ENSINO HÍBRIDO: CONCEITOS, PRODUÇÕES CIENTÍFICAS E POSSIBILIDADES PARA APLICAÇÃO PÓS-PANDEMIA
Résumé
Este trabalho é uma análise das produções científicas sobre Ensino Híbrido nos níveis do Ensino Médio, Tecnológico, Idiomas e Educação Superior. É um estudo de abordagem qualitativa, por meio da metodologia chamada de Estado do Conhecimento utilizando o banco de dados da Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações (BDTD). O recorte temporal foi de dez anos em dois momentos, 2000-2010 e 2011-2021. Para analisar os dados usou-se a análise de conteúdo proposta por Bardin (2009). Ao avaliar as produções científicas sobre Ensino Híbrido, observa-se que o tema associa-se com o Modelo de Rotação por Estações, o Ensino Presencial e o Ensino a Distância (Semipresencial), a aplicação de Metodologias Ativas e as Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação. Com base nos trabalhos analisados, compreende-se que são necessárias mais pesquisas sobre o assunto, bem como, que o Ensino Híbrido é uma alternativa viável para construir um ensino mais inovador, ativo, inclusivo e flexível, mas para isso, o acesso às tecnologias é essencial. Ter politicas públicas que garantam acesso à educação e às tecnologias deveriam ser prioridade dos governantes, em especial num contexto pós-pandemia, onde a educação precisará ser repensada.
Références
BARDIN, L. Análise de Conteúdo. Lisboa: Edições 70, LDA, 2009.
BARRERA, D. F. O Sistema UAB na UnB: possibilidades, contradições e desafios para a institucionalização da EaD no ensino de graduação. 2018. 133 f., Dissertação (Mestrado em Educação). Disponível em: https://repositorio.unb.br/handle/10482/32472. Acesso em: 03 set. 2021.
BATISTA JÚNIOR, R. O. Ensino híbrido: um estudo sobre a inserção de até 20% de EAD na carga horária de cursos presenciais da UFPE. 2018. 176f. Dissertação. (Mestrado Educação Matemática e Tecnológica). Disponível em: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/30888. Acesso em: 03 set. 2021.
BERBEL, N. As metodologias ativas e a promoção da autonomia dos estudantes. Semina: Ciências Sociais e Humanas, Londrina, v. 32, n. 1, 25-40, jan./jun. 2011.
BERGMANN, J.; SAMS, A . Sala de aula invertida: uma metodologia ativa de aprendizagem. (Tradução Afonso Celso da Cunha Serra). 1ª ed. Rio de Janeiro: LTC, 2016.
BRASIL. Ministério da Educação. Resolução Nº 1, de 11 de março de 2016. Estabelece Diretrizes e Normas Nacionais para a Oferta de Programas e Cursos de Educação Superior na Modalidade a Distância. Disponível em: https://www.in.gov.br/ /asset_publisher/Kujrw0TZC2Mb/esolucao-n-1-de-11-de-marco-de-2016-21393306. Acessado em: set. 2021.
BRASIL. Ministério da Educação. Portaria nº 2.117, de 6 de dezembro de 2019. Dispõe sobre a oferta de carga horária na modalidade de Ensino a Distância - EaD em cursos de graduação presenciais ofertados por Instituições de Educação Superior. Disponível em: https://bityli.com/YmxVsej. Acessado: 21 ago.2021.
BROD, F. A. T. Significar aprendizagens em informática na educação tecnológica através do desenvolvimento de projetos. 2011. 106f. Dissertação (Mestrado em Educação em Ciências: Química da Vida e Saúde). Universidade Federal do Rio Grande, Rio Grande. Disponível em: http://repositorio.furg.br/handle/1/3632. Acesso em: 03 set. 2021.
CANDIDO JUNIOR, E. Ensino híbrido na educação superior: desenvolvimento a partir da base TPACK em uma perspectiva de metodologias ativas de aprendizagem. 2019. 167f. Dissertação. Mestrado em Educação da Faculdade de Ciências e Tecnologia/Universidade Estadual Paulista. Disponível em: https://repositorio.unesp.br/handle/11449/191010. Acesso em: 05 set. 2021.
COURA, S. M. R. da. Ensino híbrido em cursos de graduação presenciais das universidades federais: uma análise da regulamentação. 2016. 173 f. Dissertação (Mestrado em Educação) Disponível em: https://seer.ufrgs.br/rbpae/view/74042. Acesso em: 02 set. 2021
COUSSIRAT, R.S.S. Rotação por estações como estratégia para o ensino de radiações e radioatividade para estudantes de ensino médio. 2020. 123f. Dissertação. Mestrado Educação em Ciências: Química da Vida e Saúde. Disponível em: < https://lume.ufrgs.br/handle/10183/212945. Acesso em: 03 set. 2021.
CRUZ, S. V. Pontes de ensino: caminhos para o ensino superior híbrido. 2019. 158 f. Dissertação (Mestrado Profissional em Ensino). Disponível em: http://repositorio.ufpa.br:8080/handle/2011/12194. Acesso em: 03 set. 2021.
FRIGO, L. F. Tecnologias digitais e democracia na educação: a promoção da interatividade em sala de aula. 2017. 113 f. Dissertação (Mestrado em Comunicação e Semiótica). Disponível em: https://sapientia.pucsp.br/handle/handle/20536. Acesso em: 02 set. 2021.
GIRAFFA L.; MARTINS, C. Gamificação nas práticas pedagógicas: teorias, modelo e vivências. Nuevas Ideas en Informática Educativa. TISE, 2015.
GOMES, A. F. Material didático digital, games e gamification: conexões no design para implementação de cursos online. 2017. Dissertação. (Mestrado em Tecnologias Educacionais em Rede). Disponível em: https://repositorio.ufsm.br/handle/1/13787. Acesso em: 02 set. 2021.
HERRMANN, I. C. Descrição e análise da utilização do ensino híbrido na Universidade Federal da Grande Dourados. 2018. 108 f. Dissertação (Mestrado Profissional em Administração Pública em Rede Nacional). Disponível em: https://repositorio.ufgd.edu.br/jspui/handle/prefix/98. Acesso em: 22 ago. 2021.
HOBMEIR, E. C. Flipped Classroom: as práticas dos alunos inseridos nos cursos semipresenciais de gestão. 2016. 134 f.. Dissertação (Mestrado Profissional em Educação e Novas Tecnologias). Disponível em: https://repositorio.uninter.com/handle/1/57. Acesso em: 22 ago. 2021.
HODGES, C. (et al). The Difference Between Emergency Remote Teaching and Online Learning. EDUCAUSE Review, 2020. Disponível em: https://er.educause.edu/articles/2020/3/the-difference-between-emergency-remote-teaching-and-online-learning#fn3. Acesso em: 10 ago. 2021.
HORN, M. B.; STAKER, H. Blended: usando a inovação disruptiva para aprimorar a educação. Tradução: Maria Cristina Gularte Monteiro. Porto Alegre: Penso, 2015.
KRAVISKI, M. R. Formar-se para formar: formação continuada de professores da educação superior — em serviço — em metodologias ativas e ensino híbrido. 2019. 130 f.. Dissertação (Mestrado Profissional em Educação e Novas Tecnologias), Disponível em: https://repositorio.uninter.com/handle/1/332. Acesso em: 10 ago. 2021.
MACHADO, N. S. Fazendo o semipresencial e sonhado com o ensino híbrido na graduação, a voz dos estudantes: uma análise comparativa de modelos pedagógicos nos cenários público e privado. 2018. 244 f.. Dissertação - Mestrado Profissional em Educação e Novas Tecnologias. Disponível em: https://repositorio.uninter.com/handle/1/116. Acesso em: 10 ago. 2021.
MELO, A. A.S. Fisiologia do sistema sensorial: estratégias de práticas pedagógicas para o ensino de fisiologia sensorial no ensino médio. Dissertação. (Mestrado Profissional em Ensino de Biologia em Rede Nacional) 2020. 103f. Disponível em:
MOORE. Michael G.; KEARSLEY, Greg. Educação a distância: sistemas de aprendizagem on-line. 3.ed. São Paulo: Cengage Learning,
MORAN, J. (2017). Metodologias ativas e modelos híbridos na educação. In: Solange e outros (Orgs). Novas Tecnologias Digitais: Reflexões sobre mediação, aprendizagem e desenvolvimento. Curitiba: CRV, 2017. Disponível em: https://bityli.com/HUPdwc3 . Acesso em: 03 set. 2021
MORAN, J. M. A EAD no Brasil: cenário atual e caminhos viáveis de mudança. 2014. Disponível em: https://bityli.com/GxIj3Tr Acesso em: 15 ago. 2021.
MOREIRA, J. A. SCHLEMMER, E. Por um novo conceito e paradigma de educação digital onlife. Revista UFG, V.20, p- 01-35, 2020.
MOROSINI, M. Estado do conhecimento e questões de campo científico. Revista da Educação, Santa Maria, v. 40, n. 1, p. 101-116, jan./abr. 2015.
NÓVOA, A. ALVIM, Y. Covid-19 e o fim da educação 1870 – 1920 – 1970 – 2020. Revista História da Educação (Online), v. 25, 2021.
OLIVEIRA S. M. I. O de. Modelo híbrido de aprendizagem no ensino de língua portuguesa: estudo de caso no ensino médio. 2019. 146f. Dissertação. (Mestrado em Educação). Disponível em: https://repositorio.unifesp.br/handle/11600/59533. Acesso em: 10 ago. 2021
OLIVEIRA, R. de. SocrateS: sistema de ensino-aprendizado inteligente para internet com adoção dinamica de estrategias de ensino hibridas usando MBTI. 2004. Dissertação. (Mestrado em Matemática, Estatística e Computação Cientifica, Disponível em: https://bityli.com/A2IMYfg . Acesso em: 3 ago. 2021.
OLIVEIRA, S. A. B. de. Programação para administração de redes de computadores: uma proposta de ensino-aprendizagem baseada no modelo de Sala de Aula Invertida. 2018. Dissertação. (Mestrado Profissional em Ensino Tecnológico). Disponível em: http://repositorio.ifam.edu.br/jspui/handle/4321/360. Acesso em: 10 ago. 2021.
OSMUNDO, M. L. Uma metodologia para a educação superior baseada no ensino híbrido e na aprendizagem ativa. 2017. 96f. – Dissertação (Mestrado em Educação Brasileira). Disponível em: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/27049. Acesso em: 10 ago. 2021
PASSOS, M. L. S. MM-Híbrido - Modelo de Maturidade para Avaliação do Ensino Híbrido em Instituições de Ensino Superior. Tese. Doutorado em Engenharia. 2018, 227f. Disponível em: https://www.lume.ufrgs.br/handle/10183/189947. Acesso em: 10 ago. 2021
PIMENTAL, M; CARVALHO, F. Princípios da Educação Online: para sua aula não ficar massiva nem maçante! 2020. Revista Horizontes. Disponível em: http://horizontes.sbc.org.br/index.php/2020/05/principios-educacao-online. Acesso em: 10 ago. 2021.
SANCHO, J. Me han sorprendido quienes afirman que la pandemia ha revelado la desigualdad, ¿De verdad no lo sabían? [Entrevista concedida a Jaume Carbonell]. Revista El diario de la Educación. Madrid, junho de 2020.
SANTOS E. Educação Online para além da Ead: Um Fenômeno da Cibercultura. Actas do X Congresso Internacional Galego-Português de Psicopedagogia. Braga: Universidade do Minho, 2009.
SANTOS, S. C. dos. "Práticas pedagógicas da modalidade a distância e do ensino presencial: contribuições para ensino híbrido no Instituto Federal do Maranhão". 2015. Dissertação (Mestrado Curso de Ensino). Disponível em: http://hdl.handle.net/10737. Acesso em: 10 ago. 2021
SILVA, J. E. P. da. Ensino híbrido: possíveis contribuições para a qualificação do ensino de história no ensino médio. 2016. Dissertação. (Mestrado em História). Disponível em: http://repositorio.ufsm.br/handle/1/12722. Acesso em: 10 ago. 2021
SILVA, L.F. da. Ecossistemas de aprendizagem e fluência digital nas aulas de língua inglesa. 2019. 107 f. Dissertação (Mestrado em Ensino de Ciências Humanas, Sociais e da Natureza). Disponível em: https://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/4612. Acesso em: 10 ago. 2021
SOUZA, A. C. N. Sala de aula invertida: percepções dos estudantes do ensino superior tecnológico. 2016. 102 f.. Dissertação - Mestrado Profissional em Educação e Novas Tecnologias, 2016. Disponível em:
TAVARES S. R. Atividades para o estudo de integrais em um ambiente de ensino híbrido. 2019. 128 f. Dissertação (Mestrado em Ensino de Matemática) - Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Londrina, 2019. Disponível em: https://seer.ufrgs.br/view/74042. Acesso em: 02 set. 2021
TOLEDO JÚNIOR, L. F. Tratamento do movimento oscilatório utilizando o ensino híbrido: uma proposta para o ensino médio. 2021. Dissertação (Mestrado em Ensino de Física). Universidade Federal de São Carlos, Sorocaba, 2021. Disponível em: https://repositorio.ufscar.br//ufscar/14214. Acesso em: 02 set. 2021
TRIPANI, G. T. A. As presenças social, cognitiva e de ensino e a formação de uma comunidade virtual de aprendizagem na disciplina língua espanhola de um curso de Letras. 2017. Dissertação (Mestrado em Língua Espanhola e Literaturas Espanhola) 2017. Disponível em: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8145/tde-16022018-142436/pt-br.php. Acesso em: 10 set 21.
UNICEF. Cenário da Exclusão Escolar no Brasil. Um alerta sobre os impactos da pandemia da COVID-19 na Educação. UNICEF, 2021.
VALENTE. J. A. A Comunicação e a Educação baseada no uso das Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação. Revista UNIFESO – Humanas e Sociais Vol. 1, n. 1, p. 141-166, 2014.
A submissão de originais para este periódico implica na transferência, pelos autores, dos direitos de publicação impressa e digital. Os direitos autorais para os artigos publicados são do autor, com direitos do periódico sobre a primeira publicação. Os autores somente poderão utilizar os mesmos resultados em outras publicações indicando claramente este periódico como o meio da publicação original. Em virtude de sermos um periódico de acesso aberto, permite-se o uso gratuito dos artigos em aplicações educacionais, científicas, não comerciais, desde que citada a fonte (por favor, veja a Licença Creative Commons no rodapé desta página).