A AFETIVIDADE E O ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA NOS ANOS FINAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL

  • Erick Matheus Marques Espindola UFMS
  • Fhilipe Germano Rigamonte UFMS
  • Michele Eduarda Brasil de Sá UFMS
Palavras-chave: Afetividade. Autonomia. Ensino fundamental. Ensino de língua portuguesa.

Resumo

O presente artigo visa refletir acerca da afetividade, tal como proposta por Henri Wallon (1934), especificamente no contexto escolar, no ensino de língua portuguesa do 6º ao 9º ano do ensino fundamental. O trabalho justifica-se pela necessidade de se entender como o afeto influencia os alunos, o conhecimento e os professores, uma vez que aquilo que se ensina/aprende tem apelo emocional e humano, logo, social e orgânico. Entende-se que o ensino sempre será mediado pela afetividade: alunos e professores expressarão maior ou menor interesse sobre o estudo de acordo com o nível de compreensão e identificação com o objeto. Conclui-se que é preciso aproximar os conteúdos considerados mais difíceis – e, por isso, menos atrativos – associando-os a outros que sejam considerados mais interessantes para os alunos. É preciso também dar ao ensino uma abordagem que respeite as características da fase de desenvolvimento psicológico em que os alunos se encontram.

Biografia do Autor

Erick Matheus Marques Espindola, UFMS

Graduando em Letras Português-Inglês, UFMS – Universidade Federal de Mato Grosso do Sul.

Fhilipe Germano Rigamonte, UFMS

Doutora em Letras pela UFRJ – Universidade Federal do Rio de Janeiro. Professor Adjunto da UFRJ em lotação provisória na UFMS – Universidade Federal de Mato Grosso do Sul.

Michele Eduarda Brasil de Sá, UFMS

Doutora em Letras pela UFRJ – Universidade Federal do Rio de Janeiro. Professor Adjunto da UFRJ em lotação provisória na UFMS – Universidade Federal de Mato Grosso do Sul.

Referências

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Publicado
2020-02-04