SAÚDE MENTAL DA MULHER NEGRA: RACISMO, VIVÊNCIAS E LUTAS
Abstract
A escravidão que ocorreu no Brasil colonial durou mais de trezentos anos e resultou em circunstâncias adversas para a população negra. Os resultados das atrocidades cometidas nesse período, ainda permanecem, tomando, dentre muitas formas, a do preconceito racial, o qual funciona como principal agente das desvantagens e violências experienciadas por pessoas negras, acarretando agravos em diversas áreas de suas vidas. Portanto, o presente trabalho tem como objetivo compreender o atravessamento do racismo estrutural na saúde mental de mulheres negras no município de Palmas, TO. Como procedimento de coleta de dados, foram utilizadas entrevistas individuais, e, para a análise de dados, foi aplicado o método de análise de conteúdo de Laurence Bardin (1977), que possibilitou que as falas das participantes fossem categorizadas em núcleos para interpretação.
References
ALMEIDA, Silvio. O que é Racismo Estrutural?. Depoimento à TV Boitempo (youtube), 2016. Disponível em:< https://www.youtube.com/watch?v=PD4Ew5DIGrU;t=1s>. Acesso em: 18 de Agosto de 2022.
BARDIN, Laurence. Análise de Conteúdo. Lisboa: Editora Edições 70, 2015.
BERNADINO, Joaze. Ação afirmativa e a rediscussão do mito da democracia racial no Brasil. Revista Estud. afro-asiát. 24 (2), 2002. Disponível em:
CARNEIRO, Sueli. Racismo, Sexismo e Desigualdade no Brasil. São Paulo: Selo Negro, 2011.
CONCEIÇÃO, Renata Maria. A questão racial como expressão da questão social: um debate necessário para o serviço social. Duque de Caxias: Espaço Científico Livre Projetos Editoriais, 2014.
CHEHUEN NETO, José Antônio. et al. Política Nacional de Saúde Integral da População Negra: implementação, conhecimento e aspectos socioeconômicos sob a perspectiva desse segmento populacional. Revista Ciência e saúde coletiva, vol.20, n.6, 2015.
DICIONÁRIO Caldas Aulete. Rio de Janeiro: Lexikon, 2011.
FONTANELLA, Bruno José Barcellos; RICAS, Janete; TURATO, Egberto Ribeiro. Amostragem por saturação em pesquisas qualitativas em saúde: contribuições teóricas. Caderno de Saúde Pública, 24 (1), Rio de Janeiro, 2008. Disponível em:
GONÇALVES, A. I. S.; GARCIA-MARQUES, T.. A manifestação aversiva de racismo: Dissociando crenças individuais e crenças culturais. Revista Psicologia, vol.16 no.2 Lisboa, 2002. Disponível em:
GONZALEZ, Lélia. Por um feminismo afro-latino-americano. Organizado por. Flávia Rios e Márcia Lima. Rio de Janeiro: Zahar Editores, 2020.
HOOKS, bell. Love as the practice of freedom. In: Outlaw Culture. Resisting Representations. Nova Iorque: Routledge, 2006, p. 243–250. Tradução para uso didático por Amanda Cristina Gonçalves Dias.
KALCKMANN, S. et al. Racismo institucional: um desafio para a eqüidade no SUS? Revista Saúde e Sociedade, v. 16, n. 2, p. 146-155, 2007. Disponível em: https://www.scielosp.org/article/sausoc/2007.v16n2/146-155/. Acesso em: 20 abr. 2023.
LEAL, Maria do Carmo; GAMA, Silvana Granado Nogueira da; CUNHA, Cynthia Braga da. Desigualdades raciais, sociodemográficas e na assistência ao pré-natal e ao parto, 1999-2001. São Paulo: Revista de Saúde Pública/USP v. 39, n° 1, jan. 2005. Disponível em: http://www.scielosp.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S003489102006000300015&lng=pt&nrm=iso.
LIMA, F. C.. Preconceito, Racismo e Discriminação no contexto escolar. Instituto da Mulher Negra: Geledés, 2014. Disponível em:
MADEIRA, Z.; GOMES, D. O.. Persistentes desigualdades raciais e resistências negras no Brasil contemporâneo. Revista Serviço Social e Sociedade, no.133, São Paulo, 2018.
MARTINS, T.V.; LIMA, T.J.S.; SANTOS, W.S. O efeito das micro agressões raciais de gênero na saúde mental de mulheres negras. Ciênc. saúde coletiva, V.25, N.7, 2020.
MARTINS, Heloisa Helena T. de Souza. Metodologia qualitativa de pesquisa Revista Educação e Pesquisa, São Paulo, v.30, n.2, p. 289-300, maio/ago. 2004. Disponível em: < https://www.scielo.br/j/ep/a/4jbGxKMDjKq79VqwQ6t6Ppp/abstract/?lang=pt>. Acesso em: 01 de Outubro de 2022.
MOREIRA, Adilson. Racismo Recreativo. São Paulo: Sueli Carneiro; Pólen, 2019.
Ministério da Saúde. Portaria nº 992, de 13 de maio de 2009. Institui a Política Nacional de Saúde Integral da População Negra. Diário Oficial da União, Brasília-DF, 13 maio 2009.
PRESTES, Célia R. S.; PAIVA, Vera S. F.. Abordagem psicossocial e saúde de mulheres negras: vulnerabilidades, direitos e resiliência. Revista Saúde e Sociedade. São Paulo, v.25, n.3, p.673-688, 2016.
RIOLO, S., NGUYEN, T., GREDEN, J. & KING, C.. Prevalence of depression by race/ethnicity: findings from the National Health and Nutrition Examination Survey III. American Journal of Public Health, 2005.
RAMOS-OLIVEIRA, D.; MAGNAVITA, P.; OLIVEIRA, F. S.. Aspectos sociocognitivos como eventos estressantes na saúde mental em grupos étnicos e minoritários no Brasil. Revista Summa Psicológica UST, 2017, Vol. 14, Nº 1, páginas 43-55.
SENRA, Ellen; MARQUES, Lívia. A Psicologia e a Essência da Negritude. Rio de Janeiro: Editora Conquista, 2019.
SILVA, M. L.. Racismo e os efeitos na saúde mental. In: L. E. Batista, S. Kalckmann (Orgs.), Seminário saúde da população negra do Estado de São Paulo. (páginas 129-132). São Paulo, SP: Instituto de Saúde, 2005.
SILVA, Millena Carolina. O impacto do Racismo na saúde mental das vítimas. Revista Psicologia (ISSN 1646-6977), 2017.
SOUZA, Neusa Santos. Tornar-se negro ou as vicissitudes da identidade do negro brasileiro em ascensão social. Rio de Janeiro: Graal, 1990.
SMOLEN, J. R.; ARAÚJO, E. M.. Raça/cor da pele e transtornos mentais no Brasil: uma revisão sistemática. Revista Ciência & Saúde Coletiva, vol. 22, no. 12, Rio de Janeiro, 2017. Disponível em:
TONETTO, Leandro Miletto; BRUST-RENCK, Priscila Goergen; STEIN, Lilian Milnitsky. Perspectivas Metodológicas na Pesquisa Sobre o Comportamento do Consumidor. Revista Psicologia: Ciência e Profissão, 2014, vol. 34, ed. 1, 180-195. Disponível em: < https://www.scielo.br/j/pcp/a/b4YYN9wycwMHNhdMn9dVXsv/?lang=pt>. Acesso em: 1 de Outubro de 2022.
VICENTINO, C.; DORIGO, G.. História geral e do Brasil. 2ª ed. São Paulo: Scipione, 2013.
Copyright Notice
The submission of originals to this periodic implies in transference, by the authors, of the printed and digital copyrights/publishing rights. The copyrights for the published papers belong to the author, and the periodical owns the rights on its first publication. The authors will only be able to use the same results in other publications by a clear indication of this periodical as the one of its original publication. Due to our open access policy, it is allowed the free use of papers in the educational, scientific and non-commercial application, since the source is quoted (please, check the Creative Commons License on the footer area of this page).