O MOVIMENTO DE LUTAS E RESISTÊNCIAS DO POVO QUILOMBOLA DE “POÇO DOS CAVALOS”, EM ITACURUBA/PE
Résumé
O presente trabalho descreve e analisa o processo de lutas e resistências do povo quilombola na comunidade Poço dos Cavalos, em Itacuruba, no sertão de Pernambuco. Buscando compreender, os movimentos de transformação e história da comunidade, com objetivo de mostrar os direitos específicos e diferenciados nos processos de organização sócio-política do grupo, a condição de mulher quilombola, assim como a luta pelo direito à educação dentro do território quilombola. Como embasamento teórico, utilizamos as referências dos anciãos e ancestrais para descrever a vivência quilombola, baseados em ideias decolonoais e nos estudos interculturais proporcionados pelo curso de Especialização em Educação Intercultural. Como metodologia, utilizamos a descrição analítica e a autobiografia. Como considerações finais, avaliamos o processo de luto da comunidade no enfrentamento das principais questões impostas à comunidade, como ausência de infraestrutura, carência de políticas públicas de atendimento à população e a luta pela implantação da escola quilombola.
Références
ARRUTI, J. M. A. A emergência dos “remanescentes”: Notas para o diálogo entre Indígenas e Quilombolas, 1997.
BRASIL. Ministério da Educação/Secretaria de Educação Continuada Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Escolar Quilombola. Brasília, 2012. Disponível em: http://etnicoracial.mec.gov.br/images/pdf/diretrizes_curric_educ_quilombola.pdf. Acesso em: 28 mar. 2020.
CCLF - CENTRO DE CULTURA LUIZ FREIRE. Sertão quilombola: a formação dos quilombos no sertão de Pernambuco. Olinda: CCLF, 2012.
Brasil. Ministério Público Federal. Câmara de Coordenação e Revisão. Reconhecimento de direitos territoriais de comunidades quilombolas. Brasília, MPF, 2018. Disponível em: http://www.mpf.mp.br/atuacao-tematica/ccr6/documentos-e-publicacoes/manual-de-atuacao/docs/02_18_manual_de_atuacao_quilombolas.pdf
Acesso em: 28 mar. 2020.
FLORÊNCIO, R. R.; MARTINS, A. G. S. Aquilombolar-se: exemplo de ressignificação identitária a partir da Associação de Nova Jatobá, em Curaçá-BA. Revista Humanidades e Inovação – UNITINS, vol. 42, nº 2, 2020.
HAESBAERT, R. Dos múltiplos territórios à multiterritorialidade. Porto Alegre, 2004b. Disponível em: http://www.uff.br/observatoriojovem/sites/default/files/documentos/CONFERENCE_rOGERIO_HAESBAERT.pdf. Acesso em: 17 fev. 2020.
CONAQ – Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas. Resiliência Quilombola. Disponível em: http://conaq.org.br/quem-somos/. Acesso em: 28 mar. 2020.
SANTOS, C. A. B.; FLORÊNCIO, R. R. Manifestações religiosas no Semiárido Nordestino: estudos sobre o hibridismo cultural e a territorialidade no submédio Sào Francisco. Revista Caribeña de Ciencias Sociales. Vol. 05, maio de 2017.
SILVA, W. O conto das quatro mil almas: uma etnografia do confronto de Indígenas e Quilombolas com a Central Nuclear do Nordeste em Itacuruba. Dissertação de Mestrado em Antropologia. Programa de Pós-Graduação em Antropologia, UFPE, Recife, 2019. Disponível em: https://www.academia.edu/41921093/O_conto_das_quatro_mil_almas_uma_etnografia_do_confronto_de_Ind%C3%ADgenas_e_Quilombolas_com_a_Central_Nuclear_do_Nordeste_em_Itacuruba.
SILVA, W. Entrevista com Valdeci Ana dos Santos, em 31 de julho de 2018 na sua residência no município de Itacuruba. Material de pesquisa do autor (Circulação restrita).
A submissão de originais para este periódico implica na transferência, pelos autores, dos direitos de publicação impressa e digital. Os direitos autorais para os artigos publicados são do autor, com direitos do periódico sobre a primeira publicação. Os autores somente poderão utilizar os mesmos resultados em outras publicações indicando claramente este periódico como o meio da publicação original. Em virtude de sermos um periódico de acesso aberto, permite-se o uso gratuito dos artigos em aplicações educacionais, científicas, não comerciais, desde que citada a fonte (por favor, veja a Licença Creative Commons no rodapé desta página).