INOVAÇÃO, CONHECIMENTO E VIVÊNCIAS EM LÍNGUA PORTUGUESA: FORMAÇÃO INICIAL E SALA DE AULA

Resumen

A partir da necessidade de repensar as práticas docentes, esta pesquisa faz parte de um projeto que mapeou competências de professoras(es) de Linguagens na rede estadual de ensino de Mato Grosso. O corpus foi composto por discursos de cem professoras(es) de Língua Portuguesa sobre sua formação docente. O trabalho amparou-se na perspectiva metodológica qualitativa com característica interpretativista. Dentre os aspectos abordados, destaca-se a necessidade de maiores aprofundamentos sobre os fundamentos de conceitos relevantes e presentes na atuação docente, tal como o de inovação, para que equívocos e inconsistências acerca de suas definições sejam superados. Emerge, por fim, o entendimento de que a formação em serviço é uma estratégia que não pode ser escamoteada nas políticas educacionais e que esta precisa aparecer a partir das necessidades das(os) docentes e não com o objetivo de melhorar nota nas provas externas como a Secretaria do Estado de Educação de Mato Grosso vem priorizando.

Biografía del autor/a

Célia Márcia Gonçalves Nunes Lôbo, Faculdades Cathedral de Ensino Superior de Barra do Garças (UNICATHEDRAL)

Doutora em Estudos Linguísticos pela Faculdade de Letras da Universidade Federal de Goiás (UFG); mestra em Estudos Linguísticos pela Universidade Federal de Goiás (UFG) e graduada em Letras pela Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT). Docente no Centro Universitário UniCathedral.

Geovana Portela de Moura, Secretaria de Educação de Mato Grosso (SEDUC)

Mestra em Estudos Linguísticos pela Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT), especialista em Língua Portuguesa e graduada em Língua Portuguesa e Inglesa pela União das Escolas Superiores de Rondonópolis. Docente da Secretaria de Educação de Mato Grosso (SEDUC-MT).

Marcela Dias Pinto Perez, Secretaria de Educação de Mato Grosso (SEDUC)

Mestra em Letras pela Universidade Estadual de Maringá (UEM), graduada em Letras Português / Francês pela Universidade Estadual de Maringá (UEM). Docente efetiva da área de língua portuguesa na rede estadual de ensino de Mato Grosso. Lattes: http://lattes.cnpq.br/3513394173415229. ORCID: https://orcid.org/0000-0003-3223-8788. E-mail: marceladiaspintoperez@gmail.com

Citas

ANDRÉ, Marli Eliza Dalmazo Afonso de. Etnografia da prática escolar. 7 ed. Campinas, SP: Papirus, 2002.

ALMEIDA, Mary Yale; NEVES, Mônica Rafaela de; SANTOS, Francecirly Alexandre dos. As condições e a organização do trabalho de professoras de escolas públicas. Revista Psicologia: Teoria e Prática. São Paulo, v. 12, n. 2, p. 35-50, fev. 2010. Disponível em: http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-36872010000200004&lng=pt&nrm=iso. Acesso em: 31 jan. 2019.

BAKHTIN, M. (VOLOCHINOV). Marxismo e filosofia da linguagem. Problemas fundamentais do método sociológico na ciência da linguagem. Tradução: Michel Lahud e Yara Frateschi Vieira. 8 ed. São Paulo: HUCITEC, 1997.

BORTONI-RICADO, Stella Maris. Educação em Língua Materna: a sociolinguística em sala de aula. São Paulo: Parábola Editorial, 2004.

BRASIL. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Brasília, DF, 20 de dezembro de 1996. Disponível em: http://www. planalto. gov.br/ccivil_03/leis/l9394. htm. Acesso em: 07 fev. 2019.

BRASIL. Ministério da Educação. Base nacional comum curricular. Brasília: MEC, 2017. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/abase/. Acesso em: 10 jun. 2018.

BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais: língua portuguesa / Secretaria de Educação Fundamental. Brasília: 1997.

BUNZEN, C. A fabricação da disciplina escolar Português. Revista Diálogo Educ., Curitiba, v. 11, n. 34, p. 885-911, set./dez. 2011.

CARDOSO, A. P. Educação e inovação. Millenium, 6, mar. 1997. Disponível em: www.ipv.pt/millenium/Millenium_6.htm. Acesso em fev. 2019.

CARMO, Marilândia Ferreira Colaço do. Inovação pedagógica nas práticas de formação de professores. 2016. 117p. Dissertação (Mestrado em Ciências da Educação) – Faculdade de Ciências Sociais, Universidade de Madeira,Funchal, 2016.

FIORIN, José Luiz. Introdução ao pensamento de Bakhtin. São Paulo: Ática, 2006.

_____. Língua, discurso e política. Revista Alfa, São Paulo, v. 11, n. 1, p. 148-165, 2009.

GOLDBERG, Maria Amélia Azevêdo. Inovação educacional: a saga de sua definição. In: GARCIA, Walter E. et. al. Inovação educacional no Brasil: problemas e perspectivas. Campinas, São Paulo: Autores Associados, 1995, p. 60- 64.

HUBERMAN, A. M. Como se realizam as mudanças em educação: subsídios para o estudo da inovação. São Paulo: Editora Cultrix, 1973.

LÜDKE, M.; ANDRÉ, M.E.D.A. Pesquisa em Educação: abordagens qualitativas. São Paulo: Editora Pedagógica e Universitária, 1986.

MARCUSCHI, Luiz Antônio. Produção textual, análise de gêneros e compreensão. São Paulo: Parábola, 2008.

MESSINA, Graciela. Mudança e inovação educacional: notas para reflexão. Cadernos de Pesquisa, n. 114, novembro/2001.

MIZUKAMI, Maria da Graça N. Ensino: as abordagens do processo. São Paulo: EPU, 1986.

PÊCHEUX, Michel. Análise automática do discurso (AAD-69). In: GADET, Francoise; HAK, Tony. Por uma análise automática do discurso: uma introdução à obra de M. Pêcheux. Campinas: Ed. da Unicamp, 1997. p. 61-105.

PIETRI, Emerson de. A constituição dos discursos sobre ensino de Língua Portuguesa nas décadas de 1980 e 1990. Trabalhos em Linguística Aplicada, Campinas, n.57, v.1, p. 523-550, jan./abr. 2018. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/tla/v57n1/0103-1813-tla-57-01-0523.pdf. Acesso em: 11/04/2019.

RAJAGOPALAN, Kanavillil. O conceito de identidade em linguística: é chegada a hora de uma reconsideração radical? In: SIGNORINI, Inês (org.). Lingua(gem) e Identidade: elementos para uma discussão no campo aplicado. Campinas, SP: Mercado de Letras; São Paulo: Fapesp, 1998. p. 21-46.

SIGNORINI, Inês. Significados da Inovação do Ensino de Língua Portuguesa e formação de professores. Campinas: Mercado de Letras, 2007.

SOARES, Magda. Português na escola: história de uma disciplina curricular. In: BAGNO, Marcos. Linguística da norma. São Paulo: Loyola, 2002, p. 155-177.

TARDIF, M. Saberes docentes e formação profissional. Editora Vozes Limitada, 2002.

TEIXEIRA, Claudia Maria Francisca. Inovar é preciso: concepções de inovação em educação dos programas proinfo, enlaces e educar. 2010. 93f. Dissertação (Mestrado em Educação) - Universidade do Estado de Santa Catarina, Santa Catarina, 2010. Disponível em: http://tede.udesc.br/handle/tede/2519. Acesso em: 31 jan. 2019.

TRAVAGLIA, Luiz Carlos. Gramática e Interação: uma proposta para o ensino de Gramática no 1º e 2º Graus. São Paulo: Cortez, 1996.
Publicado
2024-08-12