A MENINA, A JANELA E O MUNDO: UMA LEITURA SIMBÓLICA E FORMATIVA A PARTIR DA LITERATURA INFANTIL CONTEMPORÂNEA

  • Ivone Gomes de Assis Universidade Federal de Uberlândia (UFU)
Palavras-chave: A menina que abriu a janela. Conto infantil. Fernanda Resende. Imigração.

Resumo

O conto infantil “A menina que abriu a janela”, de Fernanda Resende, configura-se como uma narrativa envolvente e formativa dentro do universo da literatura infantil contemporânea, no estilo literário maravilhoso. A obra apoia-se em pilares teóricos do gênero, além de evocar elementos simbólicos e estruturais típicos dos contos clássicos. Por meio de uma protagonista que se mostra introspectiva, de uma linguagem poética e de elementos simbólicos construídos, a história aborda temas como medo, aceitação, coragem e pertencimento, sob o viés da imigração. A obra propõe uma experiência estética sensível, em que fantasia e realidade se entrelaçam para revelar os dilemas internos da infância. Ao abordar a diversidade de forma sutil e afetiva, o conto promove empatia e convida à valorização das singularidades. A metáfora da janela amplia-se como um símbolo de transformação pessoal e reconexão com as raízes culturais. Nesse contexto, o livro vai além do entretenimento, ele também educa para o afeto, a memória e o respeito às diferenças.

Referências

Bibliografia

ANTUNES, Celso. O prazer de ler. Campinas: Papirus, 2009.

BETTELHEIM, Bruno. Psicanálise dos contos de fadas. 16. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2002.

BOSI, Ecléa. Memória e sociedade: lembrança de velhos. São Paulo: TAQ, 1979.

COELHO, Nelly Novaes. Literatura infantil: teoria, análise, didática. São Paulo: Ática, 2000.

COLOMER, Teresa. Andar entre livros: a leitura literária na escola. São Paulo: Global, 2007.

FREIRE, Madalena. Memória. In: Freire, Madalena. Educador educa a dor. São Paulo: Paz e Terra, 2008.

FOUCAULT, Michel. Microfísica do poder. Trad. Roberto Machado. Rio de Janeiro: Edições Graal, 1979. 296 p.

HALBWACHS, Maurice. A memória coletiva. Trad. Laurent Léon Schaffter. São Paulo: Vértice, 1990.

HUNT, Peter. Crítica, teoria e literatura infantil. São Paulo: Cosac Naify, 2010.

LÉVI-STRAUSS, Claude. Antropologia estrutural dois. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1976.

PROPP, Vladimir. Morfologia do conto maravilhoso. São Paulo: Martins Fontes, 1992.

RESENDE, Fernanda. A menina que abriu a janela [La bambina che ha aperto la finestra]. Tradução em libras Liliane Vieira. Rodeio (SC): Ed. da Autora, 2025.

ZILBERMAN, Regina. A literatura infantil na escola. São Paulo: Global, 2012.
Publicado
2025-11-28