A REPRESENTAÇÃO DA SUBJETIVIDADE DA IDADE MÉDIA À RENASCENÇA
Resumo
Este artigo apresenta alguns elementos históricos, culturais e literários importantes para compreender o surgimento da subjetividade a partir da Idade Média. Discutimos que Shakespeare não inventou subjetividade sozinho, como Bloom (2001), Fineman (1986) e Greenblatt (1984) propõem em suas obras. Da mesma forma que Dante, Augustine e Montaigne, ele introduziu a mimesis de subjetividade em particular no drama e essa foi sua maior contribuição na literatura. Esses autores descreveram sentimentos, sensações, pensamentos e ansiedades interiores em sua obra. Shakespeare desenvolveu a mimese da subjetividade circunscrito em um processo contínuo de desenvolvimento da subjetividade, que provavelmente começou na Idade Média.
Referências
AGOSTINHO, S. Confissões. São Paulo: Martin Claret, 2008.
ARIÈS, P.; DUBY, G. História da Vida Privada II: Revelações do Mundo Medieval. São Paulo: Companhia das Letras, 2009.
AUERBACH, Erich. Dante: Poet of the Secular World. 2007a.
AUERBACH, Erich. Ensaios de Literatura Ocidental. Tradução de Samuel Titan Jr. e José Marcos Mariani de Macedo. São Paulo: Editora 34, 2007b.
BROWN, Peter. Le renoncement à la chair : virginité, célibat et contenence dans le christianisme primitif. Traduzido por Pierre-Emmanuel Dauzat et Christian Jacob. Paris: Edições Gallimard, 1995.
CASSIRER, Ernst. Indivíduo e Cosmos na Filosofia do Renascimento. São Paulo: Martins Fontes: 2001.
COETZEE, J. M. Doubling the Point: Essays and Interviews. Edited by David Attwell. Harvard: Harvard University Press, 1992.
DANTE, A. A Divina Comédia. Tradução Vasco Graça Moura. São Paulo: Landmark, 2011.
DANTE, A. The New Life. Trad. A.S.Kline. New York: Harper, 2001.
FALCÃO, M. S.; BUENO, R. P. M. Lavour’Arcaica: Imaginário, Tradição e Conflito em uma Representação. Porto das Letras, ISSN 2448-0819, Vol. 03, Nº 02. Jul.-dez., 2017. Disponível em: https://sistemas.uft.edu.br/periodicos/index.php/portodasletras/article/view/4656. Acesso em: 26 de jul. de 2019.
FINEMAN, Joel. Shakespeare Perjured Eye: The invention of poetic subjectivity in the sonnets. Berkeley, Los Angeles, London: University of California Press, 1986.
FREITAS, A. S. Análise Literária e Quadrinhística e transposição do Conto Assassinatos na Rua Morgue, de Edgar Allan Poe. Porto das Letras, ISSN 2448-0819, Vol. 03, Nº 02. Jul.-dez., 2017. Disponível em: https://sistemas.uft.edu.br/periodicos/index.php/portodasletras/article/view/3490. Acesso em: 26 de jul. de 2019.
GREENBLATT, Stephen. Renaissance Culture and Psychoanalysis. Standford: Standford UP, 1984.
LUDWIG, C. R. Adaptação e Re-Criação de Ricardo III, de Al Pacino. Porto das Letras, ISSN 2448-0819, Vol. 03, Nº 02. Jul.-dez., 2017. Disponível em: https://sistemas.uft.edu.br/periodicos/index.php/portodasletras/article/view/4882. Acesso em: 26 de jul. de 2019.
MONTAIGNE, Michel. Ensaios. Trad. de Sérgio Millet. São Paulo: Abril Cultural, 1984. 3 vols.
SANTOS, L. C. S. H. O Pós-Colonialismo nos Romances "Waiting for the Barbarians" e "Disgrace" de J.M. Coetzee. Porto das Letras, ISSN 2448-0819, Vol. 01, Nº 01. Jan.-jun., 2015. Disponível em: https://sistemas.uft.edu.br/periodicos/index.php/portodasletras/article/view/1712. Acesso em: 07 de jul. de 2019.
SHAKESPEARE, William. Complete Works. Londres: Wordsworth Editions, 2007.
SHAKESPEARE, William. Shakespeare's Sonnets. Edited by Katherine Kuncan-Jones. Croatia: ITP, 1997.
SHAKESPEARE. The Merchant of Venice. Editado por John Drakakis. Londres: Arden, 2010.
SOUSA, T. C. P. As Manipulações Narrativas em Atonement de Ian McEwan. Porto das Letras, ISSN 2448-0819, Vol. 02, Nº 02. Jul.-dez., 2016. Disponível em: https://sistemas.uft.edu.br/periodicos/index.php/portodasletras/article/view/2662. Acesso em: 15 de jul. de 2019.
A submissão de originais para este periódico implica na transferência, pelos autores, dos direitos de publicação impressa e digital. Os direitos autorais para os artigos publicados são do autor, com direitos do periódico sobre a primeira publicação. Os autores somente poderão utilizar os mesmos resultados em outras publicações indicando claramente este periódico como o meio da publicação original. Em virtude de sermos um periódico de acesso aberto, permite-se o uso gratuito dos artigos em aplicações educacionais, científicas, não comerciais, desde que citada a fonte (por favor, veja a Licença Creative Commons no rodapé desta página).
