UMA ELEGIA DE DOR E DE LAMENTO NO SERTÃO
Résumé
É a morte que orquestra a leitura do romance O canto da carpideira, escrito por Lita Maria, em 2014, com um olhar carregado de sensibilidade e poesia, que une reminiscências e vivências de mulheres sertanejas, dando uma ênfase especial sobre “o cantar à morte”. O romance traz à cena o protagonismo de mulheres pobres, oriundas do meio rural e com ofícios ligados à cultura e aos saberes populares, como raizeira, parteira e carpideira, hoje ressignificados por processos históricos, mas que (re)contam a história e à luta de tantas mulheres de carne e osso por meio da ficção. A partir disso, propõe-se, neste artigo, uma análise da representação da mulher sertaneja e de seus ofícios, sobretudo o de carpideira.
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