O CURRÍCULO INTEGRADO E O ENSINO DE QUÍMICA PARA SURDOS NO IFSC

Palavras-chave: Currículo Integrado. Ensino de Química. Surdos.

Resumo

Esse texto tem como objetivo apresentar reflexões destinadas a Educação Profissional Técnica de Nível Médio, ao currículo integrado e ao ensino de Química para surdos no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Santa Catarina. Foi elaborado a partir dos estudos de autores como Sacristan (2010), Ramos (2009, 2008), Araújo e Frigotto (2015), Stumpf (2008) entre outros. Metodologicamente trata-se de uma pesquisa básica que utilizou levantamento de dados por meio de pesquisa documental e teórica. Como repercussões, destaca-se que ausência de pesquisas nesta área acarreta escassez de recursos educacionais e dificulta a troca de experiências entre pesquisadores e educadores que, por sua vez, interfere na formação de professores de Química, os quais se sentem despreparados para lidar com a complexidade da área em que atuam no contexto das especificidades encontradas na educação de surdos da Educação Profissional e Tecnológica.

Biografia do Autor

Karina Zaia Machado Raizer, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Santa Catarina (IFSC)

Mestre em Educação Profissional e Tecnológica – ProfEPT IFSC. Docente do  Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Santa Catarina. 

Roberta Pasqualli, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Santa Catarina (IFSC)

Doutora em Educação pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Docente do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Santa Catarina. 

Referências

ARAUJO, Ronaldo Marcos de Lima; FRIGOTTO, Gaudêncio. Práticas pedagógicas e ensino integrado. Revista Educação em Questão, v. 52, n. 38, p. 61-80, 2015. Disponível em: http://periodicos.ufrn.br/educacaoemquestao/article/viewFile/7956/5723. Acesso em: 23 ago. 2021

BRASIL. Ministério da Educação. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Brasília, DF, dez. 1996. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/Ccivil_03/leis/L9394.htm. Acesso em: 05 nov. 2020.

BRASIL. Ministério da Educação. Decreto nº 2.208, de 17 de abril de 1997. Regulamenta o §2º do art. 36 e os arts. 39 a 42 da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/D2208.htm Acesso em: 17 fev. 2020.

BRASIL. Ministério da Educação. Conselho Nacional de Educação. Câmara de Educação Básica. Parecer nº 16/99. Trata das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Profissional de Nível Técnico. Brasília, out. 1999. Disponível em:
http://portal.mec.gov.br/setec/arquivos/pdf_legislacao/rede/legisla_rede_parecer1699.pdf. Acesso em: 05 nov. 2020.

BRASIL. Ministério da Educação. Lei nº 10.436, de 24 de abril de 2002. Dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais – Libras e dá outras providências. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/l10436.htm Acesso em: 17 fev. 2020.

BRASIL. Ministério da Educação. Decreto nº 5.154, de 23 julho de 2004. Regulamenta o §2º do art. 36 e os arts. 39 a 41 da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, e dá outras providências. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2004/decreto/d5154.htm Acesso em: 17 fev. 2020.

BRASIL. Ministério da Educação. Decreto nº 5.626, de 22 de dezembro de 2005.
Regulamenta a Lei nº 10.436, de 24 de abril de 2002, que dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais – Libras, e o art. 18 da Lei nº 10.098, de 19 de dezembro de 2000. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Decreto/D5626.htm Acesso em: 17 fev. 2020.

BRASIL. Ministério da Educação. Lei nº 11.892, de 29 de dezembro de 2008.
Institui a Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica, cria os Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia, e dá outras providências. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11892.htm Acesso em: 17 fev. 2020.

BRASIL. Ministério da Educação. Câmara de Educação Básica do Conselho Nacional de Educação. Resolução nº 6, de 20 de setembro de 2012. Define as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Profissional Técnica de Nível Médio. Disponível em: http://ifc.edu.br/wp-content/uploads/2017/09/Resolu%C3%A7%C3%A3o-CNE_CEB-06_2012.pdf Acesso em: 17 fev. 2020.

NEVES, Bruna Crescêncio. Educação bilíngue para surdos e as implicações para o
aprendizado da Língua Portuguesa como segunda língua. Tese (Doutorado em Linguística) – Programa de Pós-Graduação em Linguística da Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2017.

CERQUEIRA, Jonir B.; FERREIRA, Elise de Melo B. Recursos didáticos na educação especial. Rio de Janeiro: Instituto Benjamim Constant, 2005. Disponível em: www.ibc.gov.br/?itemid=102. Acesso em 30 jan. 2020.

CIAVATTA, Maria. A formação integrada: a escola e o trabalho como lugares de memória e de identidade. In: FRIGOTTO, Gaudêncio; CIAVATTA, Maria; RAMOS, Marise (orgs.). Ensino médio integrado: concepções e contradições. São Paulo: Cortez, 2005.

GIL, Antonio Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa social. São Paulo: Atlas, 2008.

GRAMSCI, Antonio. Os intelectuais e a organização da cultura. 4. Ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1982.

MACHADO, Lucília. Ensino médio e técnico com currículos integrados: propostas de ação didática para uma relação não fantasiosa. In: MOL, Jaqueline et al. Educação profissional e tecnológica no Brasil contemporâneo: desafios, tensões e possibilidades. Porto Alegre: Artmed, 2010.

MINAYO, Maria Cecília de Souza (org.). Pesquisa Social. Teoria, método e criatividade. Petrópolis: Vozes, 2002.

MOURA, Dante Henrique. Educação Básica e Educação Profissional e Tecnológica:
Dualidade Histórica e Perspectivas de Integração. Holos, v. 2, p. 4-30, 2007.

PEREIRA, Lidiane de L. S.; BENITE, Cláudio R. Machado; BENITE, Anna M. Canavarro. Aula de Química e Surdez: sobre Interações Pedagógicas Mediadas pela Visão. Química Nova na Escola, v. 33, n. 1, p. 47-56, fev. 2011.
RAMOS, Marise Nogueira. Concepção do Ensino Médio Integrado. 2008. Disponível em: http://forumeja.org.br/go/sites/forumeja.org.br.go/files/concepcao_do_ensino_medio_integrado5.pdf. Acesso em: 15 nov. 2020.

RAMOS, Marise. Currículo Integrado. In: PEREIRA, I; LIMA, J. (org.). Dicionário de
Educação da Educação Profissional em Saúde. Rio de Janeiro: EPSJV/Fiocruz, 2009.

SACRISTÁN, José Gimeno. Saberes e incertezas sobre o currículo. Porto Alegre: Penso, 2010.

SANTOMÉ, Jurjo Torres. Globalização e Interdisciplinaridade: o currículo integrado. Porto Alegre: Artes Médicas, 1998.

SILVA, Adriano Larentes; PASQUALLI, Roberta; GREGGIO, Saionara; AGNE, Sandra Aparecida Antonini. O currículo integrado no cotidiano da sala de aula. Florianópolis: IFSC, 2016. Disponível em: https://www.ifsc.edu.br/documents/30701/523474/o_curriculo_integrado.pdf/6151bc15-d409-b17b-1efd-3f21e89314e3. Aceso em: 23 ago. 2021.

SILVA, Vilmar. Educação de Surdos: uma releitura da primeira escola pública para surdos em Paris e do Congresso de Milão em 1880. In: QUADRO, Ronice Müller de. (org.). Estudos Surdos I. Petrópolis: Arara Azul, 2006.

SKLIAR, Carlos. A surdez: um olhar para as diferenças. 3. Ed. Porto Alegre: Editora
110 Mediação, 2016.

SOUSA, Sinval F.; SILVEIRA, Hélder E. Terminologias químicas em Libras: a utilização de sinais na aprendizagem de alunos surdos. Química Nova na Escola, São Paulo, v. 33, n. 1, p. 37-46, fev. 2011.

STUMPF, Marianne Rossi et al. Mudanças estruturais para uma inclusão ética. In: QUADRO, Ronice Müller de. (org.). Estudos Surdos III. Petropólis: Arara Azul, 2008.

YOUNG, Michael. Pra que servem as escolas? Educação e Sociedade, Campinas, v. 28, n. 101, p. 1287-1302, set./dez. 2007. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/es/v28n101/a0228101.pdf. Acesso em: 13 ago. 2021.
Publicado
2022-08-29