CONTEXTO PRISIONAL E PRÁTICA PSICOLÓGICA: UM OLHAR SOBRE MEDICALIZAÇÃO E SOFRIMENTO

Palavras-chave: Medicalização e Sofrimento. Prática Psicológica no Sistema Penitenciário. Hermenêutica e Fenomenologia. Saúde em Unidade Prisional.

Resumo

Este estudo contribui para prática psicológica em unidade prisional. Elege o fenômeno da medicalização e sofrimento na Colônia Penal Feminina de Buíque. As demandas clínicas sinalizavam sofrimento e uso exacerbado de psicotrópicos. Importa refletir a prática psicológica, buscando outros horizontes compreensivos. A Pesquisa é qualitativa, de cunho fenomenológico, iluminada pela Hermenêutica Filosófica. Participaram cinco mulheres encarceradas em uso de psicotrópicos. Os instrumentos metodológicos foram Entrevista Narrativa e Diário de Campo. Os dados foram analisados à luz da Hermenêutica Filosófica de Gadamer. Reflexão crítica sobre essa prática, construindo conhecimentos sobre a promoção do cuidado. As narrativas mostraram lógica medicalizante, evidenciando a medicação como via preferencial para responder toda e qualquer demanda, fazendo refletir a relevância de construir modos de atenção nas práticas em saúde referenciados pela Hermenêutica Fenomenológica, na procura de manter livre relação com a técnica, podendo dizer sim e não a mesma, sendo a experiência via de acesso.

Biografia do Autor

Tacya Mylenna Rafael Agostinho, Universidade de Pernambuco

Graduada em Psicologia pela Universidade de Pernambuco - Campus Garanhuns. Estágio extracurricular em Saúde Mental no Centro de Atenção Psicossocial - CAPS Renascer no município de Arcoverde - PE. Estágio supervisionado específico realizado no Núcleo de Apoio à Saúde da Família - NASF no município de Garanhuns. Docência no Centro de Ensino Técnico de Arcoverde - CETA. Trabalho voluntário no Presídio Advogado Brito Alves - PABA no município de Arcoverde. Trabalho no Centro de Referência Especializado de Assistência Social - CREAS do município de Buíque - PE. Atualmente Psicóloga no setor da Saúde da Colônia Penal Feminina de Buíque - CPFB. Mestranda pelo Programa de Mestrado Profissional em Psicologia e Saúde Mental da Universidade de Pernambuco - UPE.

Ana Maria de Santana, Universidade Federal de Pernambuco

Estágio Pós-doutoral na Universidade Federal de Pernambuco. Doutora em Psicologia Clínica; Mestra e Especialista em Psicologia Clínica - Universidade Católica de Pernambuco. Graduada em Psicologia - Universidade Federal de Pernambuco. Professora Adjunta do Curso de Psicologia da Universidade de Pernambuco com atuação na Graduação; Especialização; Residência em Saúde Mental/UPE e no Mestrado de Saúde Mental/UPE. Pesquisadora vice-líder do Laboratório de Pesquisa em Ação Clínica e Saúde - LACS/UPE. Membro do GT- Práticas Psicológicas em Instituições: atenção, desconstrução, invenção da ANPEPP. Psicóloga da Secretaria de Saúde do Recife com atuação em Policlínica e em territórios sanitários. Realiza pesquisa e extensão no campo da prática psicológica em saúde pública. Temáticas de interesse: prática psicológica em saúde; Fenomenologia Hermenêutica e Atenção Psicológica em território sanitário. 

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Publicado
2021-11-09