OS ENTRAVES PARA O ACESSO À EDUCAÇÃO EMANCIPADORA DIANTE DO PRIMADO UNIVERSALISTA DO COLONIALISMO EUROPEU

Palavras-chave: Educação Emancipadora. Colonialismo. Universalismo Europeu. Epistemologias do Sul. Direito à Educação.

Resumo

O presente artigo trata de uma análise da Educação brasileira na contemporaneidade, suas matrizes ideológicas coloniais que servem o capital. Analisa-se como a educação brasileira pode se instituir de forma democrática em tempos nos quais o colonialismo e o patrimonialismo reafirmam-se como formas restritivas do pensamento humano. Levanta-se a hipótese de que somente a instituição de uma educação emancipadora é capaz de quebrar o paradigma colonial que serve o capital e que é reafirmado pela atual política de exclusão social do governo brasileiro, em especial no âmbito da educação. Utiliza-se como base epistemológica a crítica ao sistema colonialista educacional, reafirmando a importância da valorização das relações humanas dotadas de subjetividade. Prioriza-se a instituição de uma educação que leve em conta as diversidades das epistemologias do Sul que dão lugar de fala aos diversos grupos que muitas vezes são subjugados por políticas educacionais que reafirmam o poder das elites.

Biografia do Autor

Raul de Barros Neto, Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC/MG)

Biólogo. Psicólogo Clínico. Mestre em Fisiologia pela Universidade Federal de Minas Gerais. Doutorando em Educação pela PUC Minas. Professor Adjunto IV da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais. 

Renata Furtado de Barros, Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC/MG)

Advogada. Doutora e Mestra em Direito Público pela PUC Minas Professora Adjunto I da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, onde leciona a disciplina Tópicos Especiais em Direitos Humanos e Decolonialidade – Gênero, Raça e Sustentabilidade Ambiental. 

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Publicado
2022-12-15