‘IMAGINE AS POSSIBILIDADES: VOCÊ PODE SER O QUE QUISER’: DIVERSIDADE EM NOVAS REPRESENTAÇÕES MULTIMODAIS DE INFÂNCIA NA CAMPANHA DA BONECA BARBIE®
Resumen
Nosso artigo propõe uma análise multimodal da campanha publicitária da boneca Barbie ® Imagine as Possibilidades[1] da Mattel (2015), cujo foco está na interface verbo-visual, ancorando-se nos estudos de Halliday (1989, 1994), nas metafunções visuais representacional e interativa de Kress e van Leeuwen (1996, 2000, 2006) para uma abordagem multimodal complementar. Nossos resultados apontam que a campanha publicitária propõe não apenas a venda de bonecas e brinquedos direcionados ao gênero feminino, mas também a integração de semioses, ao enfatizar que é permitido “ser” o que quiser, ressignificando a força das bonecas Barbie e constatando uma nova representatividade da mulher na sociedade por meio de papeis sociais diversos, com vistas a atribuir-lhe, assim, voz e vez. Além disso, estabelece maior diversidade à medida que fornece múltiplas facetas, o que é demonstrado através das escolhas semióticas realizadas.
[1] Título original em inglês: Barbie ® Imagine the Possibilities: You Can Be Anything (Mattel, 2015)
Citas
ALMEIDA, D. B. L. de. Beyond the playground: the representation of reality in fashion dolls' advertisements. Linguagem em (Dis)curso, v. 8, n. 2, p. 203-228, maio/ago. 2008.
______. Do texto às imagens: as novas fronteiras do letramento visual. In: PEREIRA, R. C. M.; ROCA, M. del P. (orgs.) Linguística Aplicada: um caminho com diferentes acessos. São Paulo: Contexto, 2017a.
______. Icons of Contemporary Childhood: A Visual and Lexicogrammatical Investigation of Toy Advertisements. PhD Dissertation. Florianópolis: Universidade Federal de Santa Catarina, 2006.
______. On Diversity, Representation and Inclusion: new perspectives on the discourse of toy campaigns. Revista Linguagem em Discurso. Universidade do Sul de Santa Catarina. Santa Catarina: p. 257-270, v. 17, n. 2, 2017b.
BROUGÈRE, G. Brinquedos e Companhia. São Paulo: Cortez, 2004.
CALDAS-COULTHARD, C. R.; van LEEUWEN, T. Stunning, Shimmering, Iridescent: Toys as the representation of gendered social actors. In: Gender Identity and Discourse Analysis. Amsterdam: John Benjamins, 2002.
FAIRCLOUGH, N. Language and Power. London: Longman, 1989.
FERNANDES, J. D. C.; ALMEIDA, D. B. L. de. Revisitando os cartazes de Guerra. In: Perspectiva em Análise visual do fotojornalismo ao Blog. Editora universitária UFPB, 2008.
FERNANDES, J. D. C. Semiótica e Gramática do Design Visual. João Pessoa- PB, Editora da UFPB, 2011.
FLEMING, D. Powerplay: toys as popular culture. Manchester: Manchester University Press, 1996.
FUZER, C.; CABRAL, S. R. S. Introdução à gramática sistêmico-funcional em língua portuguesa. 1ª ed. Campinas, SP: Mercado de Letras, 2014.
HALLIDAY, M. A. K. Functions of language. In: HALLIDAY, M. A. K.; HASAN, R. Language, context and text: Aspects of language in a social-semiotic perspective. [S.l.]: Oxford: Oxford University Press, 1989.
______. An Introduction to Functional Grammar. London: Edward Arnold, 1994.
HALLIDAY, M. A. K.; MATTHIESSEN, C. M. I. M. An introduction to functional grammar. 3ª ed. Londres: Hodder Education, 2004.
KLINE, S. Out of the Garden: Toys and Children’s Culture in the Age of Marketing. London: Verso Press, 1993.
KRESS, G.; van LEEUWEN, T. Reading images: the grammar of visual design. London: Routledge, [1996] 2006.
MEURER, J. L. Gêneros textuais na análise crítica de Fairclough. In: ______; BONINI, A.; MOTTA-ROTH, D. (Orgs.). Gêneros: teorias, métodos, debates. São Paulo: Parábola Editorial, 2005. p. 81-106.
SEITER, E. Sold Separately: Children and Parents in Consumer Culture. New Brunswick, NJ: Rutgers University Press, 1995.
ROVERI, T. F.; SOARES, C. L. Girls! Be educated by Barbie and “with” Barbie… Educar em Revista, Curitiba, Brasil, n. 41, p. 147-163, jul./set. 2011. Editora UFPR.
VAN LEEUWEN, T. Introducing Social Semiotics. London & New York: Routledge, 2005.
A submissão de originais para este periódico implica na transferência, pelos autores, dos direitos de publicação impressa e digital. Os direitos autorais para os artigos publicados são do autor, com direitos do periódico sobre a primeira publicação. Os autores somente poderão utilizar os mesmos resultados em outras publicações indicando claramente este periódico como o meio da publicação original. Em virtude de sermos um periódico de acesso aberto, permite-se o uso gratuito dos artigos em aplicações educacionais, científicas, não comerciais, desde que citada a fonte (por favor, veja a Licença Creative Commons no rodapé desta página).