IMPRENSA HEGEMÔNICA, RAÇA E GÊNERO: A INDICAÇÃO DE UMA MINISTRA NEGRA PARA O SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL (STF) E A ATUAÇÃO DE JANJA
Abstract
O presente trabalho busca analisar como a imprensa hegemônica brasileira está atuando no terceiro mandato do governo Lula, a partir de dois temas: a indicação de uma ministra negra para o Supremo Tribunal Federal (STF) e a atuação da primeira-dama Janja. Para tal, foram coletadas postagens/posts na rede social “X” (antigo Twitter) de alguns veículos jornalísticos tradicionais. Todas as postagens foram analisadas a partir da Teoria do Agendamento (agenda-setting). Em termos gerais, a imprensa brasileira é contraditória ao tratar da representação de grupos em cargos de poder, pois critica a atuação de Janja, o que demonstra a atuação que a imprensa exerce na reprodução de estereótipos de gênero, mas ao mesmo tempo, pressiona o governo para indicar uma mulher negra para o STF, uma pauta progressista. Entretanto, o objetivo dessas duas atuações jornalísticas é moldar a opinião pública, e, dessa forma, fomentar o antipetismo, ainda que de maneira controversa.
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