O COMÉRCIO DA EDUCAÇÃO COMO FERRAMENTA PARA O AUMENTO DA DESIGUALDADE NO BRASIL

Palavras-chave: Comércio da Educação. Desigualdade. História da Educação.

Resumo

Mesmo passado mais de setenta anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos, tal como pouco mais de trinta anos da nova Constituição Federal, no Brasil ainda há muitos direitos que apenas estão presentes nos documentos, e que na prática não estão sendo efetivados. Um desses direitos é referente a uma educação igualitária e de qualidade para todos. A educação, objeto pilar da sociedade, que é um mecanismo de combate às desigualdades sociais tem, nos últimos anos, se tornando uma ferramenta que potencializa tal desequilíbrio devido a uma nova onda na educação, que é o seu comércio. O comércio da educação tem feito com que para os mais pobres, o ingresso ao ensino superior tenha mais barreiras, mesmo com as políticas de cotas. Assim, a metodologia deste trabalho consistiu em analisar o campo teórico dos estudos da educação, e com isso fazer uma reflexão do percurso histórico e cultural que as práticas de ensino, e de fato, a Educação Básica no país tem seguido nos últimos anos. Os principais resultados demonstraram que o processo de colocar a educação como comércio, devido aos exames de ingresso nas instituições de ensino superior, é um utensílio para o aumento das diferenças entre as classes.

Biografia do Autor

João Pedro Mardegan Ribeiro, USP

raduado em Licenciatura em Ciências Exatas com habilitação em Física, Universidade de São Paulop (USP).

Referências

CALGARO, Fernanda. 32% dos candidatos do Enem 2017 faltam no segundo dia de prova, diz Inep. G1 – O portal de notícias da Globo – Globo.com, 12 de novembro de 2017. Disponível em: https://g1.globo.com/educacao/enem/2017/noticia/balanco-enem-2017-inep.ghtml. Acesso em: 12 jan. 2018.

DE SOUZA LIMA, Antonio Carlos. Um grande cerco de paz: poder tutelar, indianidade e formação do Estado no Brasil. Petrópolis (RJ): Vozes, 1995.

FERREIRA, Anna Rachel. Ditadura Militar: aulas para o trabalho. São Paulo: Revista Nova Escola, 2013.

FREIRE, Paulo. Educação e mudança. 15 ed. Rio de Janeiro: Paz e terra, 1979.

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Síntese de Indicadores Sociais, 2018. Disponível em: https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/media/com_mediaibge/arquivos/ce915924b20133cf3f9ec2d45c2542b0.pdf. Acesso em: 20 jun. 2019.

MEIRELLES, Elisa. Primeira República: um período de reformas. São Paulo: Revista Nova Escola, 2013.

PALOMAR, Meire Terezinha Muller. Objetivo da Educação na escola pública. Prefeitura Municipal de Paulínia: Secretaria Municipal de Educação. Paulínia, 2017. Disponibilidade em: http://www.paulinia.sp.gov.br/secretarias?id=7&Titulo=Educa%C3%A7%C3%A3o. Acesso em: 10 jan. 2017.

RODRIGUES, Rafael Pinto. A educação literária no Colégio de Pedro II (1838-1854). Dissertação (Mestrado em História) – Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2010.

SAVIANI, Dermeval. Escola e democracia. Autores associados, 2018.

SCACHETTI, Ana Ligia. Ensino com o Catecismo. São Paulo: Revista Nova Escola, 2013.

SOUSA, C.A de M.; CAVALCANTE, M. J. M. Os jesuítas no Brasil: entre a Colônia e a República. Brasília: Liber Livro, 2016.

VIANNA, Carlos Eduardo Souza. Evolução histórica do conceito de educação e os objetivos constitucionais da educação brasileira. Revista Janus. Lorena, v. 3, n. 4, p. 130, 2006.

Publicado
2020-12-15