EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA: A PRÁTICA PEDAGÓGICA COMO VEÍCULO DA LIBERDADE
Resumen
No momento em que somos, todos os dias, testados ao limite de nossas emoções, frente uma pandemia galopante que ceifa mais e mais vidas, o estudo que apresento aqui se coloca em defesa da liberdade, tendo como foco a Educação Profissional e Tecnológica (EPT). A possibilidade efetiva de trabalhar essa temática em sala de aula, ainda que de forma remota, traz reflexões acerca da educação pautada no afeto, na responsabilidade e na ética afinada à nossa humanidade. O estudo é qualitativo, baseado na Análise de Livre Interpretação (ALI). A defesa é a de uma prática pedagógica aberta e coletiva, dentro dos cenários históricos da luta educacional, no poder de construir e transformar a realidade vivida. Concluo que esse é um forte meio para vivenciarmos a EPT no seu mais concreto viés social.
Citas
ANJOS, M. B.; PEREIRA, M. V.; RÔÇAS, G. Análise de Livre Interpretação como possibilidade de caminho metodológico. Revista Ensino Saúde e Ambiente, Rio de Janeiro, v.12, n.3, p. 27-39, 2019.
ARROYO, M. G. Ofício de mestre: Imagens e autoimagens. Petrópolis: Vozes, 2000.
ARROYO, M. G. Imagens Quebradas: Trajetórias e tempos de alunos e mestres. Petrópolis: Vozes, 2004.
BOFF, L. Saber cuidar: ética do humano - compaixão pela terra. Petrópolis: Vozes, 2004.
BRASIL. [Constituição (1988)]. Constituição da República Federativa do Brasil. 1988. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm. Acesso em: 14 jun. 2021.
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Diretrizes Curriculares para a Educação Profissional Técnica de Nível Médio. Brasília, DF: MEC, 1999.
BRASIL. Lei nº 1.741/2008. Altera dispositivos da Lei no 9.394/1996, que estabelece as Diretrizes e Bases da Educação Nacional. 1996.
Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2008/lei/l11741.htm.
Acesso em: 10 jun. 2021.
BRASIL. Lei nº 9394, de 20 de dezembro de 1996. Brasília, DF, 1996. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9394.htm. Acesso em: 10 jun. 2021.
BRASIL. Ministério da Educação. Educação Profissional Técnica de Nível Médio Integrada ao Ensino Médio. Documento Base. Brasília, DF, 2007.
BRASIL. Projeto de Lei nº 8.035 de 2010. Aprova o Plano Nacional de Educação para o decênio 2011-2020 e dá outras providências. Brasília, DF, 2010. Disponível em: https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/fichadetramitacao?idProposicao=490116. Acesso em: 10 jun. 2021.
CIAVATTA, M. A Formação Integrada: a escola e o trabalho como lugares de memórias e de identidade. Revista Trabalho Necessário, Niterói, v. 3, n. 3, dez. 2005.
FREIRE, P. Conscientização: Teoria e prática da libertação. São Paulo, Cortez & Moraes, 1979.
FREIRE, P. Pedagogia da autonomia. São Paulo: Paz e Terra, 1996.
FREIRE, P. Pedagogia do oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2005.
FREIRE, P. Educação como prática da liberdade. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2011.
FREIRE, M. Educador: a dor educa. São Paulo: Paz e Terra, 2008.
FRIGOTTO, G. A produtividade da escola improdutiva. São Paulo: Cortez, 1984.
FRIGOTTO, G. Educação e Crise do Trabalho: perspectivas de final de século. Petrópolis: 2002.
FRIGOTTO, G. A produtividade da escola improdutiva 30 anos depois: regressão social e hegemonia às avessas. Revista Trabalho Necessário, Niterói, v. 13, n. 20, 2015.
FROMM, E. A revolução da esperança: Por uma Tecnologia Humanizada. Rio de Janeiro: Zahar, 1969.
HOOKS, B. Ensinando a transgredir: a educação como prática da liberdade. São Paulo: Martins Fontes, 2013.
KONDER, L. A questão da ideologia. São Paulo, Companhia das Letras, 2002.
KONDER, L. O que é dialética. São Paulo: Brasiliense, 2004.
LANDER, E. et al. A colonialidade do saber: eurocentrismo e ciências sociais: Perspectivas latino-americanas. Buenos Aires: CLACSO, 2005.
LUCKESI, C. C. Filosofia da Educação. São Paulo, Cortez, 2003.
MACHADO, L. Organização da EPT por eixos tecnológicos. Linhas Críticas, Brasília, DF, v. 16, n. 30, p. 1-22, 2010.
MALDONADO-TORRES, N. Transdisciplinaridade e decolonialidade. Revista Sociedade e Estado, Brasília, DF, v. 31, n. 1, p. 75-97, 2016.
MBEMBE, A. Necropolítica: biopoder, soberania, estado de exceção, política da morte. São Paulo: N-1 edições, 2018.
MOURA, D. H. Ensino Médio Integrado: subsunção aos interesses do capital ou travessia para a formação humana integral? Revista Educação e Pesquisa, São Paulo, v. 39, p. 705-720, 2013.
QUIJANO, A. Des/colonialidad y bien vivir: un nuevo debate en America Latina. Lima: Editorial Universitaria, 2014.
RAMOS, M. Possibilidades e desafios na organização do currículo integrado. In: RAMOS, M. (org.). Ensino Médio Integrado: concepções e contradições. São Paulo: Cortez, 2005. p.106-127.
RAMOS, M. História e política da educação profissional. Curitiba: IFPR, 2014.
SAVIANI, D. O trabalho como princípio educativo frente às novas tecnologias. Petrópolis: Vozes, 1994.
SAVIANI, D. Escola e Democracia: teorias da educação, curvatura da vara: onze teses sobre educação e política. Campinas: Autores Associados, 2000.
SODRÉ, M. Reinventando a educação: diversidade, descolonização e redes. Petrópolis: Vozes, 2012.
WALSH, C. Pedagogías Decoloniales: Prácticas insurgentes de resistir, (re)existir, y (re)vivir. Quito: Ediciones Abya-Yala, 2013. t. 1.
A submissão de originais para este periódico implica na transferência, pelos autores, dos direitos de publicação impressa e digital. Os direitos autorais para os artigos publicados são do autor, com direitos do periódico sobre a primeira publicação. Os autores somente poderão utilizar os mesmos resultados em outras publicações indicando claramente este periódico como o meio da publicação original. Em virtude de sermos um periódico de acesso aberto, permite-se o uso gratuito dos artigos em aplicações educacionais, científicas, não comerciais, desde que citada a fonte (por favor, veja a Licença Creative Commons no rodapé desta página).
