LAZER NO ÂMBITO ESCOLAR: O QUE DIZEM OS DOCUMENTOS REFERENCIAIS DO ESTADO DO TOCANTINS
Resumo
Os estudos relacionados ao lazer e à educação vêm aumentando muito no meio acadêmico, mas ainda não há um consenso da maneira pela qual a temática Lazer pode ser trabalhada não apenas focando em uma disciplina específica como a Educação Física, mas de maneira interdisciplinar envolvendo diversas áreas, conteúdos e saberes. Discutir sobre o lazer no âmbito escolar é um grande desafio. Logo, neste estudo os autores buscam discutir e analisar como a temática “lazer” está presente nos documentos norteadores da Educação Básica brasileira especificamente do Estado do Tocantins. A partir disso, a pergunta norteadora é compreender: Como o lazer é abordado nos documentos referenciais da Educação Básica no Tocantins e em quais áreas o lazer vem sendo abordado e de que maneira? Nesse sentindo evidenciou-se que os documentos que norteiam os currículos das escolas é que o lazer aparece imbricado com conceitos de trabalho e saúde, mas sem uma conceituação mais consolidada do que vem a ser lazer, até mesmo de modo a ajudar os professores a trabalharem esse tema em suas aulas de maneira crítica, não apenas reproduzir que lazer se faz no tempo livre buscando prazer, mas ter subsídios para contrapor os diferentes “lazeres”, o do pobre versus o do rico, por exemplo, bem como questionar se há para todos as mesmas oportunidades de lazer.
Referências
ABRÃO, K. R.; DEL PINO, J. C. Cognição e aprendizagem no espaço da tecnologia. Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 11, n. 4, p. 1776–1798, 2016.
ABRÃO, Ruhena Kelber; ABRANTES, Daniela Ribeiro; BEIERSDORF, Daiane dos Santos. A constituição da infância permeada pelo contexto social, mídia e brinquedo. Florianópolis: Zero-a-seis, v. 17, n. 31, p. 79-90, jan./jun. 2015
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. de 05 de outubro de 1988. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/contituicao/constituicao.htm Acesso em: 15 ago. 2020.
BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei número 9394, 20 de dezembro de 1996. Disponível em http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9394.htm Acesso em: 13 ago. 2020.
BRASIL. Ministério da Educação (MEC). Secretaria de Educação Fundamental (SEF). Parâmetros Curriculares Nacionais: apresentação dos temas transversais, ética. Bra-sília, DF: MEC/SEF, 1997.
BRASIL. Câmara dos deputados. Estatuto da Criança e do Adolescente. ECA. Brasília, DF, 2006.
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria da Educação Básica. Base Nacional Comum Curricular. Brasília, DF, 2017. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/#/site/inicio Acesso em: 3 ago. 2020.
BREDA, V. C. T. Dependência de Jogos Eletrônicos em Crianças e Adolescentes. Revista Brasileira de psicoterapia, v. 16, n.1, p.53-67, 2014.
BRÊTAS, Ângela. Recreação e a Psicologia Sociohistórica: novas bases, novos caminhos. In: Congresso Brasileiro de Ciências do Esporte, 10, 1997, Goiânia. Anais. Goiânia: Gráfica e Editora Potência, 1997. p. 1050-1056.
CAMARGO, Luiz O. de Oliveira. O que é Lazer. editora e livraria brasiliense. São Paulo, Primeira edição eBook, 2017
COLETIVO DE PROFESSORES DE EDUCAÇÃO FÍSICA DA REDE DE EDUCAÇÃO MUNICIPAL DO RECIFE. Educação Física: uma proposta pedagógica. In SOUZA JÚNIOR, M. et al. Educação Física escolar: Teoria e política curricular, saberes escolares e proposta pedagógica. Recife: EDUPE, 2005, p. 217-231.
COTONHOTO, L. A.; ROSSETTI, C. B. Prática de jogos eletrônicos por crianças pequenas: o que dizem as pesquisas recentes?. Revista Psicopedagogia, v. 33, n. 102, p. 346-57, 2016.
CRUZ, D. M.; RAMOS, D. K.; ALBUQUERQUE, R. M.; jogos eletrônicos e aprendizagem: o que as crianças e os jovens têm a dizer?. Revista Contrapontos, v.12, n. 1, p. 87-96, 2012.
CUNHA, H. M. O lazer na educação física escolar como possibilidade para a formação humana de alunos da prefeitura de fortaleza, Brazilian Journal of Development, v. 6, n.5, 2020.
DA SILVA QUIXABEIRA, Alderise Pereira et al. Metodologias ativas e o ensino de educação física: uma revisão da literatura. Revista Observatório, v. 7, n. 1, p. a12pt-a12pt, 2021.
FILLIPIS A.; MARCELLINO, N. C.; Formação profissional em lazer, nos cursos de Educação Física, no Estado de São Paulo, Revista Movimento, v. 19, n. 3, p. 31-56, 2013.
GOMES J. et al. Exergames podem ser uma ferramenta para acréscimo de atividade física e melhora do condicionamento físico? Revista Brasileira de Atividade Física e Saúde, v.20, n.3, p. 232-242, 2015.
GUERRA, P. H.; FARIAS JÚNIOR, J. C.; FLORINDO A. A. Comportamento sedentário em crianças e adolescentes brasileiros: revisão sistemática. Revista de Saúde Pública, v. 50, n. 9, p. 1-15, 2016
GOMES, C. L.; MELO, V. A. Lazer no Brasil: trajetória de estudos, possibilidades de pesquisa. Movimento, v. 9, n. 1, p. 23-44, 2003.
LEMOS, I. L.; SANTANA, S.M. Dependência de jogos eletrônicos: a possibilidade de um novo diagnóstico psiquiátrico. Revista de Psiquiatria Clínica, v.39, n.1, p. 28-33, 2012.
LIBÂNEO, José C. Didática. S. Paulo, Cortez Editora, 1992.
MARCELLINO, Nelson Carvalho. Lazer e educação. Campinas. Papirus, 1987.
MARCELLINO, Nelson Carvalho. Lazer e educação. 2ª Ed. Campinas: Papirus, 1995
MOREIRA, M.A. Abandono da narrativa, ensino centrado no aluno e aprender a aprender criticamente. Revista Eletrônica do Mestrado Profissional em Ensino de Ciências da Saúde e do Ambiente, v.4, n1, p.2-17, 2011.
NASCIMENTO, O. A. S.; HINÁCIO, H. L. D. O lazer nos projetos pedagógicos de cursos delicenciatura em educação física no estado de goiás, Licere, v.22, n.4, p. 392-414, 2019.
NASCIMENTO, D. E. do et al. Formação, Lazer e Currículo: Os Cursos de Educação Física do Tocantins. LICERE - Revista do Programa de Pós-graduação Interdisciplinar em Estudos do Lazer, [S. l.], v. 23, n. 2, p. 342–361, 2020. DOI: 10.35699/2447-6218.2020.24044. Disponível em: https://periodicos.ufmg.br/index.php/licere/article/view/24044. Acesso em: 9 fev. 2022.
OLIVEIRA SANTANA, M. D.; MACHADO SILVA, A. P.; CARVALHO DE ARAÚJO, B.; ABRÃO FERREIRA, R. K. Conhecimentos e práticas de lazer: uma perspectiva de trabalho e saúde. Linhas Crí¬ticas, [S. l.], v. 27, p. e35146, 2021. DOI: 10.26512/lc.v27.2021.35146. Disponível em: https://periodicos.unb.br/index.php/linhascriticas/article/view/35146. Acesso em: 9 fev. 2022.
PEREIRA, M. A. S. Direito ao lazer e legislação vigente no brasil. Revista eletrônica do curso de Direito, v. 4, n. 2, 2009.
TABAK, M. et al. Promoting Daily Physical Activity by Means of Mobile Gaming: A Review of the State of the Art. Games for Health Journal, v.4, n. 6, p. 460–9, 2015.
SANTOS, S. M. L. et al. Legislação de esporte e lazer no rio grande do norte: rastros da política pública sobre o setor. Licere, v.22, n.2, 2019.
TOCANTINS. Secretaria de Estado da Educação, juventude e Esporte. Documento curricular do Tocantins: Educação Infantil. 2019.
TOCANTINS. Secretaria de Estado da Educação, juventude e Esporte. Documento curricular do Tocantins: Linguagens. 2019.
TOCANTINS. Secretaria de Estado da Educação, juventude e Esporte. Documento curricular do Tocantins: Ciências Humanas e Ensino Religioso. 2019.
TOCANTINS. Secretaria de Estado da Educação, juventude e Esporte. Documento curricular do Tocantins: Ciências da Natureza e Matemática. 2019.
TUBINO, M. J. G.; GARRIDO, F.; TUBINO, F. Dicionário enciclopédico Tubino doesporte. Rio de Janeiro: SENAC, 2006.
TUBINO, M. J. G. O que é esporte. São Paulo: Brasiliense, 1999.
SILVA, D. A. M. Importância da recreação e do lazer. Brasília: Gráfica e Editora Ideal, 2011.
SILVA, D. S. et al. Nível de atividade física e comportamento sedentário em escolares, Revista Brasileira de Cineantropometria e Desempenho humano, v.11, n.3, p. 299-306, 2009.
SILVA, J. S.; PINHEIRO, D. A.; MELO, G. E. L. A utilização do xbox 360 kinect como auxilio no tratamento de pessoas com depressão, Revista de Educação, Saúde e Ciências do Xingu, v.1, n.1, p. 151-159, 2019.
SOARES, C. L. Educação física: raízes europeias e Brasil. 2. ed. revista. Campinas: Autores Associados, 2001.
TAVARES, Alexandra Lima et al. Notas sobre a relevância dos jogos populares na educação física na infância. RECIMA21-Revista Científica Multidisciplinar-ISSN 2675-6218, v. 2, n. 7, p. e27526-e27526, 2021.
A submissão de originais para este periódico implica na transferência, pelos autores, dos direitos de publicação impressa e digital. Os direitos autorais para os artigos publicados são do autor, com direitos do periódico sobre a primeira publicação. Os autores somente poderão utilizar os mesmos resultados em outras publicações indicando claramente este periódico como o meio da publicação original. Em virtude de sermos um periódico de acesso aberto, permite-se o uso gratuito dos artigos em aplicações educacionais, científicas, não comerciais, desde que citada a fonte (por favor, veja a Licença Creative Commons no rodapé desta página).