FEMINISMO E DISTOPIA EM O CONTO DA AIA, DE MARGARET ATWOOD

Palavras-chave: Pós-modernismo. Feminismo. Distopia. O Conto da Aia.

Resumo

O artigo visa refletir sobre literatura e aportes teóricos contemporâneos, versando em torno de questões como literatura e feminismo, pós-modernismo, distopia e metaficção historiográfica. Para tanto, será utilizado referencial teórico acerca dos referidos temas, partindo de autores como Hutcheon (1991), Campello (2003), Haraway (2004) e Figueiredo (2013). No romance O conto da aia, a escritora canadense Margaret Atwood propicia a representação de diferentes sujeitos que compõem a categoria mulher, e assim a ideia de estabilidade é substituída pela multiplicidade de identidades e singularidades, compondo desta forma um coletivo heterogêneo em que o discurso desafia a noção de centro, e em que o caráter distópico reforça as dificuldades a que as mulheres são submetidas na sociedade contemporânea.

Biografia do Autor

Janaína Buchweitz e Silva, UFPel

Doutoranda em Letras pela Universidade Federal de Pelotas  (UFPel). Mestra em Letras - Área de Literatura Comparada (UFPel).

 

Referências

ATWOOD, Margaret Eleanor. O conto da aia. Tradução de Ana Deiró. Rio de Janeiro: Rocco, 2017.

BUTLER, Judith. Problemas de gênero: feminismo e subversão da identidade. Tradução Renato Aguiar. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2003.

CAMPELLO, Eliane. A visão distópica de Atwood na literatura e no cinema. Revista Interfaces Brasil/Canadá Belo Horizonte V1, n.2, 2003. Disponível em: https://periodicos.ufpel.edu.br/ojs2/index.php/interfaces/article/view/6402/4441 Acesso em: 08.ago 2020

COUTINHO, Andréa. Ficção científica: narrativa do mundo contemporâneo. Revista de Letras da Universidade Católica de Brasília. Volume 1 – Número 1 - ano I – fev/2008. Disponível em: https://bdtd.ucb.br/index.php/RL/article/download/27/59 Acesso em: 15.ago 2020

HARAWAY, Donna. “Gênero” para um dicionário marxista: a política sexual de uma palavra. Cadernos Pagu 2004, p.201-246. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/cpa/n22/n22a09.pdf Acesso em 11.ago 2020

HEMMINGS, Clare. Contando estórias feministas. Tradução: Ramayana Lira. Estudos feministas. Florianópolis, 17(1): 215-241, janeiro-abril/2009. Disponível em: https://periodicos.ufsc.br/index.php/ref/article/view/S0104026X2009000100012/10991 Acesso em: 15.ago 2020

HILÁRIO, Leomir Cardoso. Teoria crítica e literatura: a distopia como ferramenta de análise radical da modernidade. Anu. Lit., Florianópolis, v.18, n. 2, p. 201-215, 2013. Disponível em: https://periodicos.ufsc.br/index.php/literatura/article/viewFile/2175-7917.2013v18n2p201/25995 Acesso em: 16.ago 2020

HUTCHEON, Linda. Poética do pós-modernismo: história, teoria, ficção. Tradução Ricardo Cruz. Rio de Janeiro: Imago Editora, 1991.

FIGUEIREDO, Eurídice. Mulheres ao espelho: autobiografia, ficção, autoficção. Rio de Janeiro: EdUERJ, 2013.

PISCITELLI, Adriana. “(Re)criando a categoria mulher?” Disponível em: http://www.culturaegenero.com.br/download/praticafeminina.pdf Acesso em: 11.ago 2020

Publicado
2022-05-17