DIVERSIDADE SEXUAL E DE GÊNERO NO CURRÍCULO DA EDUCAÇÃO PROFISSIONAL: DIZERES DAS/OS ESTUDANTES

  • Roberto Idalino Barros Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Alagoas http://orcid.org/0000-0002-9163-7191
  • Ricardo Jorge de Sousa Cavalcanti Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Alagoas
Palavras-chave: Diversidade Sexual e de Gênero. Educação Profissional. Currículo. Inclusão.

Resumo

A diversidade sexual é uma das questões evidenciadas na escola ultimamente. Assim, faz-se imprescindível estudos para analisar como o espaço escolar tem se colocado ante isso. Este estudo possui o objetivo de apresentar e discutir alguns resultados inerentes a uma investigação no Mestrado Profissional em Educação Profissional e Tecnológica (ProfEPT), que busca pensar a diversidade sexual e de gênero no âmbito escolar. É uma pesquisa de base qualitativa, cujo método é a pesquisa-ação, embasado em autores como Thiollent (2007), Barbier (2002) e Tripp (2005). Os procedimentos metodológicos incluem pesquisa bibliográfica, documental e de campo. Rodas de conversa e questionários semiestruturados fizeram parte dos instrumentos para coleta de dados. A análise dos resultados foi realizada a partir da Análise de Conteúdo (BARDIN, 1977). Com base nessa análise, conclui-se que o currículo da EPT no locus da pesquisa tem pautado a diversidade sexual e de gênero de forma pontual.

Biografia do Autor

Roberto Idalino Barros , Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Alagoas

Mestre em Educação Profissional e Tecnológica pelo ProfEPT/Ifal. Professor do Ensino Básico, Técnico e Tecnológico de Alagoas do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Alagoas (Ifal) no Campus Palmeira dos Índios. 

Ricardo Jorge de Sousa Cavalcanti , Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Alagoas

Doutor e Pós-doutor em Linguística. Professor Permanente do ProfEPT/Ifal. Professor do Ensino Básico, Técnico e Tecnológico de Alagoas do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Alagoas (Ifal) no Câmpus Maceió. 

Referências

ANDRADE, L. N. de. Travestis na escola: assujeitamento e resistência à ordem normativa. 2012. 279 f. Tese (Doutorado) – Universidade Federal do Ceará, Faculdade de Educação, Fortaleza, 2012.

ALVARENGA, G. M.; ARAUJO, Z. R. Portfólio: conceitos básicos e indicações para utilização. Estudos em Avaliação Educacional, São Paulo, v. 17, n. 33, jan./abr. 2006.

ARAÚJO, R. M. de L.; FRIGOTTO, G. Práticas pedagógicas e ensino integrado. Revista Educação em Questão, Natal, v. 52, n. 38, p. 61-80, maio/ago. 2015.

ARAÚJO, D. B. de; CRUZ, Izaura Santiago da; DANTAS, Maria da Conceição Carvalho. Gênero e sexualidade na escola. Salvador: UFBA/ Instituto de Humanidades, 2018.

APPLE, M. W. A Política do Conhecimento Oficial: faz sentido a ideia de um currículo nacional? In: MOREIRA, A. F. B.; SILVA, T. T. da. Currículo, Cultura e Sociedade. 9. ed. São Paulo: Cortez, 2006.

BARDIN, L. Análise de conteúdo. Lisboa: Edições 70, 1977. 288 p. Edição em português.

BENTO, B. Na escola se aprende que a diferença faz a diferença. Revista Estudos Femininos, Florianópolis, v. 19, n. 2, p. 549-559, ago. 2011. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-026X2011000200016
&lng=en&nrm=iso. Acesso em: 08 maio 2021.

BERTOLINI, A. Trabalhando Diversidade Sexual e de Gênero na Escola: Currículo e Prática Pedagógica. Rio de Janeiro: UFRJ, 2014.
BRASIL. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Brasília, DF:MEC, 1996. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9394.htm. Acesso em: 21 jul. 2021.

BRASIL. [Constituição (1988)]. Constituição da República Federativa do Brasil:1988. Brasília, DF: Senado Federal, 1988. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm. Acesso em: 21 jul. 2021.

BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Parâmetros curriculares nacionais: pluralidade cultural e orientação sexual. Brasília, DF: Ministério da Educação e do Desporto, 1998. v. 10.

BRASIL. Ministério da Educação. Plano Nacional de Educação em Direitos Humanos. Brasília, DF: Comitê Nacional de Educação em Direitos Humanos - Secretaria Especial de Direitos Humanos, 2007.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Adolescentes e Jovens para a Educação entre Pares: Saúde e Prevenção nas Escolas. (Diversidades Sexuais). Brasília, DF, 2010.

BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Base Nacional Comum Curricular (Ensino Médio). Brasília, DF: MEC, 2018.

CONSELHO NACIONAL DE EDUCAÇÃO. Resolução nº 6, de 20 de setembro de 2012. Define Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Profissional Técnica de Nível Médio. Brasília, DF:CNE, 2012.

CORRÊA, V. As relações sociais na escola e a produção da existência do professor. In: CIAVATTA, M.; FRIGOTTO, G.; RAMOS, M. (org.). Ensino Médio Integrado: concepções e contradições. 3. ed. São Paulo: Cortez, 2012. p. 129-148.

FORTE, F. D. S. et al. Portfólio: desafio de portar mais que folhas: a visão do docente de odontologia. Revista Brasileira de Educação Médica, Brasília, DF, v. 36, n. 1, supl. 2, p. 25-32, mar. 2012. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-55022012000300005
&lng=en&nrm=isso. Acesso em: 10 maio 2021.

FREIRE, P. Pedagogia do oprimido. 17. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1987.

JUNQUEIRA, R. D. (org.). Diversidade Sexual na Educação: problematizações sobre a homofobia nas escolas. Brasília, DF: MEC, 2009. (Coleção Educação para Todos, v. 32).

LUDKE, M.; ANDRÉ, M. Pesquisa em educação: abordagens qualitativas. São Paulo: EPU, 1986.

MENDONÇA, S. G. de L. A crise de sentidos e significados na escola: a contribuição do olhar sociológico. Caderno CEDES, Campinas, v. 31, n. 85, 2011. Disponível em: https://www.scielo.br/j/ccedes/a/LZRF5sQXq7cjb9SPxkWVgsz/?format=pdf&lang=pt.
Acesso em: 10 maio 2021.

MÉSZÁROS, I. A educação para além do capital. 2. ed. São Paulo: Boi Tempo, 2008.

TRIPP, D. Pesquisa-ação: uma introdução metodológica. Educação e Pesquisa, São Paulo, v. 31, n. 3, p. 443-466, set. /dez. 2005.

PASQUALLI, R.; VIEIRA, J. de A.; CASTAMAN, A. S. Produtos educacionais na formação do mestre em educação profissional e tecnológica. Educitec, Manaus, v. 4, n. 7, p. 106-120, jun. 2018.

PORTO-GONÇALVES, C. W. Da Geografia às Geo-grafias: um mundo em busca de novas territorialidades. In: CECEÑA, A. E.; SADER, E. (org.). La guerra infinita: hegemonia y terror mundial. Buenos Aires: CLACSO, 2002.

RIOS, R. R. Homofobia na Perspectiva dos Direitos Humanos e no Contexto dos Estudos sobre Preconceito e Discriminação. In: JUNQUIRA, R. D. (org.). Diversidade Sexual na Educação: problematizações sobre a homofobia nas escolas. Brasília, DF: Ministério da Educação / Secretaria de Educação Continuada, 2009.

RIZZATTI, I. M. et al. Os produtos e processos educacionais dos programas de pós-graduação profissionais: proposições de um grupo de colaboradores. ACTIO, Curitiba, v. 5, n. 2, p. 1-17, maio/ago. 2020.

SANTOMÉ, J. T. As culturas negadas e silenciadas no currículo. In: SILVA, T. T. da (org.). Alienígenas na sala de aula. Petrópolis: Vozes, 2011.

SCHWARCZ, L. M. Sobre o autoritarismo brasileiro. São Paulo: Companhia das Letras, 2019.

SAVIANI, D. Pedagogia histórico-crítica: primeiras aproximações. 11. ed. Campinas: Autores Associados, 2011.

SILVA, T. T. O currículo como fetiche: A poética e a política do texto curricular. Belo Horizonte: Autêntica, 1999.

SILVA, K. C. B. e; SOUZA, A. C. R. de. MEPE: Metodologia para elaboração de produto educacional. Manaus: Instituto Federal do Amazonas/Campus Manaus Centro, 2018. Produto Educacional da Dissertação.

TANAJURA, L. L. C.; BEZERRA, A. A. C. Pesquisa-ação sob a ótica de René Barbier e Michel Thiollent: aproximações e especificidades metodológicas. Revista Eletrônica Pesquisaeduca, Santos, v. 7, n. 13, p.10-23, jan./jun.2015.
THIOLLENT, M. Metodologia da pesquisa-ação. 15.ed. São Paulo: Cortez, 2009.

VENCATO, A. P. Diferenças na Escola. In: MISKOLCI, R.; JÚNIOR, J. L. (org.). Diferenças na educação: outros aprendizados. São Carlos: EdUFSCar, 2014.

VIANNA, C. P. O movimento LGBT e as políticas de educação de gênero e diversidade sexual: perdas, ganhos e desafios. Educação e Pesquisa, São Paulo, v. 41, n. 3, p. 791-806, set. 2015. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1517-97022015000300791&lng=en&nrm=iso. Acesso em: 9 maio 2021.

ZABALA, A. A prática educativa: como ensinar. Porto Alegre: Artmed, 1998.
Publicado
2021-11-12