O LUGAR ATRIBUÍDO À MULHER NA SOCIEDADE DE CLASSES

Palavras-chave: Mulher. Trabalho. Sociedade de classes.

Resumo

Apresenta-se neste artigo discussões sobre o lugar atribuído à mulher na sociedade de classe. A realização do estudo em questão tem como referência as análises teóricas de Beauvoir e Federici calcadas no materialismo histórico. Assim em um primeiro momento apresenta-se as considerações da filósofa Simone de Beauvoir e sua ênfase sobre a opressão do homem sobre a mulher a partir do surgimento do capitalismo e da propriedade privada. Na sequência, com base nos estudos de Silvia Federici, apresenta-se a condição da mulher no mundo do trabalho assalariado, visto que, como isso não a libertou da opressão, pelo contrário a sobrecarregou com uma jornada dupla de trabalho, em casa e fora dela. Por fim, através dos dados do DIEESE e da Oxfam é possível compreender as condições das mulheres no mundo do trabalho.

Biografia do Autor

Viviane Rosa da Silva, PPGE-UEG/Inhumas, Capes

Mestranda em Educação no PPGE-UEG/Inhumas, com bolsa financiada pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior -Brasil (CAPES) e membra do Grupo de Estudo e Pesquisa em Políticas Educacionais da Unidade (Geppe |UnU Inhumas). Graduada em Pedagogia pelo Instituto Federal de Goiás (IFG). Especialista em Práticas Assertivas da Educação Profissional Integrada à EJA- com Ênfase em Didática pelo Instituto Federal do Rio Grande do Norte (IFRN), especialista  em Políticas e Gestão da EPT pelo Instituto Federal de Goiás (IFG) e   em Gestão e Coordenação Pedagógica pela Faculdade de Tecnologia e Educação de Goiás (FATEG). Foi membra do  Núcleo de Estudos e Pesquisas em Educação e Formação de Trabalhadores (NUPFEET/IFG) 2015- 202 e 1. Atualmente é 2022.

Keides Batista Vicente, Universidade Estadual de Goiás (UEG)

Doutora em Educação pela Universidade Federal de Goiás (UFG) com investigação sobre mulheres, universidade e ditadura militar. Mestre em História Social pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU) com pesquisa sobre o movimento estudantil goiano durante a ditadura militar. Licenciada e Bacharel em História pela Universidade Federal de Goiás, Câmpus Avançado de Catalão, (UFG-CAC). Atualmente é professora no curso de Pedagogia na Universidade Estadual de Goiás. Participa como representante da cidade de Goiânia do movimento social feminista Promotora Legal Popular e coordenada o Grupo de Estudos em História da Educação na ANPUH – Goiás. Desenvolve pesquisas sobre gênero, história das mulheres, educação, movimentos sociais e ditadura militar no cone sul.

Referências

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Publicado
2024-04-22