POLÍTICAS DE AÇÕES AFIRMATIVAS PARA MULHERES INDÍGENAS NA UFG

Résumé

Este estudo aborda as Políticas de Ações Afirmativas responsáveis por garantir o acesso de mulheres indígenas nos cursos regulares de graduação da Universidade Federal de Goiás. Haja vista que, apesar de tais políticas afirmativas, assecuratórias do direito humano à educação, no que se refere aos povos indígenas presentes na Universidade Federal de Goiás, ainda é baixo o número de mulheres indígenas nos seus cursos regulares de graduação. Importa salientar que as políticas públicas são intervenções positivas que garantem a redução das desigualdades sociais. Dessa maneira, o acesso à educação promove a garantia da justiça social e a efetivação dos direitos humanos. Dessa maneira, far-se-á o mapeamento da construção das políticas implementadas na UFG a fim de identificar os avanços das práxis Institucional com a criação do Programa UFGInclui, criado em 2008.  Entretanto, quais são os desafios da permanência acadêmica de mulheres indígenas nos cursos regulares de graduação? A priori apresentar-se-à às Políticas de Ações Afirmativas como instrumento para efetivação dos Direitos Humanos na educação superior. Em seguida, apresentar-se-à às políticas específicas adotadas pela UFG que possibilitaram ingresso de mulheres indígenas nos seus cursos regulares de graduação. Posteriormente, descrever-se-à os caminhos construídos para a permanência de mulheres indígenas na UFG. Ademais, será considerada a redemocratização do acesso ao ensino superior. Outrossim, o estudo estrutura-se metodologicamente em fundamentos bibliográficos, legislações e resoluções referênciais e buscas em sites institucionais complementares.

Bibliographies de l'auteur

Liliene Rabelo dos Santos, Universidade Federal de Goiás (UFG)

Mestranda no Programa de Pós-Graduação em Direitos Humanos - PPGIDH. 

Margareth Arbués, Universidade Federal de Goiás (UFG)

Professora Associada-UFG/Câmpus Goiás e no PPGIDH.

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Publiée
2024-10-04