MEMÓRIA METÁLICA E DISCURSO NA EDUCAÇÃO EM TEMPOS DE PANDEMIA E FASCISMO NA AMAZÔNIA TOCANTINA

Resumen

Este artigo trata dos usos da memória metálica, em tempos de pandemia e fascismo pelos trabalhadores da educação na cidade de Cametá Pará, um dos estudos realizados pelos grupos de pesquisa (DISENSOL/ QUIMOHRENA e HELRA) da Universidade Federal do Pará que trabalham com estudos referente educação, cultura e discurso na Amazônia Tocantina. O texto teve como objetivo compreender o funcionamento dos impactos da memória metálica na educação e seu sentido em comunidades desprovidas de políticas públicas. Filiados aos dispositivos teóricos metodológicos da Análise de Discurso, trabalhamos com a interpretação de recortes de narrativas orais de educadores, que vivenciam os desafios de ser professores em tempos de pandemia e discursos fascistas. Os resultados alcançados permitiram a percepção de que mesmo com todo avanço de instrumentos diversos para massificação da memória metálica, o acesso a comunicação digital de qualidade não é para todos, aumentando em tempos de pandemia as diferenças sociais e o acesso à educação.

Biografía del autor/a

Andrea Silva Domingues, Universidade Federal do Pará (UFPA)

Graduada em História - Licenciatura pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), doutora e mestre em História Social pela Pontifícia Católica de São Paulo (PUC/SP) e pós-doutorado em História pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e em Análise de Discurso pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Atualmente é professora na Faculdade de Linguagem – Letras Língua Inglesa do Campus Universitário do Tocantins da Universidade Federal do Pará, Cametá, Pará, Brasil.

Benedita Celeste de Moraes Pinto, Universidade Federal do Pará (UFPA)

Graduada em História Licenciatura e Bacharelado pela Universidade Federal do Pará (UFPA), doutora e mestre em História Social pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC/SP) e pós Doutora em Educação pela Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT). Atualmente é professora na Faculdade de História e no Programa de Pós-Graduação em Educação e Cultura (PPGEDUC) do Campus Universitário do Tocantins da Universidade Federal do Pará (UFPA), Cametá, Pará, Brasil.

Lucas Rodrigues Lopes, Universidade Federal do Pará (UFPA)

Graduado em Letras - Língua Inglesa e Língua Portuguesa pela Pontifícia Católica de Campinas (PUC-CAMPINAS), mestre em Linguística pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e doutor em Linguística Aplicada pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Atualmente, é professor na Faculdade de Linguagem - Letras - Língua Inglesa e no Programa de Pós-Graduação em Educação e Cultura (PPGEDUC), do Campus Universitário do Tocantins/Cametá (CUNTINS), da Universidade Federal do Pará (UFPA).

Marcos Fábio Freire Montysuma, Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)

Graduado em História pela Universidade Federal do Acre, mestre em História Social pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), doutorado em História pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC/SP) e pós doutor pela Universidade Nova de Lisboa. Atualmente é professor do Programa de Pós-Graduação em História/CFH e do Doutorado Interdisciplinar em Ciências Humanas/CFH da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).

Citas

ACHARD, Pierre (Org.). O papel da memória. 4. Ed. Campinas – SP: Pontes, 2015.
BORGES, Rosane. O que é necropolítica. E como se aplica à segurança pública no Brasil. Entrevista concedida a Ponte Jornalismo, setembro, 2019. Disponível em: https://ponte.org/o-que-e-necropolitica-e-como-se-aplica-a-seguranca-publica-no-brasil/
BRASIL. [Constituição (1988)] Constituição da República Federativa do Brasil: texto constitucional promulgado em 5 de outubro de 1988, com as alterações determinadas pelas Emendas Constitucionais de Revisão nos 1 a 6/94, pelas Emendas Constitucionais nos 1/92 a 91/2016 e pelo Decreto Legislativo no 186/2008. – Brasília: Senado Federal, Coordenação de Edições Técnicas, 2016.
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Brasília, 2018
CERTEAU, Michel. A invenção do cotidiano: 1, Artes de fazer. Petrópolis: Vozes, 1994.
CHARTIER, Roger. À beira da falésia. Porto Alegre: Ed. da Universidade/UFRGS, 2002.
DIAS, Cristiane. A poética do cotidiano da rede. Signo y Seña, número 24, diciembre de 2013, pp. 57-70. Facultad de Filosofía y Letras (UBA). Disponível em: http://revistas.filo.uba.ar/index.php/sys/article/view/131. Acessado em: 25 de junho de 2021.
DOMINGUES, Andrea Silva. Cultura e Memória: A festa de Nossa Senhora do Rosário na cidade de Silvanópolis- MG. Pouso Alegre-MG: UNIVAS, 2017. Disponível em: http://pos.univas.edu.br/ppgcl/menu/ebooks.asp. Acessado em 10 de dezembro de 2021.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia. São Paulo: Paz e Terra, 1996.
IBGE. Dados Censitários (2020). Disponível em: https://www.ibge.gov.br/cidades-e-estados/pa/cameta.html >. Acesso em: 12 dezembro.,2020.
IBGE. Portal Cidades. Dados Censitários (2012). Disponível em: https://cidades.ibge.gov.br/brasil/pa/cameta/panorama>. Acesso em: 12 dezembro.,2020.
MBEMBE, Achille. Necropolítica. 3. ed. São Paulo: n-1 edições, 2018.
Michele SCHMITT, Michele. Sobre uma memória sem sujeito. Seminário de Estudos em Análise do Discurso (2.: 2005: Porto Alegre, RS) Anais do II SEAD - Seminário de Estudos em Análise do Discurso [recurso eletrônico] – Porto Alegre: UFRGS, 2005. Disponível https://dcdigital.hypotheses.org/files/2014/03/Sobre-uma-mem%C3%B3ria-sem-sujeito-Michele-SCHIMITT.pdf
ORLANDI, Eni P. A contrapelo: incursão teórica na tecnologia - discurso eletrônico, escola, cidade. RUA, Campinas, SP, v. 16, n. 2, 2015. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/rua/article/view/8638816. Acesso em: 7 jan. 2022.
ORLANDI, Eni P. Análise de discurso: princípios e procedimentos.9 ed. Campinas, SP: Pontes, 2010.
ORLANDI, Eni P. Discurso e Texto: Formulação e circulação dos sentidos. Campinas, SP: 3º Edição, Pontes Editores. 2008.
ORLANDI, Eni P. Cidade dos sentidos. Campinas: Pontes, 2004.
ORLANDI, Eni P. Discurso fundador. Campinas: Pontes, 2003.
ORLANDI, Eni P. Discurso e políticas públicas urbanas: a fabricação do consenso. Campinas, SP: RG, 2010.
ORLANDI, Eni P. Eu, tu, ele. Discurso e real da história. Campinas-SP: Pontes, 2017.
ORLANDI, Eni P. Vão surgindo sentidos. In: Discurso fundador: a formação do país e a construção da identidade nacional. Campinas: Pontes Editores, 1993.
PARENTE, Francilene de Aguiar. LOPES, Raquel da Silva Lopes. MILEO, Irlanda do Socorro de Oliveira. Pedagogia da alternância na formação de professores extrativistas: uma experiência na terra do meio, em Altamira/PA. Revista Humanidades e Inovação v.7, n.12, p. 63-77 – 2020. Disponível em: https://revista.unitins.br/index.php/humanidadeseinovacao/article/view/2933. Acessado em 08 de outubro de 2021.
PÊCHEUX, Michel. O discurso: estrutura ou acontecimento. 5 ed. Campinas: Pontes Editores, 2008 [1983].
PORTELLI, Alessandro. O que faz a história oral diferente? In: Revista Projeto História. São Paulo: PUC, v. 14, jan./jun. Cultura e Representação, p..25-39, 1997
SARLO, Beatriz. Um olhar político. In: Paisagens Imaginárias. São Paulo: Edusp, 1997.
SAVIANI, Dermeval. História da história da educação no Brasil. Eccos Revista Científica. São Paulo: Uninove, v. 10, número especial, p.147-167, 2008.
Publicado
2023-04-04