TERRITORIALIDADES EM DISPUTA NAS URBANIDADES AMAZÔNICAS: CULTURA VIVIDA, ETNOCURRÍCULO E RESISTÊNCIA
Resumo
A partir das intersecções entre etnocurrículo e cultura vivida, o presente artigo busca delinear as territorialidades do axé através da análise rizomática deleuziana dos movimentos de expansão do Ilê Asé Omin Ofá Karé, na Amazônia paraense. Tal análise, impulsionada pelo sentido de si através do corpo em trajetórias de autopoiesis, objetiva identificar práticas de resistência relacionadas à religiosidade de matriz africana dentro das dinâmicas urbanas, atravessadas por jogos de força de silenciamento, intolerância e exclusão. Como metodologia, a abordagem rizomática analisa as territorialidades sagradas do Ilê e suas expansões como elementos interconectados de forma horizontal e não linear, operando no interior das dinâmicas e contradições urbanas da Amazônia paraense. Estas territorialidades do axé carregam práticas culturais ancestrais que configuram um etnocurrículo relacionado à cultura vivida de seus aprendentes, agenciando forças de resistência na construção de uma sociedade mais diversa e democrática.
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