O ENSINO EMERGENCIAL REMOTO NA PANDEMIA DE COVID-19: UMA ANÁLISE A PARTIR DA COMPLEXIDADE

Palavras-chave: Pandemia. Ensino emergencial remoto. Complexidade.

Resumo

Este artigo objetiva analisar, fundamentando-se em princípios da Complexidade, experiências de professoras do Ensino Fundamental com o ensino remoto em função da pandemia de COVID-19. A pesquisa, de abordagem qualitativa, teve os dados gerados a partir de entrevistas semiestruturadas realizadas com três professoras alfabetizadoras que atuam na rede pública municipal de Imperatriz - MA. Tendo por base as análises, percebemos que a pandemia, além de revelar os equívocos da visão paradigmática reducionista e unidimensional da realidade, enfatizou as fragilidades da escola pública diante do ensino remoto, revelando um contexto de exclusão social e digital e acentuando a situação de desvantagem dos alunos mais pobres durante a pandemia. Constatamos ainda que, nesse momento de incertezas, as professoras estão recorrendo a elementos que as aproximam do paradigma emergente, pois estão se adaptando à realidade utilizando princípios da Complexidade como caminho para enfrentar os novos desafios.

Biografia do Autor

Maria José de Pinho, Rede Internacional de Escolas Criativas-RIEC/TO

Doutora em Educação. Estágio de Pós-Doutorado em Educação pela Universidade de Algarve – Portugal. Mestrado em Educação. Graduação em História e em Pedagogia. Professora Associada da Universidade Federal do Tocantins (UFT), Campus de Palmas. Bolsista produtividade do CNPq, categoria 2. Professora no Programa de Pós-Graduação Mestrado e Doutorado em Letras (PPGL), da UFT. Professora no Programa de Pós-Graduação em Educação, da UFT. É membro da Rede Internacional de Escolas Criativas: construindo a escola do século XXI (RIEC. Coord. UB/Espanha). Coordenadora da Rede Internacional de Escolas Criativas-RIEC/TO. 

Dijan Leal de Sousa, Universidade Federal do Maranhão

Professora Adjunta III da Universidade Federal do Maranhão. Mestrado em Educação pela Universidade Federal do Maranhão (UFMA). Doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Letras: Ensino de Língua e Literatura (PPGL), UFT - Campus de Araguaína - TO. É membro da Rede Internacional de Escolas Criativas (RIEC). 

Eloiza Marinho dos Santos, Universidade Federal do Maranhão

Professora Adjunta III da Universidade Federal do Maranhão. Mestrado em Educação pela Universidade Federal do Maranhão (UFMA). Doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Letras: Ensino de Língua e Literatura (PPGL), UFT - Campus de Araguaína - TO. É membro da Rede Internacional de Escolas Criativas (RIEC). 

Frank de Sousa Santos, Rede Estadual de Ensino do Pará

Professor da Língua Portuguesa na rede estadual de ensino do Pará. Mestre em Letras pela Universidade Federal do Sul e Sudoeste do Pará – UNIFESSPA Campus de Marabá. Doutorando em Letras – UFT.

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Publicado
2021-08-13