CONTEXTO CONTEMPORÂNEO DE PANDEMIA COVID-19: QUAL O LUGAR DAS INFÂNCIAS E DO DIREITO AO BRINCAR?
Resumen
Este texto retrata a pesquisa que objetivou mapear estratégias, pesquisas e políticas contemporâneas que asseguraram o lugar do direito ao brincar das infâncias no contexto contemporâneo da pandemia COVID-19. Recorreu-se a abordagem qualitativa de caráter exploratório, através da pesquisa bibliográfica e documental, e comunicações digitais. A análise constituiu-se por apuração de dados e análise das estratégias encontradas nas plataformas digitais e nas redes sociais. Esta interlocução evidenciou reflexões epistemológicas e políticas de reconhecimento da infância como categoria social, das crianças como membros ativos da sociedade e como sujeitos das instituições diversas em que participam. Ademais, apresentou práticas lúdicas, orientadas e desenvolvidas por educadores e famílias, ocorridas no contexto contemporâneo pandêmico que garantiram, de alguma forma, o direito ao brincar. Revelou a necessidade do desenvolvimento de políticas públicas, pesquisas, estratégias diversas e processos formativos que reposicionem o lugar do brincar no seio da sociedade, para professores e famílias.
Citas
BARDIN, Laurence. Análise de conteúdo. Lisboa: Edições 70, 1977.
BONDIOLI, Anna; MANTOVANI, Susanna (Org.). Manual de Educação Infantil: de 0 a 3 anos — uma abordagem reflexiva. 9. ed. Porto Alegre: Artes Médicas, 1998. [publicação original 1995]
BRASIL. Estatuto da Criança e do Adolescente. Lei no 8.069, de 13 de junho de 1990a. Disponível em <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8069.htm>. Acesso em: 01 de agosto de 2019.
______. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil. Brasília, DF: MEC/SEB, 2010. Disponível em: Acesso em: 02 fev. 2013.
BRASIL. Estatuto da Primeira Infância. Lei n. 13.257, de 08 de março de 2016c. Disponível em: Acesso em: 01 de março de 2017.
CONCEIÇÃO, A. P.; MACEDO, R. S. PRÁTICA, BIOGRAFIA E CONSTRUÇÕES TEÓRICAS EM EDUCAÇÃO INFANTIL: UM CURRÍCULO BRINCANTE. Revista da FAEEBA - Educação e Contemporaneidade, v. 27, n. 51, p. 121-132, 27 abr. 2018. Disponibilidade em: <https://doi.org/10.21879/faeeba2358-0194.2018.v27.n51.p121-132>. Acesso em: 13 nov. 2021.
FERREIRA, N. S. de A. As pesquisas denominadas “estado da arte”. Educação & Sociedade, ano XXIII, n. 79, ago. 2002. Disponível em: Acesso em: 23 abr. 2017.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. 29.ed. São Paulo: Paz e Terra, 2015.
Souza, S. J. Infância e linguagem: Bakhtin, Vygotsky e Benjamin. Campinas: Papirus Editora, 1994.
JOSHI, Nila; STONE, Michelle. Playing during a Pandemic: why children need outdoor play more than ever. Healthy Population Journal, 2021.
KISHIMOTO, T. M. Bruner e a brincadeira. In: KISHIMOTO, T. M. (org.). O brincar e suas teorias. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2002.
KISHIMOTO, Tizuko e SANTOS, Maria Walburga dos (Orgs.). Jogos e brincadeiras: tempos, espaços e diversidades. São Paulo: Cortez, 2016, 216 p.
LUCKESI, C. C. Ludicidade e atividades lúdicas: uma abordagem a partir da experiência interna. In: PORTO, Bernadete de S. (Org.). Ludopedagogia – Ensaios 2: Educação e Ludicidade. Salvador: Gepel, v. 2, p. 27-75. 2002.
LUZ MENEZES, M.; SILVA DA CONCEIÇÃO, A. P. Infância e Psicologia: O Brincar é uma Linguagem Secreta? Revista Internacional Educon, [S. l.], v. 2, n. 1, p. e21021009, 2021. DOI:10.47764/e21021009. Disponibilidade em: <https://grupoeducon.com/revista/index.php/revista/article/view/1564/1388>. Acesso em: 13 nov. 2021.
OLIVEIRA-FORMOSINHO, Júlia; KISHIMOTO, Tizuko Morshida; PINAZZA, Mônica Appezzato (org.) Pedagogia(s) da infância: reconstruindo uma práxis de participação. Porto Alegre: Armed, 2007.
ONU - Organização das Nações Unidas. Declaração Universal dos Direitos Humanos da ONU. Disponível em: Acesso em :19 abril 2017.
PINAZZA, Mônica A. Desenvolvimento profissional em contexto: um estudo de condições de formação e mudança. In: KISHIMOTO, T. M.; OLIVEIRA-FORMOSINHO, J. Em busca da pedagogia da infância: pertencer e participar. Porto Alegre: Penso, 2013. p. 54-84.
RAMOS, Rosemary Lacerda. A relação brincar e aprender: experimentos com jogos e brincadeiras na prática pedagógica. Salvador: Sathyart, 1995 – Dissertação de Mestrado.
______, R. L.. Ludoformação: uma abordagem metodológica. 1. ed. Salvador: Sathyart Ltda, 2014. v. 1. 120p .
______ R. L. Formação de educadores lúdicos no curso de Pedagogia: desafios e possibilidades. 120. ed. SALVADOR: Sathyar, 2013. v. 1. 1p .
SANTOS, E. Pesquisa-formação na cibercultura. Teresina: EDUFPI, 2019. Acesso gratuito na aba “Livros”.
Sociedade Brasileira de Pediatria. Grupo de Trabalho em Saúde e Natureza. Benefícios da Natureza no Desenvolvimento de Crianças e Adolescentes. SBP, 2019. Disponível em: <https://www.sbp.com.br/fileadmin/user_upload/manual_orientacao_sbp_cen_.pdf>; Acesso em: 20 abr. 2020.
VYGOTSKI, L. S. et al. Linguagem, Desenvolvimento e Aprendizagem (M. P., Villalobos, Trad.). 11a ed. São Paulo: Ícone, 2010.
WALLON, H. Uma concepção dialética do desenvolvimento infantil. Petrópolis, RJ: Vozes, 1995.
WINNICOTT, D. W. O brincar e a realidade. Ubu Editora, Rio de Janeiro: Imago, 1975.
A submissão de originais para este periódico implica na transferência, pelos autores, dos direitos de publicação impressa e digital. Os direitos autorais para os artigos publicados são do autor, com direitos do periódico sobre a primeira publicação. Os autores somente poderão utilizar os mesmos resultados em outras publicações indicando claramente este periódico como o meio da publicação original. Em virtude de sermos um periódico de acesso aberto, permite-se o uso gratuito dos artigos em aplicações educacionais, científicas, não comerciais, desde que citada a fonte (por favor, veja a Licença Creative Commons no rodapé desta página).