EDITORIAL

Résumé

A Educação Superior é um campo científico marcado por movimentos. Nesse início de século, passou de uma posição periférica para uma posição central, adquirindo forças e outras áreas se interelacionam para compreendê-la. Nesse movimento de valoração são identificados tensionamentos emblemáticos decorrentes da forte influência da globalização sobre a Educação Superior, que se acirraram com a pandemia (Covid-19). Tais tensionamentos refletem a busca da autoridade científica, conceituada como capacidade técnica e poder social e que concede o monopólio da competência científica, capacidade de falar e de agir legitimamente. Assim, compreender o campo científico (BOURDIEU, 1983) é analisá-lo como um espaço de lutas entre posições adquiridas. Em linhas gerais, o campo da Educação Superior está tensionado entre a autoridade científica dominante de uma universidade influenciada pelo processo de globalização; e, por outro, de uma instituição que busca a valoração de conhecimentos locais e interculturais e ainda com uma tendência e articulação nas experiências regionais.