ESCOLA COMO ESPAÇO DE CRIAÇÃO, INCLUSÃO E TESSITURAS: SEMEANDO CIÊNCIA COM CONSCIÊNCIA

Resumen

Compreendemos a escola como um lugar de transgressão consciente, como espaço fecundo para o desenvolvimento humano, e o estabelecimento das relações sociais. É a gênese do diálogo capaz de parir ideias e de produzir o refazer do humano. O trabalho que apresentamos consiste em uma pesquisa qualitativa no formato de estudo de caso, que toma forma à medida que o exploramos. É fruto de nossa relação enquanto Grupo de Pesquisa Práticas de Aprendizagem Integradoras e Inovadoras - GPPAII nos interstícios de nossa prática, que objetiva mapear escolas com práticas criativas e inclusivas em território nacional, investigando os aspectos comuns e dissonantes na prática pedagógica. Assim sendo, elegemos o projeto Âncora como lócus de pesquisa, isso se justifica pelo fato de que este projeto nos chamou atenção por suas práticas criativas desenvolvidas no sentido de construir uma escola para todas/os/es e fundamentadas nos aspectos democráticos de uma prática pedagógica inclusiva e criativa. Como resultado de nossa investigação, constatamos que os valores que norteiam a prática pedagógica e as relações do Âncora, são, por si só, valores inclusivos e criativos, essas são categorias análogas à criatividade, como: uma liderança estimuladora e criativa; professores criativos com cultura inovadora; e visão transdisciplinar, berço do semeio da ciência com consciência.

Biografía del autor/a

Maria Dolores Fortes Alves, UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS

Professora de graduação e pós graduação da Universidade Federal de Alagoas-UFAL CEDU PPGE; Doutora e Mestre em Educação: Currículo – PUC/SP-CNPq e UB (Barcelona); Pesquisadora RIES (Rede Internacional Ecologia dos Saberes), ECOTRANSD (Ecologia dos Saberes e Transdisciplinaridade – CNPq), RIEC (Rede Internacional de Escolas Criativas), GIAD (Grupo de Investigação e Assessoramento Didático. UB) e ADESTE (A Adversidade Esconde um Tesouro – Universidade de Barcelona). 

Adalberto Duarte Pereira Filho, Universidad Federal de Alagoas

Psicólogo/psicanalista, doutorando e mestre em Educação pelo programa de pós-graduação em educação da Universidade Federal de Alagoas – PPGE/UFAL. Bolsista FAPEAL; Pesquisador do Grupo de Pesquisa GPAII - Grupo de Pesquisa Práticas de Aprendizagem Integradoras e Inovadoras do Ppge/Cedu/Ufal.

Tamires Campos Leite , Universidad Federal de Alagoas

Pedagoga, mestranda em Educação no Programa de Pós-Graduação em Educação (UFAL), na linha de pesquisa Educação e Inclusão de pessoas com deficiência ou sofrimento psíquico. 

Vivianne Lins Ebrahim Morcerf , Institute Federal de Alagoas

Professora do Ensino Básico, Técnico e Tecnológico (Ebtt) do Instituto Federal de Alagoas (Ifal); mestra em Pesquisa na Área da Saúde; e pesquisadora do Grupo de Pesquisa Gempe - Grupo Multidisciplinar de Estudos e Pesquisas em Educação, e do Grupo de Pesquisa Gppaii - Grupo de Pesquisa Práticas de Aprendizagem Integradoras e Inovadoras do Cedu/Ufal. 

Citas

ALVES, M. D. Cenários e estratégias de aprendizagem integradoras: a complexidade e transdisciplinaridade legitimando a diversidade e o “habitar humano”. Revista Terceiro Incluído, v.5, n.1, Jan./Jun., 2015, p. 315-338.
ALVES, M. D. F. Práticas de aprendizagem integradoras e inclusivas: autoconhecimento e motivação. Rio de Janeiro, Wak ed., 2016.
ALVES, M. D. F.; PEREIRA FILHO, A. D.; LEITE, T. Breve discussão sobre a história da inclusão no Brasil à luz da complexidade. Revista Electrónica de Investigación y Docencia (REID), v. 4, p. 71-86, 2019.
ALVES, R. A escola com que sempre sonhei sem imaginar que pudesse existir. 13ª ed. Campinas, SP: Papirus, 2012.
ANDRlADE, E. L. de; BARBOSA, N. B. Políticas Públicas de Educação Profissional e a Inserção de Egressos no Mercado de Trabalho| Public policies of professional education and the insertion of demands in the labor market. Trabalho & Educação, v. 26, n. 2, p. 171-187, 2017.
ARROYO, M. G. Outros sujeitos, outras pedagogias. 2ª ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2014.
BETTO, F. Por uma educação crítica e participativa. 1ª ed. Rio de Janeiro: Anfiteatro, 2008.
CARDOSO, L. A. A categoria trabalho no capitalismo contemporâneo. Tempo Social, v. 23, n. 2, p. 265-295, 2011.
CAPRA, F.. A teia da vida: Uma compreensão científica dos sistemas vivos. São Paulo: editora primeira edição 1999.
CUNHA, José. Geraldo. Dicionário etimológico da nova fronteira de língua portuguesa. 2ª. ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1986.
FREIRE, P. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. 59ª ed. Rio de Janeiro/São Paulo. Paz e Terra, 2019. 143 p.
FREIRE, P. Pedagogia do oprimido. São Paulo: Paz e Terra, 1974.
FREIRE, P. Educação como Prática da Liberdade. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1967.
FREIRE, S. Um olhar sobre a inclusão. Revista de Educação, vol.16, n. 01, 2008.
HEIDEGGER, M. Ser e tempo. 10ª ed. Petrópolis, RJ: Vozes; Bragança Paulista, SP: Editora Universitária São Francisco, 2015.
LÜDKE, M.; ANDRÉ, M. E. D. A. Pesquisa em educação: abordagens qualitativas. São Paulo: E.P.U., 2012.
MATURANA, H., YANEZ, X. D. Habitar humano em seis Ensaios de biologia-cultural. São Paulo: Palas Athena, 2009.
MANTOAN, M.T. E. (org.). O desafio das diferenças nas escolas. 4. ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2013.
MANTOAN, M. T. E. Sobre diferença, deficiência e escola inclusiva: deslocamentos de sentidos e proposições. In: ORRÚ, S. E.; BOCCIOLESI, E. (Orgs.). Educar para transformar o mundo: inovação e diferença por uma educação de todos e para todos. Campinas, SP: Librum Editora, 2019.
MELLO, J. M. C. A contra-revolução liberal-conservadora e a tradição crítica latino-americana. Um prólogo em homenagem a Celso Furtado. Economia e Sociedade, v. 6, n. 2, p. 159-164, 1997.
MORAES, C. Pensamento eco-sistêmico: educação, aprendizagem e cidadania no século XXI. São Paulo: Vozes, 2004.
MORAES, M. C. Saberes para uma cidadania planetária: homenagem a Edgar Morin. Rio de Janeiro: Wak Editora, 2019.
MORÁN, J. Mudando a educação com metodologias ativas. , v. 1, p. 1-25, 2014.
MORIN, E. Ciência com consciência. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2005.
MORIN, E. A cabeça bem-feita: repensar a reforma, reformar o pensamento. 21ª edição. Rio de Janeiro: Bertrand, 2015.
MORIN, E. O método 2: a vida da vida. 5. ed., Porto Alegre: Sulina, 2015.
MORIN, E. Para onde vai o mundo? Petrópolis, RJ: Vozes, 2010.
MORIN, E., 1921-M85c Ciência com consciência / Edgar Morin; tradução de Maria 8'1 ed. D. Alexandre e Maria Alice Sampaio Dória. - Ed. revista e modificada pelo autor - 8" ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2005.
MORIN, Edgard. Introdução ao pensamento complexo. Lisboa: Instituto Piaget, 1997.
ORRÚ, S. E. O re-inventar da inclusão: os desafios da diferença no processo de ensinar e aprender. Petrópolis, RJ: Vozes, 2017.
PAPALIA, D. E.; FELDMAN, R. D. Desenvolvimento humano. 12ª edição. Porto Alegre: AMGH, 2013.
PEREIRA FILHO, A.D. As múltiplas dimensões do fazer pedagógico criativo de uma escola alagoana: contribuições no sentido de um ambiente inclusivo. Dissertação (Mestrado em educação). Universidade Federal de Alagoas, Maceió, p. 149, 2019.
RIBEIRO, S. L. Espaço escolar: um elemento (in) visível no currículo. Sitientibus, Feira de Santana v.31, p. 103-18., 2004.
ROMAN, M. D. Neoliberalismo, política educacional e ideologia: as ilusões da neutralidade da pedagogia como técnica. Psicologia USP, v. 10, n. 2, p. 153-187, 1999.
SUANNO, J.H.. Por que uma escola criativa? Polyphonia. Goiânia, v27/1 p.81-97, jan.2016.
SAMPIERI, H; COLLADO, LUCIO, R. Baptista. Metodología de la investigación. México: McGraw-Hill, 2013.
TORRE, S; PUJOL, M.A. Transdisciplinaridad y ecoformación. Madrid: Universitas, 2007.
TORRE, S. Instituiciones Educativas Creativas. Instrumento para valorar el desarrollo creativo de las instituiciones educativas (VADECRIE). Sitges: Editorial Círculo Rojo – Investigación, 2012.
YIN. R. K. Estudo de caso: planejamento e métodos. 3 ed. Porto Alegre: Bookman, 2005.
Publicado
2021-08-13