IDENTIDADE E FRAGMENTAÇÃO EM A CHAVE DE CASA, DE TATIANA SALEM LEVY
Resumo
Este artigo, a partir do romance A Chave de Casa (2007), de Tatiana Salem Levy, traz para o campo do debate feminista assuntos relacionados à escrita de autoria feminina contemporânea como estratégia de legitimação do espaço da mulher como sujeito social e literário, dentro de uma sociedade ainda sob dominação masculina. Propõe, ainda, uma leitura analítica a respeito das questões da (re)significação da identidade feminina da personagem estudada, além de investigar a fragmentação do romance, onde a forma dialoga tanto com a identidade fragmentada da protagonista, quanto com a forma estrutural da escrita do texto, já que a narrativa se mostra bastante dinâmica, mesclando cortes, lacunas e trocas de cenas com uma fugacidade muito própria da escrita contemporânea. Para isso, o trabalho tomará como base as teorias feministas e, também, textos que discutem a identidade cultural e feminina e a fragmentação do texto contemporâneo.
Referências
BEAUVOIR, Simone. O Segundo Sexo: Fatos e Mitos. 4 ed. São Paulo: Difusão Europeia do livro, 1970. 309 p.
COTA, Débora. A Fragmentação na Narrativa Contemporânea: um passo para além do literário. Disponibilidade em: <http://wwlivros.com.br/Vcoloquio/artigos/DeboraCota.pdf> Acesso em: 08 de jan. 2018.
FOUCAULT, Michel. Microfísica do poder. Organização e tradução de Roberto Machado. Rio de Janeiro: Edições Graal, 1979.
HALL, Stuart. A Questão da Identidade Cultural. 10 ed. Campinas: DP&A, 2003.
HUTCHEON, Linda. Poética do Pós Modernismo: história, teoria, ficção. Rio de Janeiro: Imago, 1991.
LEVY, Tatiana Salem. A Chave de Casa. 1 ed. Rio de Janeiro: Best Bolso, 2013. 189 p.
LEVY, Tatiana Salem. In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileiras. São Paulo: Itaú Cultural, 2018. Disponibilidade em: <http://enciclopedia.itaucultural.org.br/pessoa101178/tatiana-salem-levy>. Acesso em: 20 fev. 2018. Verbete da Enciclopédia. ISBN: 978-85-7979-060-7.
SCHMIDT, Rita Terezinha. Em Busca da História não contada: ou o que acontece quando o objeto começa a falar? Letras, Santa Maria, n. 16, p. 183-196, janeiro/junho 1998. Disponibilidade em: <https://lume.ufrgs.br/handle/10183/169824>. Acesso em: 12 fev. 2018.
SELIGMANN-SILVA, Márcio. Narrar o trauma: A questão dos testemunhos de catástrofes históricas. Psicologia Clínica. Rio de Janeiro, v. 20, n.1, p. 65–82, 2008. Disponibilidade em: <http://www.scielo.br/pdf/pc/v20n1/05>. Acesso em: 15 fev. 2018.
SPIVAK, Gayatri Chakravorty. Pode o Subalterno Falar? Belo Horizonte: Editora UFMG, 2010.
TELLES, Norma. Escritoras, Escritas, Escrituras. In: PRIORI, Mary Del (org.). História das Mulheres no Brasil. 9 ed. São Paulo: Contexto, 2009. 678 p.
WOOLF, Virginia. Um Teto Todo Seu. 2 ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2004. 139 p.
XAVIER, Elódia Carvalho de Formiga (org). Tudo no Feminino: a presença da mulher na narrativa brasileira contemporânea. Rio de janeiro: Francisco Alves, 1991. 149 p.
ZOLIN, Lúcia Osana. A Literatura de Autoria Feminina Brasileira no Contexto da Pós-Modernidade. IPOTESI, Juiz de Fora, v. 13, n. 2, p. 105-116, jul/dez, 2009. Disponibilidade em: <http://www.ufjf.br/revistaipotesi/files/2009/10/a-literatura-de-autoria-feminina.pdf> Acesso em: 15 fev. 2018.
A submissão de originais para este periódico implica na transferência, pelos autores, dos direitos de publicação impressa e digital. Os direitos autorais para os artigos publicados são do autor, com direitos do periódico sobre a primeira publicação. Os autores somente poderão utilizar os mesmos resultados em outras publicações indicando claramente este periódico como o meio da publicação original. Em virtude de sermos um periódico de acesso aberto, permite-se o uso gratuito dos artigos em aplicações educacionais, científicas, não comerciais, desde que citada a fonte (por favor, veja a Licença Creative Commons no rodapé desta página).