UMA PROPOSTA TRANSLÍNGUE PARA UM LABORATÓRIO VIRTUAL DE ENSINO DE LÍNGUA INGLESA

Résumé

Neste artigo objetivamos investigar como a prática translíngue pode favorecer a produção linguística de estudantes de língua inglesa, como língua estrangeira, em um laboratório virtual dotado de inteligência artificial. Para tal, embasamos o nosso estudo na Linguística Aplicada Crítica aliada à perspectiva decolonial, áreas de estudo que contribuem para as reflexões e as problematizações a respeito das questões sociais emergentes, permitindo associá-las aos processos de ensino-aprendizagem de língua inglesa dentro do laboratório. Estabelecemos algumas regras de funcionamento da inteligência artificial para que as práticas translíngues possam acontecer na interação entre a(o) estudante e a inteligência artificial, a fim de promover, na/pela língua, a possibilidade de uma (des)construção da subalternidade da(o) estudante, em especial na produção da oralidade, oportunizando assim, maneiras para a promoção da tomada da palavra em língua outra.

Bibliographies de l'auteur

Isabella Zaiden Zara Fagundes, Universidade Federal de Uberlândia (UFU)

Doutoranda pelo Programa de Pós-Graduação em Estudos Linguísticos (PPGEL) da Universidade Federal de Uberlândia (UFU). Bolsista CAPES.

Giselly Tiago Ribeiro Amado, Universidade Federal de Uberlândia (UFU)

Doutoranda pelo Programa de Pós-Graduação em Estudos Linguísticos (PPGEL) da Universidade Federal de Uberlândia (UFU). 

Références

ANJOS, Flávius Almeida dos. Desestrangeirizar a língua inglesa: um esboço da política linguística. Cruz das Almas: Editora UFRB, 2019.

CANAGARAJAH, A. Suresh. Introduction. In: CANAGARAJAH, A. Suresh. (Ed.). Literacy as translingual practice: between communities and classrooms. New York; London: Routledge, 2013. p. 1-10.

CANAGARAJAH, A. Suresh. TranslingualPractice– Global Englishesandcosmopolitanrelations. Londres: Routledge, 2013.

ELLA: English Language Learning Laboratory. Disponível em: <https://labvirtual.ileel.ufu.br/lab/>. Acesso em: 8 jul. 2020.

FAGUNDES, Isabella Zaiden Zara. Pelos caminhos discursivos e da inteligência artificial em um laboratório virtual para ensino de língua inglesa. 2021. 147 f. Dissertação (Mestrado em Estudos Linguísticos) - Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia, 2021. http://doi.org/10.14393/ufu.di.2021.693

FOUCAULT, Michel. Os corpos dóceis. In: Vigiar e punir: nascimento da prisão. 29ª ed. Tradução de Raquel Ramalhete. Petrópolis, RJ: Vozes, 2004, p. 125-52.

GADET, Françoise; PÊCHEUX, Michel. A Língua inatingível. Tradução: Bethania Mariani e Maria Elizabeth Chaves de Mello. Campinas: Pontes, 2004.

GARCÍA, Ofelia. Bilingual education in the 21st century: a global perspective. Chichester: Wiley-Blackwell, 2008.

GARCÍA, Ofelia.; LEIVA, Camila. Theorizing and Enacting Translanguaging for Social Justice. In: BLACKLEDGE, Adrian.; CREESE, Angela. Heteroglossia as Practice and Pedagogy. Heidelberg, New York, London: Springer, 2014. p. 199-216.

GARCÍA, Ofelia.; WEI, Li. Translanguaging: Language, Bilingualism and Education. Basingstoke: Palgrave Macmillan, 2014.

HASHIGUTI, Simone. Tiemi. Can we speak English? Reflections on the unspoken EFL in Brazil. Trabalhos em Linguística Aplicada, Campinas, n. 56, v. 1, p. 213-233, jan./abr. 2017.

HASHIGUTI, Simone Tiemi; BRITO, Cristiane Carvalho de Paula; AMADO, Giselly Tiago Ribeiro; FAGUNDES, Isabella Zaiden Zara; ALVES, Fabiano Silvério Ribeiro. Thinking and doing otherwise with ELLA. Letras & Letras, v. 35, n. especial, p. 223-245, 23 out. 2019.

KIRKPATRICK, Andy. World Englishes: Implications for international communication and English language teaching. Cambridge: Cambridge University Press, 2007.

MALDONADO-TORRES, Nelson. La descolonización y el giro des-colonial. Tabula Rasa, n. 9, jul.-dic., p. 61-72, 2008.

MEGALE, Antonieta Heyden; LIBERALI, Fernanda Coelho. As implicações do conceito de patrimônio vivencial como uma alternativa para a educação multilíngue. Revista X, v.15, n.1, p. 55-74, 2020.

MUNRO, Murray J; DERWING, Tracey M. Foreign Accent, Comprehensibility, and Intelligibility in the Speech of Second Language Learners. Language Learning. v. 45. n. 1, mar. 1995, p. 73-97.

OTHEGUY, Ricardo; GARCÍA, Ofelia.; REID, Wallis. Clarifying translanguaging and deconstructing named languages: A perspective from linguistics. Applied Linguistics Review, v. 6, n. 3, p. 281–307, 2015. doi:10.1515/applirev-2015-0014.

PENNYCOOK, Alastair. Critical Applied Linguistics: a critical introduction. Mahwah, NJ: Lawrence Erlbaum Associates. 2001.

RIBEIRO, Djamila. O que é lugar de fala? Belo Horizonte: Letramento, 2017.

ROJO, Roxane. Pedagogia dos multiletramentos: diversidade cultural e de linguagens na escola. In: ROJO, Roxane; MOURA, Eduardo (Orgs.). Multiletramentos na escola. São Paulo: Pará-bola Editorial, 2012.

ROJO, Roxane. Letramentos múltiplos, escola e inclusão social. São Paulo: Parábola Editorial, 2009.

SERRANI-INFANTE, Silvana. Identidade e segundas línguas: as identificações no discurso. In: SIGNORINI, Ines. (Orgs.) Língua(gem) e identidade. Campinas: Mercado de Letras, p. 231-261, 1998.

SPIVAK, Gayatri Chakravorty. Pode o subalterno falar? Belo Horizonte: Editora UFMG, 2010.

Publiée
2022-08-09