EDUCAÇÃO DE AUTISTAS E PANDEMIA: ESTRATÉGIAS DE ENFRENTAMENTO
Resumo
Com o cenário mundial de distanciamento social, de pandemia de COVID-19, táticas diversas passaram a ser utilizadas para educar crianças e jovens, que tiveram que modificar suas rotinas de estudo. Isso trouxe mudanças no cotidiano de pessoas com Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) e seus familiares, que tiveram que lidar com resistência a essas modificações, que podem gerar crises. Considerando a necessidade de desenvolver maneiras de manter o processo educacional desses estudantes, investigou-se, qualitativamente, estratégias educacionais de 40 pais de crianças e jovens autistas, de região do centro-norte da Bahia, Brasil. Os dados foram coletados através de questionário entrevistas. A análise de conteúdo revelou que a escola está dando assistência à maioria dos pais e outros educam em casa. Os pais têm aplicado atividades escritas, atividades de desenvolvimento psicomotor, praticado esportes, realizado brincadeiras, jogos e passeios com seus filhos.
Referências
BARDIN, Laurence. Análise de conteúdo. Lisboa, Edições 70, 1977.
BRASIL. Lei nº 12.764, de 27 de dezembro de 2012. Disponível em:
CABRAL, Cristiane Soares; MARIN, Angela Helena. Inclusão escolar de crianças com transtorno do espectro autista: uma revisão sistemática da literatura. Educação em revista, Belo Horizonte, v. 33, e142079, p. 1-30, 2017. Disponível em:
FACION, José Raimundo (Org.). Inclusão escolar e suas implicações. 2. ed. Curitiba: IBPEX, 2008.
GOMES, Camila Graciella Santos. Desempenhos emergentes na aquisição de leitura funcional de crianças com transtorno do espectro autístico. Dissertação (Mestrado em Educação Especial) – Universidade Federal de São Carlos. São Carlos, SP, 2007. Disponível em:
GRASU, Mihaela. Parents against autismo spectrum disorder. Bulletin of Integrative Psychiatry, march, year XXIV, v. 1, n. 76, 2018.
IBGE – INSTITUDO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Censo Brasileiro de 2020. Bahia: IBGE, 2021.
LEMOS, Emellyne Lemos de Medeiros Dias.; SALOMAO, Nádia Maria Ribeiro; AGRIPINO-RAMOS, Cibele Shirley. Inclusão de crianças autistas: um estudo sobre interações sociais no contexto escolar. Revista Brasileira de Educação Especial, Marília, v. 20, n. 1, p. 117-130, 2014. Disponível em:
MORAES, Roque. Análise de conteúdo. Revista Educação, Porto Alegre, v. 22, n. 37, p. 7-32, 1999.
NASCIMENTO, Thamires Thayane Costa do. A inclusão de uma criança com TEA na rede privada de ensino: um estudo de caso sobre a parceria escola\família. 2017. 66 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Pedagogia) - Universidade Federal da Paraíba, João Pessoa/PB, 2017.
OOI, Khim Lynn; ONG,Yin Sin; JACOB, Sabrina Anne; KHAN, Tahir Mehmood. A meta-synthesis on parenting a child with autism. Neuropsychiatric disease and treatment, v. 12, p. 745, 2016.
ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE – O.M.S. CID-10: Classificação Internacional de Doenças. São Paulo: EDUSP, 1994.
POSARA, Annio; VISCONTI, Paola. Sensory abnormalities in children with autism spectrum disorder. Jornal de Pediatria, (Rio J.) v. 94, n. 4, Porto Alegre, July/Aug., 2018.
RAVET, Jackie Ravet. But how do I teach them?: Autism & Initial Teacher Education (ITE). International Journal of Inclusive Education, 2017.
ROGERS, Sally J.; DAWSON, Geraldine. Intervenção Precoce em crianças com autismo: Modelo Denver para a promoção da linguagem, da aprendizagem e da socialização. Lisboa: Lidel Edições Técnicas, Ltda., 2014.
SHAW, Gisele Soares Lemos. Relação entre família, escola, especialistas e o desenvolvimento de pessoas autistas. Perspectivas em Diálogo, Naviraí, v. 8, n. 16, p. 183-201, jan./abr. 2021.
SILVA, Ana Beatriz Barbosa; GAIATO, Mayra Bonifácio; REVELES, Leandro Tadeu. Mundo singular: Entenda o Autismo. Fontanar, 2012.
SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA. Manual de orientação: departamento cientifico de pediatria do desenvolvimento e comportamento. ed. n5. Abril de 2019.
WILLIANS, Chris; WRIGHT, Barry. Convivendo com autismo e síndrome de asperger: estratégias e práticas para pais profissionais. São Paulo: M. Books Editora Ltda., 2008.
A submissão de originais para este periódico implica na transferência, pelos autores, dos direitos de publicação impressa e digital. Os direitos autorais para os artigos publicados são do autor, com direitos do periódico sobre a primeira publicação. Os autores somente poderão utilizar os mesmos resultados em outras publicações indicando claramente este periódico como o meio da publicação original. Em virtude de sermos um periódico de acesso aberto, permite-se o uso gratuito dos artigos em aplicações educacionais, científicas, não comerciais, desde que citada a fonte (por favor, veja a Licença Creative Commons no rodapé desta página).