OS ESPAÇOS NÃO-FORMAIS DE ENSINO E A PRÁTICA PEDAGÓGICA NO ENSINO MÉDIO INTEGRADO

Palavras-chave: Educação profissional e tecnológica. Práticas Pedagógicas. Espaços não-formais de ensino. Gramsci. Paulo Freire.

Resumo

Reflexão de caráter exploratório sobre a intencionalidade das práticas pedagógicas do ensino médio integrado (EMI) e a relação destas com os espaços não-formais de ensino. Partindo dos fundamentos da Educação Profissional e Tecnológica (EPT) propostos por autores como Acácia Kuenzer, Gaudêncio Frigotto, Maria Ciavatta e Marise Ramos, retoma referenciais clássicos como Antonio Gramsci e Paolo Freire para pensar a potencialidade dos espaços não-formais para a realização de práticas pedagógicas que coloquem os estudantes em contato direto com o mundo do trabalho. Assumindo o trabalho e a pesquisa como princípios educativos, e que a escolar de nível médio deve propiciar a inserção ativa dos egressos no mundo da produção e da política, elenca um conjunto de princípios podem orientar e auxiliar a organização de práticas pedagógicas direcionadas à formação humana integral e omnilateral de trabalhadores intelectuais.

Biografia do Autor

Jarbas Mauricio Gomes, Instituto Federal de Alagoas

Doutor em Educação pelo Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal de São Carlos (PPGE-UFSCar). Mestre em Educação pelo Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Estadual de Maringá (2012). Professor permanente do Programa de Pós-Graduação em Educação Profissional e Tecnológica (ProfEPT/IFAL).

André Suêldo Tavares de Lima, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Alagoas

Graduação em Agronomia (2006), mestrado (2009) e doutorado (2011) em Agronomia - Ciência do Solo.

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Publicado
2021-11-12