TORNAREM-SE MULHERES – HOJE SÃO CORALINAS
Résumé
A segregação social oriunda da hierarquia de gênero marca a historiografia de seres humanos que nasceram com um órgão genital que as rotulavam como inferiores e submissas. Nascer com uma vagina ou um pênis era\é um fator determinante na construção cultural de uma sociedade marcada pelo machismo. Foi/é preciso organizar, lutar, empoderar e identificar-se enquanto mulher para romper os paradigmas estruturais de uma conjuntura posta. O presente artigo destina-se a análise da relação entre literatura e gênero a partir do Projeto Mulheres Coralinas, objetivando compreender algumas identidades femininas retratadas na obra Coralineana e a influência teórica da literatura na efetivação prática de deste projeto que almeja garantir as mulheres autonomia econômica e social, pela mediação da formação profissional em oficinas que além do oficio abordam a leitura, rodas de conversa e trocas de experiência. O cotidiano da vida tornou-as mulher, o acesso ao conhecimento, a busca por uma sociedade mais justa e digna, tornou-as coralinas. Para a compreensão da efetividade do Projeto Mulheres Coralinas serão abordadas algumas reflexões voltadas ao espaço, pela teoria da topoanálise de Bachelard, a questões relativas a identidade, abordada por Simone Beauvoir e Judith Butler, o corpo como elemento constitutivo da identidade cultural, pela perspectiva da Guacira Lopes Louro, entre outros. A metodologia contempla as pesquisas bibliográficas e documentais , tendo como corpus para pesquisa o livro Mulheres Coralinas de autoria das professoras Ebe Maria de Lima Siqueira e Goiandira Ortiz de Camargo.
Références
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