EDUCAÇÃO INFANTIL EM TEMPOS DE PANDEMIA: REFLEXÕES E INCERTEZAS

Jocélia Barbosa Nogueira; Beatriz Carvalho de Oliveira

Jocélia Barbosa Nogueira Universidade Federal do Amazonas (UFAM) https://orcid.org/0000-0001-8230-4857
Beatriz Carvalho de Oliveira Universidade Federal do Amazonas (UFAM) https://orcid.org/0000-0002-0208-6392

Resumen

O presente trabalho objetiva evocar reflexões e direcionamentos sobre a Educação Infantil nesse tempo de pandemia, considerando que é na educação infantil que as crianças têm acesso à educação formal, complementar à educação recebida na família e nas suas vivências sociais. O estudo constitui-se de pesquisa qualitativa, documental e bibliográfica. Por ainda atravessarmos as incertezas trazidas pela pandemia no âmbito educacional, não existe resposta única que minimize o impacto na vida escolar das crianças que ficaram fora do contexto escolar, mesmo que algumas tenham tido acesso às plataformas digitais e outros meios tecnológicos educativos. A pandemia acentuou a desigualdade social, financeira e tecnológica. É imprescindível saber o que as redes de ensino estão fazendo para o retorno da educação infantil quanto à reorganização de tempo, adequação do professor e da criança, treinamento pedagógico e sanitário, mapeamento das crianças e famílias mais vulneráveis e os reflexos na vida escolar.

Biografía del autor/a

Jocélia Barbosa Nogueira, Universidade Federal do Amazonas (UFAM)

Professora do Departamento de Administração e Planejamento da Faculdade de Educação e do Programa de Pós-Graduação (PROF-FILO) da Faculdade de Filosofia da Universidade Federal do Amazonas. Doutora em Educação pela Universidade Federal do Amazonas (2017). Mestre em Educação pela Universidade Federal do Amazonas (2002).

Beatriz Carvalho de Oliveira, Universidade Federal do Amazonas (UFAM)

Graduação em Pedagogia pela Universidade Federal do Amazonas (2021).

Citas

BRASIL. Ministério da Saúde. O que é Covid-19. Disponível em https://coronavirus.saude.gov.br/sobre-a-doenca#o-que-e-covid. Acesso em: 17 set. 2020.

Parecer CNE/CP n. 5/2020. Reorganização do Calendário Escolar e da possibilidade de cômputo de atividades não presenciais para fins de cumprimento da carga horária mínima anual, em razão da Pandemia da COVID-19. Disponível em: https://www.cnm.org.br/cms/images/stories/comunicacao_novo/links/04042020_Parecer_CNE_CP_5_2020.pdf. Acesso em: 17 set. 2020.

DE PÁDUA RIBEIRO, Marden; CLÍMACO, Fernanda Câmpera. IMPACTOS DA PANDEMIA NA EDUCAÇÃO INFANTIL. Pedagogia em Ação, v. 13, n. 1, p. 96-110, 2020.

BANNELL, Ralph I. Uma faca de dois gumes. In: FERREIRA, Giselle M. S.; ROSADO, Luiz A. S.; CARVALHO, Jaciara de Sá (Orgs.). Educação e Tecnologia: abordagens críticas. Rio de Janeiro: SESES, 2017.

BRASIL. Lei n. 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Diário Oficial da União, República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 23 dez. 1996.

BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Diretrizes curriculares nacionais para a educação infantil. Brasília: MEC, SEB, 2010.

BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Referencial Curricular Nacional da Educação Infantil. Brasília: MEC, 1998.

ALMEIDA, Beatriz Oliveira; ALVES, Lynn Rosalina Gama. Letramento digital em tempos de COVID-19: uma análise da educação no contexto atual. Debates em Educação, v. 12, n. 28, p. 1-18, 2020.

SENHORAS, Eloi Martins. Coronavírus e o papel das pandemias na história humana. Boletim de Conjuntura (BOCA), v. 1, n. 1, p. 31-34, 2020.

MELLO, A. M. Um diálogo com os diretores de creches e pré-escolas. In: ROSSETTI-FERREIRA, M. C. et al. Os fazeres na educação infantil. 2. ed. São Paulo: Cortez, 2000.

BHERING, E; SIRAJ-BLATCHFORD, I. A relação escola-pais: um modelo de trocas e

colaboração. Cadernos de Pesquisa, Campinas, n. 106, mar. 1999.

BASSEDAS, E; HUGUET, T; SOLÉ, I. Família e escola. In: __. Aprender e ensinar na

educação infantil. Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 1999. p. 281-301.

SPODEK, B; SARACHO, O. N. Trabalhando com os pais. In: __. Ensinando crianças

de três a oito anos. Porto Alegre: Artmed, 1998.

BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Disponível:<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constitui%C3%A7ao.htm>. Acesso em: 18 setembro 2020

SILVA, A. P. S da. et al. As leis e a educação infantil. In: ROSSETTI-FERREIRA, M. C. et al. Os fazeres na educação infantil. 2. ed. São Paulo: Cortez, 2000.

DIAS, Érika; PINTO, Fátima Cunha Ferreira. A Educação e a Covid-19. Ensaio: aval.pol.públ.Educ., Rio de Janeiro , v. 28, n. 108, p. 545-554, 2020.

º- O que pode a Educação Infantil em tempos de pandemia: Conversas sobre experiências pedagógicas, 2020. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=27Sc-CLDobA Acesso em: 15 de setembro de 2020.

OLIVEIRA, Eliza. Quase 40% dos alunos de escolas públicas não têm computador ou tablet em casa, aponta estudo. G1, 2020. Disponível em: https://g1.globo.com/google/amp/educacao/noticia/2020/06/09/quase-40percent-dos-alunos-de-escolas-publicas-nao-tem-computador-ou-tablet-em-casa-aponta-estudo.ghtml Acesso em: 18 de setembro de 2020.

BERMÚDEZ, Ana Carla. 7,6 milhões de alunos não tiveram atividade escolar em agosto, aponta IBGE, 2020. Disponível em: https://educacao.uol.com.br/noticias/2020/09/23/76-milhoes-de-alunos-nao-tiveram-atividade-escolar-em-agosto-aponta-ibge.htm Acesso em: 25 de setembro de 2020.

UNICEF. Pesquisa revela que 96% das redes municipais de educação estão realizando atividades não presenciais com alunas e alunos durante a pandemia, 2020. Disponível em: https://www.unicef.org/brazil/comunicados-de-imprensa/pesquisa-revela-que-96-por-cento-das-redes-municipais-de-educacao-estao-realizando-atividades-nao-presenciais Acesso em: 25/09/2020.