A CONCEPÇÃO DE ESCOLAS CRIATIVAS E SUAS POTENCIALIDADES PARA A FORMAÇÃO PROFISSIONAL E HUMANA DE PROFESSORES
Resumo
Este artigo inventaria as produções bibliográficas brasileiras que versam sobre as Escolas Criativas com foco nas potencialidades para a formação científica, técnica e humana de professores. A metodologia considerou um levantamento bibliográfico de publicações, realizado no Google Acadêmico, utilizando-se, como descritores de busca os termos “escolas criativas”, “complexidade”, “transdisciplinaridade” e “saberes”, que apresentassem, ao menos, uma citação. Os resultados revelam que as pesquisas são recentes e apresentam discussões alinhadas às demandas da sociedade contemporânea; sendo ainda circunscritas a um grupo de pesquisadores filiados à Rede Internacional de Escolas Criativas, com representação no Brasil. Os conceitos basilares recorrentes são criatividade, transdisciplinaridade, ecoformação, inovação e complexidade. Constata-se a necessidade de maior divulgação das pesquisas sobre Escolas Criativas em função das potencialidades para a formação de professores, para a constituição de novas referências sobre os processos de ensino e de aprendizagem em uma perspectiva transdisciplinar, humanizadora, científica, ecossistêmica e criativa.
Referências
ALMEIDA, Maria da Conceição Xavier. Educar para a complexidade: o que ensinar, o que aprender. Aprender: Cad. de Filosofia e Psic. da Educação, Vitória da Conquista, ano III, n. 5 p. 15-29, edição especial: educação e complexidade, 2005. Disponível em:
ALVES, Maria Dolores Fortes; HOLANDA, Maria Júlia B. de. Criatividade, espiritualidade e educação: acolhendo a diversidade e favorecendo a inclusão. Revista Filosofia Capital, Brasília, v. 9, p. 38-49, edição especial, 2014.
BUENO, Enilda Rodrigues de Almeida. Formação Docente na Perspectiva Fenomenológica e do Pensamento Complexo: Reverberações acerca do Currículo de uma Graduação em Letras. Revista Humanidades e Inovação, Tocantins, v. 7, n. 8, p. 494-508, 2020.
CAREGNATO, Sonia Elisa. Google Acadêmico como Ferramenta para os Estudos de Citações: Avaliação da Precisão das Buscas por Autor. Ponto de Acesso, Salvador, v. 5, p. 72-86, dez. 2011.
LIZ, Cristina P. Vieira de; ZWIEREWICZ, Marlene; VELASCO, Juan Miguel González. Complexidade, transdisciplinaridade e ecoformação na aproximação das escolas do campo à vida no campo e às demandas globais. Revista Brasileira de Educação do Campo, Tocantinópolis, v. 5, p. 1-30, 2020.
MARTINAZZO, Celso J; DRESCH, Óberson Isac. A compreensão do princípio da incerteza e suas implicações no processo de educação escolar. Impulso, Piracicaba, v. 23, p. 45-57, 2013. Disponível em:<
https://www.metodista.br/revistas/revistas-unimep/index.php/impulso/article/download/1716/1215>. Acesso em: 20 fev. 2021.
MEGIDO, Victor Falasca. Prefácio - Revoluções. In: MEGIDO, Victor Falasca (Org.). A revolução do design: conexões para o século XXI. São Paulo: Editora Gente, 2016.
MORAES, Maria Cândida. Pensamento eco-sistêmico: educação, aprendizagem e cidadania no século XXI. Petrópolis: Vozes, 2004.
MORAES, Maria Cândida. Escolas criativas e transdisciplinares. In: VELASCO, Juan Miguel González (Coord.). Transdisciplinariedad en la educación: docencia, escuela y aula. Bolivia: PRISA Ltda. 2018. p. 24-37.
MORIN, Edgar. A cabeça bem-feita: Repensar a reforma, reformar o pensamento. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2000.
MORIN, Edgar. Educar na era planetária: o pensamento complexo como método de aprendizagem no erro e na incerteza humana. São Paulo: Cortez; Brasília: UNESCO, 2003.
MORIN, Edgar. Ciência com consciência. Tradução de Maria D. Alexandre e Maria Alice Sampaio Dória. 8. ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2005.
MORIN, Edgar. Os sete saberes necessários à educação do futuro. São Paulo: Cortez; Brasília, DF: UNESCO, 2006.
MORIN, Edgar. Introdução ao Pensamento Complexo. 5. ed. Lisboa: Instituto Piaget, 2008.
MORIN, Edgar. La vía: para el futuro de la humanidad. Barcelona: Paidós, 2011.
PEIXOTO, Elza R. Barbosa; PINHO, Maria José de. O caráter transdisciplinar da criatividade e do letramento: perspectivas à luz do pensamento complexo. Revista Electrónica de Investigación y Docencia, Espanha, monográfico 4, p. 37-51, mar. 2019.
PINHO, Maria José de; SOUZA, Kênia P. de Queiroz. Breve panorama das produções científicas sobre escolas criativas e criatividade nos Programas de Pós-Graduação em Educação e em Letras - Universidade Federal de Tocantins – UFT. In: ZWIEREWICZ, Marlene et al. (Coord.). O protagonismo de quem se transforma para transformar: experiências inovadoras da educação básica e do ensino superior. La Paz: Jivas, 2016. p. 41-44.
PINHO, Maria José; PASSOS, Vânia Maria de Araújo. Complexidade, ecoformação e trandisciplinaridade: por uma formação docente sem fronteiras teóricas. Revista Observatório, Palmas, v. 4, n. 2, p. 433-457, abr./jun., 2018.
RIBEIRO, Olzeni Costa; MORAES, Maria Cândida. Criatividade em uma perspectiva transdisciplinar: rompendo crenças, mitos e concepções. Brasília: Liber Livro, 2014.
SANT’ANA, Jonathas Vilas Boas de; SUANNO, João Henrique; SABOTA, Barbra. Educação 3.0, complexidade e transdisciplinaridade: um estudo teórico para além das tecnologias. Revista Educação e Linguagens, Campo Mourão, v. 6, n. 10, p. 160-184, jan./jun. 2017.
SILVA, Márcia Regina da; HAYASHI, Maria Cristina P. I. O que Bourdieu tem a dizer à bibliometria? In: SANTAREM, José Eduardo; SILVA, Márcia Regina da; MOSTAFA, Solange Puntel (Orgs.). Os Pensadores e a Ciência da Informação. Rio de Janeiro: E-papers, 2012. p. 9-24.
SILVA, Vera Lúcia de Souza e. A Transdisciplinaridade na Formação Inicial de Professores. Revista Dynamis, Blumenau, v.19, n. 2, p. 20-34, edição especial. 2013.
SILVA Nayhara Gomes da; SUANNO, Marilza Vanessa Rosa. Mapeamento das pesquisas e publicações brasileiras vinculadas a rede internacional de escolas criativas. Polyphonía, Goiânia, v. 27, n. 1, p. 485-520, jan./jun. 2016.
SOUZA, Regiane de; SILVA, Vera Lúcia de Souza e; SIMÃO, Vera Lúcia. O clube de ciências como espaço de (eco)formação e criatividade. Revista Dynamis, Blumenau, v. 22, n. 1, p. 74-85, 2016.
SOUZA, Kênia P. de Queiroz; PINHO; Maria José de. Formação continuada emancipatória: uma ação criativa no contexto escolar contemporâneo. Revista Educação e Cultura Contemporânea, Rio de Janeiro, v. 15, n. 38, p. 158-174, 2017.
SOUZA, Kênia P. de Queiroz; PINHO; Maria José de; ZWIEREWICZ, Marlene. Ecoformação: entre dilemas e desafios, um olhar transformador para o século XXI. Revista Humanidades & Inovações, Palmas, v. 7, n. 1, p. 119-128, 2020.
SUANNO, Marilza V. Rosa. Educar em prol da macrotransição: emerge uma didática complexa e transdisciplinar. In: CONGRESSO NACIONAL DE EDUCAÇÃO, 15, Curitiba, 2015. Anais [...] Curitiba: PUC-PR, 2015, p. 30547-30548.
SUANNO, Marilza V. Rosa. Fogo prometeico, reforma do pensamento e o redimensionar das práticas educativas: emergem perspectivas didáticas a partir da complexidade e da transdisciplinaridade. Revista Terceiro Incluído, Goiânia, v.5, n.1, p. 41-64, jan./jun., 2015.
SUANNO, João Henrique. Porque uma escola criativa? Revista Polyphonía, Goiânia, v. 27, n. 1, p. 81-97, jan./jun., 2016.
TORRE, Saturnino de la. Criatividade Aplicada - Recursos para uma Formação Crítica: Respostas Educativas. São Paulo: Ed. Madras, 2008.
TORRE, Saturnino de la. Movimento de Escolas Criativas: fazendo parte da história de formação e transformação. In: ZWIEREWICZ, Marlene (Org.). Criatividade e inovação no Ensino Superior: experiências latino-americanas em foco. Blumenau: Nova Letra, 2013. p. 139-162.
TORRE, Saturnino de La; SILVA, Vera Lúcia Souza e. Ecoformação e Transdisciplinaridade na Rede de Escolas Criativas. Revista Dynamis, Blumenau, v. 21, n. 1, p. 15–30, 2015.
ZWIEREWICZ, Marlene. Seminário de pesquisa e intervenção. Florianópolis: IFSC, 2014.
ZWIEREWICZ, Marlene et al. Escolas Criativas: Experiências Transformadoras Potencializadas na Interação do Ensino Superior com a Educação Básica. Revista Polyphonía, Goiânia, v. 27, n. 1, p. 393-414, jan./ jun. 2016.
A submissão de originais para este periódico implica na transferência, pelos autores, dos direitos de publicação impressa e digital. Os direitos autorais para os artigos publicados são do autor, com direitos do periódico sobre a primeira publicação. Os autores somente poderão utilizar os mesmos resultados em outras publicações indicando claramente este periódico como o meio da publicação original. Em virtude de sermos um periódico de acesso aberto, permite-se o uso gratuito dos artigos em aplicações educacionais, científicas, não comerciais, desde que citada a fonte (por favor, veja a Licença Creative Commons no rodapé desta página).