AVALIAÇÃO DA SEGURANÇA DO PACIENTE AMBULATORIAL QUANTO AO USO DE MEDICAMENTOS NO SERVIÇO PÚBLICO BRASILEIRO COMO EFETIVAÇÃO DO PRINCÍPIO DA DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA
Résumé
Esta pesquisa teve como objetivo principal detectar as principais falhas de segurança do paciente relacionada ao uso de medicamentos em um ambulatório público multidisciplinar de saúde. Trata-se de um estudo de caso transversal, prospectivo e exploratório com abordagem quantitativa e qualitativa. A partir da revisão bibliográfica dos instrumentos existentes, foram coletados dados na Universidade Nove de Julho. A população de estudo foi composta por 207 participantes, com a média de idade de 59,7 anos, frequência de 64,9% do sexo feminino e ensino médio completo em 47,8%. Os principais diagnósticos dos agravos à saúde foram hipertensão arterial sistêmica e diabetes. Em 34,8% dos pacientes apresentam dois agravos à saúde e foi encontrada prescrição de 2,4 medicamentos por paciente, em média. Foi verificado que 97 (46,8%) dos pacientes desta pesquisa esquecem de tomar o medicamento. Cerca de 24% dos pacientes fazem ou fizeram uso de algum medicamento sem prescrição. Setenta e seis pacientes (36,7%) falham no cumprimento da administração do medicamento no horário preestabelecido e 49 (23,7%) dos pacientes não tem aderência total quanto à dosagem preconizada. Na população estudada, 25 (12%) relataram ter tido evento adverso relacionado a medicamentos. Além disso, muitos eventos adversos evitáveis relacionados a medicamentos em 129 (62,3%) também estão associados a erros na adesão do paciente. Conclui-se que o questionário aplicado em um cenário ambulatorial público trouxe informações significativas para o entendimento da ocorrência de eventos adversos relacionados a medicamentos e da aderência dos pacientes à terapêutica medicamentosa.
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