A QUESTÃO DA GERAÇÃO EM TURMAS DE EJA: UMA ANÁLISE A PARTIR DA HISTÓRIA
Résumé
Esta comunicação resulta da sistematização de algumas reflexões sobre a experiência de dar aula em turmas de EJA, na Rede Municipal de Educação de Goiânia (RME-Goiânia). Examina a questão da presença cada vez maior de adolescentes e jovens em turmas desta modalidade desde a perspectiva da história. Constata que esta presença leva os professores a um estado de perplexidade e inquietação, os adolescentes põem em questão a autoridade do professor e da escola, instauram o conflito com os alunos adultos levando-os à evasão, demandam uma nova organização do tempo e dos espaços escolares, reivindicam uma dinâmica diferente nas aulas. Desenvolve-se aqui a hipótese de que o estado de perplexidade dos professores é fruto da forma como eles avaliam a "cultura juvenil", operando com a moral chegam a compreensões reducionistas que levam a atitudes preconceituosas. Por isso, este estudo propõe uma compreensão da questão que parte da geração como um instrumento metodológico do historiador, examina a especificidade da estrutura de relações entre as gerações em nossa sociedade hoje demonstrando a formação e o desenvolvimento de uma cultura juvenil autônoma, fruto da posição que os jovens assumiram no século passado como um grupo social específico e independente; e expõe, ao longo deste percurso, os componentes da cultura jovem que precisam ser compreendidos pelos professores à luz da história.
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