PROTAGONISMO NO COTIDIANO DA EDUCAÇÃO INFANTIL
Resumo
Este artigo objetiva analisar o protagonismo das crianças na educação infantil. É importante conhecermos se ocorre o protagonismo das crianças nos processos de mediação, interação e negociação entre os adultos e as crianças. O referencial teórico abarca autoras/es sobre infâncias, protagonismo e educação infantil. Utilizamos como procedimentos metodológicos a observação participante e entrevistas com dez crianças de pré-escola e duas professoras, no período de novembro de 2019 a maio de 2020. Os resultados apontam: a) pouca compreensão das professoras sobre os direitos das crianças que assegurem, nos espaços infantis, a escuta, a voz e o protagonismo das crianças; b) o protagonismo não acontece na sua totalidade e as professoras apontam dificuldades no processo de mediação do protagonismo infantil durante o desempenho das atividades pedagógicas. Em síntese, é importante conhecer o ponto de vista da criança, sua capacidade, e valorizar o seu protagonismo nos cotidianos das instituições de Educação Infantil.
Referências
ANDRÉ, Marli Eliza Dalmazo Afonso de. Etnografia da prática escolar. 18. ed. Campinas, SP: Papirus, 2012.
BARBOSA, M. C. S. Por amor e por força: rotinas na educação infantil. Porto Alegre: Artmed, 2006.
BARBOSA, M. C. S. Síntese Analítica das Propostas Pedagógicas das Redes Municipais de Educação Infantil cadastradas no Sistema Integrado de Monitoramento – SIMEC, módulo PAR, após setembro de 2014: relatório do projeto “Apoio ao Desenvolvimento de Estratégias de Implementação do Plano Nacional de Educação no Tocante às Políticas Públicas de Educação Básica” UNESCO, MEC, 2014.
BRASIL. Constituição. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF: Senado Federal: Centro Gráfico, 1988.
BRASIL. Presidência da República. Casa Civil. Subchefia para Assuntos Jurídicos. Lei n.º 8.069, de 13 de junho. Dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente e dá outras providências. Brasília 1990.
BRASIL. Presidência da República. Casa Civil. Subchefia para Assuntos Jurídicos. Lei n.º 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Brasília, 20 de dezembro de 1996; 175.º da Independência e 108.º da República.
BRASIL. Conselho Nacional de Educação. Resolução CNE∕CEB n.º 5/2009. Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil. Brasília, DF: Diário Oficial da União, 18 dez de 2009.
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Brasília, DF, 2017.
EDWARDS, Carolyn; FORMAN, George. Para onde vamos agora? In: EDWARDS, C.; FORMAN, G. As cem linguagens da criança: a abordagem de Reggio Emilia na educação da primeira infância. Por Alegre: Artmed, p. 303-309, 1999.
FRIEDMANN, Adriana. A vez e a voz das crianças: escutas antropológicas e poéticas das infâncias. 1. ed. São Paulo: Panda Books, 2020.
LÜDKE, M.; ANDRÉ, M. E. D. A. Pesquisa em educação: abordagens qualitativas. São Paulo: EPU, 1986.
MALAGUZZI, Loris. História, ideias e filosofias básicas. In: EDWARDS, Carolyn, GANDINI, Lella, FORMAN, George. As Cem Linguagens da Criança: a abordagem de Reggio Emilia na educação da primeira infância. Artmed. Porto Alegre, 1999.
MAYRING, Philipp. Qualitative content analysis: theoretical foundation, basic procedures and software solution. Klagenfurt, Austria: GESIS/Leibniz-Institut, 2014.
MINAYO, M. C. S. (Org.). Pesquisa social: teoria, método e criatividade. Petrópolis: Vozes, 2001.
OLIVEIRA, Zilma Ramos de. Educação Infantil: fundamentos e métodos. 3 ed. São Paulo: Cortez, 2007.
RINALDI, Carla. Diálogos com Reggio Emilia: escutar, investigar e aprender. Tradução de Vânia Cury. 10. ed. Rio de Janeiro/São Paulo: Paz e Terra, 2020.
A submissão de originais para este periódico implica na transferência, pelos autores, dos direitos de publicação impressa e digital. Os direitos autorais para os artigos publicados são do autor, com direitos do periódico sobre a primeira publicação. Os autores somente poderão utilizar os mesmos resultados em outras publicações indicando claramente este periódico como o meio da publicação original. Em virtude de sermos um periódico de acesso aberto, permite-se o uso gratuito dos artigos em aplicações educacionais, científicas, não comerciais, desde que citada a fonte (por favor, veja a Licença Creative Commons no rodapé desta página).