A POSSIBILIDADE CONSTRUTIVISTA EM RELAÇÃO AOS OBJETOS PARA O ENSINO DE ELETRICIDADE NO INÍCIO DO SÉCULO XX
Abstract
Com a instituição da 5ª cadeira da Escola Normal de São Paulo, de francês, física e química, no ano de 1883, o estado começava a prescrever o ensino das ciências nas escolas de nível secundário paulistas. O ápice desse interesse aconteceu na década de 1890, com diversas disposições e leis aumentando a valorização desse tipo de ensino no estado. Ideias como a instituição da república e o método intuitivo disseminaram um modelo para o ensino de ciências e de física, os objetos científicos se tornaram imprescindíveis ao ensino. Com o estudo de Guijarro Mora, verificamos três significações e formas de utilização desses objetos, o demonstrativo-fenomenal, o pedagogo analítico e, por fim, a significação construtivista. As duas primeiras lidaram com objetos pré-fabricados, ou seja, comprados de fabricantes famosas no século XIX e XX. O terceiro significado, chamado de “construtivista” relevou uma nova forma de utilização dos objetos, nessa perspectiva os artefatos seriam concebidos dentro das unidades escolares. Temos como hipóteses que o professor realmente se interessa e propunha esse tipo de metodologia e uma outra relacionada a falta de capital financeiro de diversos colégios secundaristas do período. Para demonstrar a construção de objetos fabricados de dentro das unidades escolares, utilizamos os instrumentos de eletricidade presentes no Museu Escolar do Colégio Marista Arquidiocesano de São Paulo.
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