PERSPECTIVAS DO RACISMO NA CONDIÇÃO DA MÃE NEGRA DE UM FILHO MORTO: PANORAMA DE JORNALISMO LITERÁRIO

Júlia  Silva de Oliveira; Marinete  Luzia Francisca de Souza

Júlia Silva de Oliveira Universidade Federal de Mato Grosso https://orcid.org/0000-0003-4086-6119
Marinete Luzia Francisca de Souza Universidade Federal de Mato Grosso https://orcid.org/0000-0001-8801-9694

Palavras-chave: Mulher. Negra. Jornalismo literário. Genocídio. Jovens assassinados.

Resumo

Este artigo apresenta os resultados de um estudo sobre mulheres afrodescendentes que perderam filhos em contexto de violência urbana na cidade de Aragarças – GO. Discutem-se dados sobre a condição racial da população brasileira, com números relativos à homicídios da população negra, em contexto de violência urbana. Em seguida, é debatida a história do feminismo negro no Brasil tendo por fundamentação teórica os estudos de Bell Hooks e por metodologia o jornalismo literário com uso de entrevistas. Utilizam-se também conceitos de genocídio, de Abdias Nascimento (2018), assim como teorias dos seguintes autores: Hooks (2014) Fonseca (2006), Franca (2017) e Shoihet (2004).

Biografia do Autor

Júlia Silva de Oliveira, Universidade Federal de Mato Grosso

Possui graduação em Comunicação Social pela Universidade Federal de Mato Grosso, Câmpus Universitário do Araguaia.

Marinete Luzia Francisca de Souza, Universidade Federal de Mato Grosso

Professora Adjunta II na Universidade Federal de Mato Grosso, Câmpus Universitário do Médio Araguaia e no Programa de Pós-graduação em Estudos de Linguagem, do Campus de Cuiabá. Licenciatura em Letras - Português e Literaturas; Mestre em Estudos Literários pela Universidade Federal de Mato Grosso. Doutora em Literaturas de Língua Portuguesa (investigação e ensino), pela Universidade de Coimbra. Publicou, em coautoria, com Célia Maria Domingues da Rocha Reis, a obra Pedro Casaldáliga e poética de emancipação, pela EDUFMT, em 2014.

Referências

FERRARI. A. J. O silêncio da Dona Amélia. Mulheres em discurso: identificação de gênero e práticas de resistência, Pontes Editores, p 231 – 250, 2017. Acesso em: 12 jul. 2018.

FERREIRA, R. F.; CAMARGO, A. C. As relações cotidianas e a construção da identidade negra. Psicologia: Ciência e Profissão, v. 31, n. 2, p. 374 – 389, 2011. ISSN 1414-9893. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-98932011000200013. Acesso em: 24 jul. 2018.

FONSECA, C. Ser mulher, mãe e pobre. In:____. Históriadas mulheres no Brasil. 7. ed. São Paulo: Editora Contexto, 2004. v. 2, cap. 15, p. 510 – 553. Disponível em: http://www.academia.edu/1617583/Ser_mulher_m%C3%A3e_e_pobre. Acesso em: 24 jul. 2018.

HOOKS, B. Mulheres negras e feminismo. In: GUETO, P. (Ed.). Não sou eu uma mulher. Mulheres negras e feminismo. [S.l.: s.n.], 2014a. cap. 4, p. 114 – 139. Acesso em: 14 abr. 2019.

HOOKS, B. Racismo e feminismo: a questão de responsabilidade. In: GUETO, P. (Ed.). Não sou eu uma mulher. Mulheres negras e feminismo. [S.l.: s.n.], 2014b. cap. 4, p. 86 – 113. Acesso em: 14 abr. 2019.

IBGE. População chega a 205,5 milhões, com menos brancos e mais pardos e pretos. Estatísticas sociais, 2019. Disponível em: https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-noticias/2012-agencia-de-noticias/noticias/18282-pnad-c-moradores.html Acesso em: 06 de Jul. 2019.

SOIHET, R. Mulheres pobres e violência no Brasil urbano. In:___ .História das mulheres no Brasil. 7. ed. São Paulo: Editora Contexto, 2004. v. 2, cap. 13. Disponível em: https://pt.scribd.com/document/372651366/SOIHET-Rachel-MULHERES-POBRES-E-VIOLE-NCIA-DO-BRASIL-URBANO-PRIORE-Mary-HISTO-RIA-DAS-MULHERES-NO-BRASIL. Acesso em: 24 jul. 2018.

NASCIMENTO, A. Exploração sexual da mulher africana. In: ______. O genocídio do negro brasileiro: processo de um racismo mascarado. 4 edição. ed. São Paulo: Perspectiva, 2016a. cap. 3, p. 73 – 77. Acesso em: 14 abr. 2019.

NASCIMENTO, A. O branqueamento da raça: uma estratégia de genocídio. In: ______.O genocídio do negro brasileiro: processo de um racismo mascarado. 4 edição. ed. São Paulo: Perspectiva, 2016b. cap. 5, p. 83 – 82. Acesso em: 14 abr. 2019.

NASCIMENTO, A. O mito do “africano livre”. In: ______.O genocídio do negro brasileiro: processo de um racismo mascarado. 4 edição. ed. São Paulo: Perspectiva, 2016c. cap. 4, p. 79 – 82. Acesso em: 14 abr. 2019.

MARINEZ, Mônica. Jornalismo Literário: revisão conceitual, história e novas perspectivas. Intercom - Revista Brasileira de Ciências da Comunicação, v.40, n.3, p.21-36, 2017.

PENA, F. Jornalismo literário. 2. ed. São Paulo: Editora Contexto, 2011. ISBN 978-85-7244-324-1. Disponível em: https://editoracontexto.com.br/autores/felipe-pena/jornalismo-literario.html. Acesso em: 10 out. 2018.

PERUZZO, Cicilia Maria Khroling. Pressupostos epistemológicos e metodológicos da pesquisa participativa: da observação participante à pesquisa-ação. Estudios sobre las culturas contemporáneas, v.XXIII, n.Especial III, p.161–190, 2017.

OLIVEIRA, Júlia Silva de. Mãe de Filho Preto, Mãe de Filho Morto. Mulheres e Resistência. Trabalho Final de Curso apresentado à Curso de Comunicação Social – Jornalismo, do Campus Universitário do Araguaia, da Universidade Federal de Mato Grosso, 2019.

SOARES FILHO, A. M. Vitimização por homicídios segundo características de raça no Brasil. Revista de Saúde Pública, DF, v. 45, p. 745 – 755, 08 2011. ISSN 0034-8910. Disponível em: http://www.scielo.br/scieloOrg/php/articleXML.php?lang=en&pid=S0034-89102011000400015. Acesso em: 12 jul. 2018.

SARLO, B. Tempo passado: cultura da memória e guinada subjetiva. São Paulo: Companhia das Letras, 2007.