CIBORGUES, MÍDIAS E A CULTURA DIGITAL: AS AMBIGUIDADES DA CORPOREIDADE EM TEMPOS DE ENSINO REMOTO

Palavras-chave: Educação. Comunicação. Cultura Digital. Subjetividade. Corporeidade.

Resumo

O ensino remoto emergencial, com todas as suas dificuldades, é uma possibilidade de reflexão sobre o paradigma educacional e comunicativo. O presente trabalho apresenta contribuições para o debate sobre as relações entre corpo e tecnologia no amplo campo conceitual aberto pela teoria da cultura digital, e seu impacto na educação. Para isso ressaltamos o enraizamento da questão na pergunta pelos limites entre o humano e a máquina que as noções de biocibernético e de ciborgue abrem. O ciborgue, corpo composto pelo orgânico, pelas próteses, e pelas tecnologias comunicativas e informacionais, se realiza no uso das mídias digitais que inaugura o tempo dos corpos híbridos.

Biografia do Autor

Marcus Vinicius de Souza Nunes, Universidade do Estado de Santa Catarina

Doutorando em Educação, linha de pesquisa Educação, Comunicação e Tecnologia, pela Universidade do Estado de Santa Catarina. Possui graduação em filosofia pela Universidade Federal de Santa Catarina (2011) e Mestrado em Educação pela Universidade Federal de Santa Catarina.

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Publicado
2022-03-08