DRAG QUEENS E DRAG KINGS: UMA EXPOSIÇÃO SOBRE A ARTE REVOLUCIONÁRIA E TRANSGRESSORA DAS DRAGS MADAME SATÃ, ELKE MARAVILHA, MARSHA P. JOHNSON, SYLVIA RIVERA E GLADYS BENTLEY

Palavras-chave: Drag. Queer. Transgêneros. Revolucionário. Transgressor.

Resumo

Com uma inspiração na peça Helena Black Multicor, o artigo trata da importância das drag queens e drag kings na luta contra o preconceito de gênero, racial e social. As primeiras drags a realizarem shows em casas noturnas ocorreu entre o final do século XIX e início do século XX, já no Brasil, provavelmente aconteceu nos anos 1970. Ser ou estar drag não tem a ver com a orientação sexual ou identidade de gênero, pois drags são personagens que transcendem a ideia de gênero e sexo. A Teoria Queer invoca esse caráter da inexistência do sexo biológico, considerando o gênero, apenas uma construção social. Com o intuito de colocar essas drags como protagonistas da história, a vida de Madame Satã, Elke Maravilha, Marsha P. Johnson, Sylvia Rivera e Gladys Bentley foram esmiuçadas para revelar a importância desses ícones na luta a favor da equidade de direitos das minorias.

Biografia do Autor

Marcos Jesus de Santanna, Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)

Discente no curso de Relações Internacionais da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), Campus Osasco. Graduação em Medicina Veterinária pela Universidade Estadual do Norte do Paraná (UENP). 

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Publicado
2022-02-14
Seção
FLUXO CONTÍNUO - Artigos