativas do cerrado tocantinense de valor
alimentício, com potencial de aproveitamento econômico, bem como a elaboração de um calendário anual
de frutificação. Foram adotados os seguintes procedimentos: visitas às feiras de Palmas, Tocantins, visando
identificar as espécies frutíferas comercializadas; visitas a empreendimentos que processam e comercializam
produtos à base de plantas frutíferas; revisão bibliográfica; pesquisas no Herbário HUTO da UNITINS.
Registraram-se 71 espécies frutíferas pertencentes a 23 famílias botânicas. As famílias que contribuíram com
maior riqueza de espécies foram: Arecaceae (10 spp.), Malpighiaceae (6 spp.), Caesalpiniaceae, Myrtaceae
e Rubiaceae (5 spp. cada), Melastomataceae e Mimosaceae (4 spp. cada). Dessas 71 espécies registradas,
apenas 16 (23%) são comercializadas nas feiras, sendo as mais comuns: bacaba (Oenocarpus distichus Mart.),
buriti (Mauritia flexuosa L. f.), cajá (Spondias mombim L.), caju (Anacardium occidentale L.), cajuí (Anacardium
humile A. St. Hil.), babaçu (Orbignya phalerata Mart.), macaúba (Acrocomia aculeata (Jacq.) Lodd.ex.Mart.),
mangaba (Hancornia speciosa Gomes), murici (Byrsonima orbignyana A. Juss.), pequi (Caryocar coriaceum
Wittm.), pitomba (Talisia esculenta (A. St.-Hil.) Radlk., pitomba-nativa (Talisia intermedia Radlk.). A forma
mais comum de venda dessas frutas é in natura ou a polpa fresca. O reduzido número de espécies exploradas
demonstra o potencial de crescimento deste mercado. No Tocantins, iniciativas que exploram frutos nativos,
ainda são incipientes e artesanais, produzindo principalmente doces, licores e geléias, principalmente de
origem extrativista.
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