COMUNIDADES INDÍGENAS NO TOCANTINS – DO PLEITO À SEGURANÇA PÚBLICA À PARTICIPAÇÃO EM POLÍCIA COMUNITÁRIA

  • Gleidison Antônio de Carvalho Universidade Federal do Tocantins
  • Thiago Monteiro Martins Polícia Militar do Tocantins
Palavras-chave: Comunidades. Segurança. Inclusão. Participação. Cidadania.

Resumo

A população indígena brasileira, por se tratar de minorias, não raras vezes, é negada aos acessos básicos oferecidos pelo estado. Saúde, educação e segurança nem sempre aparecem como temas prioritários nas agendas governamentais. Esforços são realizados nas três esferas governamentais, apesar de corresponderem a uma baixa proporção. No campo da segurança pública, entretanto, a participação social tem sido fomentada a partir da interação entre polícia e comunidade para, juntas, buscarem alternativas para solução dos problemas locais. Desta forma, a inclusão se torna prática de redução das desigualdades e dos acessos à cidadania, fatores basilares para a instituição e permanência da democracia no país. Os atendimentos realizados e o envolvimento das comunidades mostram que, proporcional à taxa de habitantes em cada região do Tocantins, ainda é baixa a participação das comunidades indígenas na segurança pública, através dos Conselhos Comunitários de Segurança – CONSEG e Programa Educacional de Resistência às Drogas, mas caminha para uma abertura promissora e de resultados no estado.

Biografia do Autor

Gleidison Antônio de Carvalho, Universidade Federal do Tocantins

Mestre em Gestão de Políticas Públicas, pela Universidade Federal do Tocantins. Major da Polícia Militar do Tocantins.

Thiago Monteiro Martins, Polícia Militar do Tocantins

Especialista em Docência do Ensino Superior pela Universidade do Norte do Paraná. Major da Polícia Militar do Tocantins.

Referências

BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF: Senado Federal: Centro Gráfico, 1988. 292 p.

BRASIL. Ministério da Justiça e Segurança Pública. Secretaria Nacional de Segurança Pública (SENASP): Diretriz Nacional de Polícia Comunitária. – Âmbito nacional. [coordenado por] Secretaria Nacional de Segurança Pública (SENASP). Brasília, 2019.

DUARTE, João Gabriel Gomes P. et al. Educação sobre drogas: análise do programa educacional de resistência às drogas–PROERD. 2016.

FREY, Klaus. Políticas públicas: um debate conceitual e reflexões referentes à prática da análise de políticas públicas no Brasil. Planejamento e políticas públicas, n. 21, 2009.

VIVEIROS DE CASTRO, Eduardo. No Brasil, todo mundo é índio, exceto quemnão é. Edição da Enciclopédia Povos Indígenas, 2006.

DE MIRANDA, Ana Paula Mendes. A avaliação dos Conselhos Comunitários de Segurança. Revista Avaliação de Políticas Públicas-AVAL, v. 2, n. 2, 2015.

BALESTRERI, Ricardo Brisolla. Direitos Humanos: coisa de polícia. 2ª ed. Passo Fundo/RS: Ed. Capec, Pasteur, 1998.

BAYLEY, David H. e SKOLNICK, Jerome H. Nova Polícia: Inovações na Polícia de Seis Cidades Norte-Americanas. Editora da Universidade de São Paulo, 2001. (Série Polícia e Sociedade; n.2).

MARCINEIRO, Nazareno. Polícia comunitária: Construindo segurança nas comunidades. – Florianópolis : Insular, 2009.

PEREIRA, Marlon Gonçalves. PROERD (Programa Educacional de Resistência às Drogas e à Violência): transformações nas relações entre Polícia Militar e comunidade. 2008.

ROSENBAUM, Dennis P. A Mudança no Papel da Polícia: Avaliando a Transição para Policiamento Comunitário. In: BRODEUR, Jean-Paul. Como Reconhecer um Bom Policiamento: Problemas e Temas. Tradução Ana Luísa Amêndola Pinheiro. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2002.

TOCANTINS. Plano Estadual de Segurança e Defesa Social (PESSE), 2019. Disponível em: https://www.ssp.to.gov.br/plano-estadual-de-seguranca-publica-pesse. Acesso em: 10 de mar. de 2020.

TROJANOWICZ, Robert; BUCQUEROUX, Bonnie. Policiamento comunitário: como começar? Tradução de Mina Seinfeld de Carakushansk. Rio de Janeiro: PMERJ, 1994.

Publicado
2020-10-07
Seção
Artigos