FEMINISMO E DISTOPIA EM O CONTO DA AIA, DE MARGARET ATWOOD
Abstract
O artigo visa refletir sobre literatura e aportes teóricos contemporâneos, versando em torno de questões como literatura e feminismo, pós-modernismo, distopia e metaficção historiográfica. Para tanto, será utilizado referencial teórico acerca dos referidos temas, partindo de autores como Hutcheon (1991), Campello (2003), Haraway (2004) e Figueiredo (2013). No romance O conto da aia, a escritora canadense Margaret Atwood propicia a representação de diferentes sujeitos que compõem a categoria mulher, e assim a ideia de estabilidade é substituída pela multiplicidade de identidades e singularidades, compondo desta forma um coletivo heterogêneo em que o discurso desafia a noção de centro, e em que o caráter distópico reforça as dificuldades a que as mulheres são submetidas na sociedade contemporânea.
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