DESONRA: O BIOPODER E A COERÇÃO SOBRE AS MULHERES
Abstract
Conforme Roland Barthes, a língua é um instrumento de poder e de coerção social. A literatura consegue se desvencilhar dessa opressão, contrariando o poder instituído através da ficção e do uso das palavras de forma a oferecer novos sentidos a elas, como também relacionando-as aos diversos saberes presentes na ciência. Foucault nos apresenta uma visão relacionada, o que ele chama de biopoder, que é o poder exercido sobre os corpos das pessoas, através de variadas formas de opressão e imposição. Um dos grupos sociais que mais sofre com o biopoder são as mulheres, que em quase todas as sociedades humanas são relegadas à subserviência. Este artigo busca analisar estas formas de imposição de força sobre as mulheres em Desonra, uma obra literária de Coetzee, cujo protagonista apresenta uma forte formação machista, acreditando que as mulheres são inferiores.
References
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