FRIDA KAHLO: UMA TRAJETÓRIA DE MARCAS, DORES E CORES
Résumé
A partir da análise da trajetória e das obras da pintora feminista Frida Kahlo, este trabalho propõe uma reflexão acerca da intersecção entre sua arte, sua deficiência e suas experiências traumáticas, desde o acidente e até o relacionamento abusivo ao qual foi submetida ao lado de Diego Rivera. Estudar a arte como processo de reconstrução, resistência, reabilitação, através da apreciação de telas selecionadas e da busca de Frida por ela mesma, recuperando o sentido de sua existência num intenso e fecundo processo de criação artística é essencial para entender quem foi essa mulher e seu papel no mundo. Frida viveu num mundo criado por homens, para homens, mostrando, apesar disso, por meio de suas obras pungentes o melhor de sua feminilidade e da cultura na qual estava inserida, tornando-se um ícone na América Latina. Em nenhum momento Frida separou a arte de sua vida, retratou sua própria agonia, que foi a matéria prima de todos os seus quadros, construindo assim a imagem da mulher socialmente engajada, revolucionária, apesar de tudo, livre e muito à frente de seu tempo.
Références
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