PARA PENSAR CULTURAS INFANTIS- TESTEMUNHOS DISCENTES SOBRE ARTE/MOVIMENTO COMO ESPAÇOS FORMATIVOS NO CURSO DE PEDAGOGIA

Denise Aquino Alves Martins

Denise Aquino Alves Martins Universidade Federal do Tocantins

Palavras-chave: Poiesis. Formação docente. Narrativas discentes. Experiência estética.

Resumo

A poiesis na formação acontece nesse espaço de errâncias e (in)constâncias acadêmicas, num curso de formação de professores no norte do país. Pensar práticas do desassossego consigo e o outro, na busca de processos e lugares ocupados do corpo, movimento e arte, territórios de cultura produzidos. Quais os desafios da profissão para pensar e agir com as culturas infantis de nossos dias? Que disponibilidades corporais estão colocadas? Das redes e teias tecidas no ardor do trabalho e paixão pela vida, encontrar versos, signos, pensamentos sobre/com o imaginar, criar, inventar, numa cronogênese de construções de espaços vitais na profissão. Que percepções os estudantes possuem desta experiência? Que sentidos/aprendizagens levaram para sua formação e prática docente? Que relações percebem entre corpo, arte e movimento para sua formação e conhecimento de si? Nos projetos de sala de aula as disponibilidades nas relações de alteridade são destacadas como elementos da concentração acadêmica no fazer diverso das normas do “eu devo”, na busca por rupturas de protocolos, bem como a compreensão de um fazer coletivo, de abertura de ambientes aquecidos, na interligação de fios de teias/redes de proteção para pensar uma profissão produtora de si- um pathos.

Biografia do Autor

Denise Aquino Alves Martins, Universidade Federal do Tocantins

Possui graduação em Licenciatura em Educação Física pela Universidade Federal de Pelotas (1985), especialização na área de ensino pela UFPel (1990), mestrado em Educação pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (2000) na área de formação de professores e doutorado em Educação pela Fae da UFPel (2014). Atuou como professora e coordenadora de escola da rede municipal de Pelotas (RS) por mais de 10 anos. No ensino superior foi docente de curso de formação de professores em instituições privadas da cidade de Palmas e Paraíso. Atualmente é professora adjunta da Fundação Universidade Federal do Tocantins (UFT), atuando no Curso de Pedagogia com as disciplinas: Arte/educação, Fundamentos e Metodologia de Ensino da Arte e do Movimento e Teoria dos Jogos e Recreação. Coordena o subprojeto de Pedagogia do Pibid no Campus de Palmas (UFT). Tem experiência na área de Educação, atuando principalmente nos seguintes temas: formação de professores, memórias docentes, experiência estética, narrativas discentes na formação e protagonismo discente/docente.

Referências

ARAGON, Sandra Maria Cristino Nogueira de Aguilar. Cultura Material: a emoção e o prazer de criar, sentir e entender os objetos. In: Pierre Bourdieu. O autor do século. Cultura Vozes, n. 4. ano 97, volume 97, 2003. p. 62-69.

BALINHAS, Vera Lúcia Gainssa. Jovens e a Produção de subjetividades: vidas na festa, vidas na escola. UFPel. Programa de Pós-graduação em Educação. Pelotas. Tese de doutorado. 2013.

BARROS, Manoel de. O livro das Ignoranças. Rio de Janeiro: Civilização brasileira, 1994.

BAUMAN, Zygmunt. A arte da vida. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2009.

BENJAMIN, Walter. Magia e Técnica, arte e política. Ensaios sobre literatura e história da cultura. Obras Escolhidas. Volume 1. São Paulo: Brasiliense, 3.ed., 2007.

BROUGÈRE, Gilles. Jogo e educação. Porto Alegre: Artes Médicas, 1998.

CEVIDANES, Maria Eneida Furtado. A realização curricular cotidiana: uma ecologia de saberes-fazeres-poderes. 1v. 320p. Tese Doutorado. Portal CAPES. UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO – EDUCAÇÃO. 2009.

CORREIA, Paulo Petronilio. Agô, Orixá! Gestão de uma jornada afro estética-trágica: o relato de um aprendizado e de uma formação pedagógica vivida no candomblé. 1v. 264p. Tese Doutorado. Portal CAPES. UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL. 2009.

CINTRA SILVA, Simone Cristiane Silveira. Narrativas poéticas autobiográficas: (auto) conhecimento na formação de educadores. 1v. 150p. Tese Doutorado. Portal CAPES. UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS – EDUCAÇÃO. 2010.

CUNHA, Maria Isabel da. (Org.). Trajetórias e Lugares de Formação da Docência Universitária: da perspectiva individual ao espaço institucional. Araraquara, SP: Junqueira & Marin; Brasília, DF: CAPES: CNPQ, 2010.

DEWEY, John. Experiência e educação. 2ed. São Paulo: Ed. Nacional, 1976.

DUARTE JR. Entrevista João Francisco Duarte Júnior. Revista Contrapontos - Eletrônica, Vol. 12 - n. 3 - p. 362-367 / set-dez 2012.

DUARTE JR, João Francisco. O sentido dos sentidos. A educação (do) sensível. 3ed. Curitiba-PR: Criar Edições Ltda, 2004.

DELORY-MOMBERGER, Christine. Abordagens metodológicas na pesquisa biográfica. Revista Brasileira de Educação. v. 17 n. 51 set.-dez., 2012.

FARINA, Cynthia. Políticas do sensível no corpo docente - Arte e Filosofia na Formação Continuada de professores. Revista Thema. Volume 7, n.1. 2010. Disponível em: <http://www2.ifsul.edu.br/~revistathema/index.php/thema/article/viewFile/11/5> acesso em: 20/04/2011.

FARINA, Cynthia. “Formação estética e estética da formação”. In: Fritzen, Celdon e Moreira, Janine. (orgs.). Educação e arte. As linguagens artísticas na formação humana. Campinas: Papirus, 2008.

HERMANN, Nadja. Autocriação e horizonte comum. Ensaios sobre educação ético-estética. Ijuí: Editora Ijuí, 2010.

GOODSON, Ivor. Currículo, narrativa e o futuro social. Revista Brasileira de Educação v. 12 n. 35 maio/ago. 2007.

JOBIM E SOUZA, Solange e PEREIRA, Rita Marisa Ribes. Infância, Conhecimento e Contemporaneidade.Anped, 1998.

KUNZ, Elenor (org). Educação Física. Ensino e Mudança. 3. ed. Ijuí: Ed. Ijuí, 2004.

KUNZ, Elenor (org.). Didática da Educação Física. 3. ed. Ijuí: Ed. Ijuí, 2005.

LAGO, Clenio. Experiência estética e formação: articulação a partir de Hans-Georg Gadamer. 21v. 120p. Tese Doutorado. Portal CAPES. PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL – EDUCAÇÃO. 2011.

LANIER, Vincent. Devolvendo arte à arte-educação. In: BARBOSA, Ana Mae (org.) Arte-educação: leitura no subsolo. 3 ed. São Paulo: Cortez, 2001.

LARROSA, Jorge. Pedagogia Profana. Danças, piruetas e mascaradas. 4ed. Belo Horizonte: Autêntica, 2001.

LAZZAROTTO, Gislei Domingas Romanzini. Pragmática de uma língua menor da formação em psicologia: micropolítica de um diário coletivo. 1v. 123p.Tese Doutorado. Portal CAPES. UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL - EDUCAÇÃO. 2009.

MACEDO, Roberto Sidnei. Currículo. Campo, conceito e pesquisa. Petrópolis, RJ: Vozes, 2007.

MARTINS, Denise A. A. Narrativas Autobiográficas da Experiência Estética para si e o outro: Memórias em Mosaicos do Projeto Mobilizar-te. Tese (Doutorado em Educação). Programa de Pós-Graduação em Educação, Faculdade de Educação, Universidade Federal de Pelotas, 2014. 257p.

MARTINS, Denise A. A. Trabalho coletivo, professoras e identidades na trajetória da investigação escolar. Porto Alegre (dissertação de mestrado) Programa de Pós-graduação em Educação, PUC/RS, 2000.

MIDLEJ SILVA, Jussara Almeida. A Investigação-ação Educacional e as Ações de Linguagem como Princípios Formativos do Ser Professor. Tese Doutorado. Portal CAPES. UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA – EDUCAÇÃO. 2008.

MACEDO, Roberto Sidnei. Currículo. Campo, conceito e pesquisa. Petrópolis, RJ: Vozes, 2007.

NÒVOA, Antônio, FINGER, Mathias (org.). O método (auto)biográfico e a formação. Natal, EDUFRN; São Paulo, PAULUS, 2010.

NÓVOA, Antônio; GANDIN, Luís Armando; ICLE, Gilberto; FARENZENA, Nalú; RICKES, Simone Moschen. Pesquisa em educação como processo dinâmico, aberto e Imaginativo: uma entrevista com Antônio Nóvoa. Educação & Realidade. Porto Alegre, v. 36, n.2, p. 533-543. Maioago. 2011. Disponível em < http: /www.ufrgs.br/Edu_realidade>

NÓVOA, Antônio. (Coord.). Os professores e a sua formação. Lisboa: Don Quixote, 1992.

SARMENTO, Manuel Jacinto. Sociologia da Infância: Correntes e Confluências. IEC, UMINHO, Digital Format, 2006.

WELSCH, Wolfgang. Estetização e estetização profunda ou: a respeito da atualidade do estético nos dias de hoje- Porto Arte. Porto Alegre. vol.6. n 9. p. 7-22, mai. 1995.